Por: Câmara Municipal do Barreiro - DIRP-SIF1 em 2010-02-05 00:00:00

Nota à Comunicação Social

Até 3 de Abril, na Galeria Municipal de Arte

Exposição alusiva aos 150 Anos dos

Caminhos de Ferro no Barreiro

reflecte gratidão para com ferroviários

“O Barreiro tem uma enorme gratidão – impagável – para com os ferroviários”. Este facto foi reconhecido pelo Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB) na inauguração da Exposição 150 Anos de Caminhos-de-Ferro no Barreiro – Património de Afectos, ao final da tarde de terça-feira, 2 de Fevereiro, na Galeria Municipal de Arte, do Barreiro. “Temos muito que aprender com o nosso passado para projectar o nosso futuro”, concretizou.

Na inauguração desta mostra, patente ao público até 3 de Abril, após o que se seguirá um segundo núcleo, a apresentar no Ex–Quartel de Bombeiros do Sul e Sueste, estiveram Carlos Humberto de Carvalho e a Vereadora responsável pela Acção Sócio Cultural da CMB, Regina Janeiro, e, como convidados, o Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, José Rodrigues Figueira, representantes dos parceiros promotores das comemorações da chegada dos Caminhos de Ferro ao Barreiro (CP – Caminhos de Ferro Portugueses, REFER – Rede Ferroviária Nacional, EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário e Fundação do Museu Nacional Ferroviário), instituições do mundo ferroviário, ferroviários a título individual e particulares, reunindo no nº 15 da Avenida Alfredo da Silva, também ele associado ao universo ferroviário, mais de uma centena de pessoas.

A inauguração da mostra contou com a actuação de três elementos do Grupo Animae Vox (sem instrumentos; apenas voz), que apresentaram um excerto da peça O Coro dos Escravos, da Ópera Nabuco, de Verdi, e do Grupo Coral Alentejano Os Amigos do Barreiro, cantando o tema Quando Eu Cheguei ao Barreiro.

Espólio reunido e filme com imagens dos anos 20

Na exposição, além do espólio reunido de inúmeras contribuições e uma casa barreirense da época (com fachada idêntica à do Bairro Operário Ferroviário, do Palácio de Coimbra), passará, em permanência, o filme “Barreiro”, de Artur Bourdain de Macedo, cedido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (BVSS), com imagens do Barreiro dos anos vinte do século passado. A recuperação do filme resulta de uma parceria entre os BVSS e a Cinemateca.

Trinta e oito particulares/instituições colaboraram neste núcleo da exposição. Entre eles: Instituto dos Ferroviários, Grupo Desportivo Ferroviários, Oficinas da EMEF e Fundação do Museu Nacional Ferroviário – este último cedeu material diversificado para um colorido e apelativo espaço criança distribuído por três salas da Galeria.

Agradecimento a instituições e trabalhadores da ferrovia – Regina Janeiro

A Vereadora responsável pela Acção Sócio Cultural deu as boas-vindas aos presentes, agradecendo às instituições, que contribuíram para a realização da mostra, palavra que estendeu aos trabalhadores da ferrovia pelo que, disse, “fizeram por esta Cidade”.

Regina Janeiro explicou que as comemorações dos 150 Anos se prolongam pelo mesmo período de tempo que decorreu entre a viagem inaugural Barreiro/Vendas Novas efectuada pelo Rei D. Pedro V e a Família Real – que aconteceu a 2 de Fevereiro de 1859; e daí a escolha do dia de inauguração – e a exploração do troço.

A decisão da organização de um segundo núcleo de exposição resultou da quantidade e diversidade de materiais recolhidos, explicou a Vereadora. Na Galeria Municipal está, assim, a vertente mais humana, cultural e associativa da tradição ferroviária; no Núcleo 2, a abrir em Abril, serão tratados temas mais relacionados com a condição ferroviária – sua história, os homens, o trabalho e as profissões.

Momento extremamente significativo –

- José Rodrigues Figueira

“Para nós é extremamente significativo este momento”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas sobre a viagem inaugural de D. Pedro V e Família Real. “Ligam-nos laços muito importantes”, salientou José Rodrigues Figueira, que ultrapassam a ferrovia.

O momento tem, ainda, “grande significado” salientou, numa altura em que a linha ferroviária do Alentejo se encontra a ser qualificada (electrificada) entre Vendas Novas e Casa Branca.…

Carlos Humberto de Carvalho –

- Analogia com Terceira Travessia do Tejo

No final da sessão, o Presidente da CMB fez uma analogia entre o impacto da linha ferroviária há 150 anos e o da Terceira Travessia do Tejo no presente/futuro.

“O Barreiro foi moldado pelos comboios e pela ferrovia – determinante nos seus últimos 151 anos de História”. O comboio trouxe milhares de cidadãos ao Barreiro, explicou, inicialmente fruto da mobilidade que oferecia, depois oferecendo-lhes trabalho e, posteriormente, atraindo novas indústrias, inicialmente a corticeira e, por fim, a CUF.

“Hoje, os desafios que se colocam são semelhantes aos de há 151 anos”, afirmou, concretizando: “A ferrovia pode ter, hoje, um papel tão importante, tão fundamental como no século XIX”.

“Se recuperarmos esta dinâmica, asseguramos o futuro do Barreiro por mais uns séculos”, concluiu.

Comemorações até 2011

Esta é uma das actividades que a CMB, em colaboração com a CP, REFER, EMEF e Fundação do Museu Nacional Ferroviário, se encontra a desenvolver entre 2009 e 2011. Estas actividades incluem concertos, conferências, visitas dirigidas a diversos públicos, exposições, edições e concursos.

CMB 2010-02-05