Forte de Sacavém
Situado
na margem direita do rio Trancão, no chamado Monte Sintra
donde lhe advém o nome, a escassos 800 metros da sua confluência
com o rio Tejo, a sua construção remonta ao início do século
XIX, no quadro das obras de fortificação de Lisboa, que formaram
o Campo Entrincheirado de Lisboa, implantando-se no topo de um pequeno morro
a cerca de 35 metros de altitude e assumindo assim uma posição
estratégica que envolve todo o espaço circundante. De planta no
formato pentagonal irregular (tipo Vauban), encontra-se rodeado por um fosso,
estando parcialmente enterrado no solo, o que o torna pouco perceptível
quando visto de uma altitude inferior, para além de possibilitar a absorção
do eventual impacto de um projéctil disparado na sua direcção;
estava também preparado para acolher infantaria ligeira na retaguarda
e artilharia nos flancos |
Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Sacavém)
A Igreja de Nossa Senhora da Purificação é a actual
Igreja Matriz de Sacavém, situada num pequeno morro, em Sacavém
de Baixo, junto ao rio Trancão. Inicialmente fundada como igreja conventual
do Convento de Nossa Senhora da Conceição e dos Mártires
de Sacavém, destinada a servir os ofícios religiosos às
freiras clarissas que aí professavam, a sua primeira pedra foi lançada
por Miguel de Moura, então governador do Reino de Portugal em nome de
Filipe II de Espanha, em 1 de Setembro de 1596. Já antes o mesmo Miguel
de Moura fora o responsável pela edificação do dito convento,
em 1577; contudo, faleceu em 1599, antes de ver a igreja concluída. |
Igreja de Nossa Senhora da Vitória (Sacavém)
A Igreja de Nossa Senhora da Vitória (também chamada Capela
de Nossa Senhora da Vitória) foi a antiga Igreja Matriz de Sacavém.No
local onde hoje se situa a Igreja de Nossa Senhora da Vitória ergueram
os Visigodos, no século V da nossa Era, uma pequena ermida dedicada a
Nossa Senhora dos Prazeres. Foi portanto a primeira igreja da localidade, tendo
subsistido durante a ocupação muçulmana, podendo aí os
cristãos exercer actos cultuais, mediante o pagamento de um dado imposto
ao invasor. Em 1147, Afonso Henriques refundou a ermida, dedicando-a a Nossa
Senhora da Vitória, em homenagem à miraculosa vitória que
alcançara dos mouros na mítica Batalha de Sacavém. O edifício
foi-se degradando ao longo dos séculos seguintes, de tal modo que em 1690,
durante o reinado de D. Pedro II, o soberano mandou proceder à reabilitação
do corpo da igreja, tendo a reconstrução da capela-mor sido levada
a cabo, a meias, pelo desembargador José Galvão de Lacerda (futuro
chanceler-mor do reino, durante o reinado do seu filho D. João V), e pela
contribuição de esmolas populares. Após o terramoto de 1755,
ficou muito danificada, mas devido à total ruína da Igreja Matriz
situada no Largo da Saúde, passou para esta Igreja a sede da Matriz Paroquial.
Assim permaneceu até 11 de Abril de 1863, data em que, a pedido da Junta
da Paróquia de Sacavém, o cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel
Bento Rodrigues autorizou uma vez mais a transferência da Matriz, desta
feita para a velha igreja do Convento de Nossa Senhora dos Mártires e
da Conceição dos Milagres, autonomizada daquele e feita sede paroquial
sob a invocação da Nossa Senhora da Purificação |
Igreja do Cristo-Rei da Portela de Sacavém
A Igreja Matriz Paroquial do Cristo-Rei da Portela de Sacavém, foi
sendo construída, a partir de meados dos anos 70, graças a várias
doações beneméritas, destinando-se a servir de templo católico à nascente
(e crescente) urbanização da Portela de Sacavém, que em
1 de Janeiro de 1986 se tornou em freguesia independente da de Sacavém.
A Igreja viria a ser inaugurada em meados dos anos 90, tornado-se matriz da paróquia
portelense. Tem por orago o Cristo-Rei, retirado do vizinho Seminário
Maior do Cristo-Rei dos Olivais, que dista cerca de cem metros da Igreja. É conhecida
pelo seu estilo arquitectónico singular, em linhas bastante modernas e
arrojadas, tanto no interior como no exterior, causando grande impressão
visual a quem a visita (arquitecto: Luiz Cunha). A imagem de Cristo Rei do Universo,
que ocupa um lugar de destaque no presbitério, é de autoria da
escultora Luísa Nadal Byrne; os painéis de mosaico (representando
a História da Salvação) e as esculturas em mármore
com os símbolos dos quatro evangelistas foram desenhados pelo arquitecto
Luiz Cunha, tal como a tapeçaria da zona presbiteral; o painel do baptistério
foi criado por Emília Nadal. Estão colocados à veneração
dos fiéis as imagens de quatro Santos portugueses que testemunharam uma
forma especial de vivência da fé cristã: Santo António
de Lisboa, Santa Isabel de Portugal, São João de Deus e São
João de Brito. Na pequena capela onde se encontra a imagem de Nossa Senhora
de Fátima, foram recentemente colocadas as imagens dos Pastorinhos (Jacinta
e Francisco), beatificados em Maio de 2000 por S.S. o Papa João Paulo
II. |
Quinta de São José (Sacavém)
A Quinta de São José é uma antiga quinta senhorial sita
em Sacavém – a única, das muitas que em tempos houve na freguesia,
a chegar aos nossos dias. De origem seiscentista, a quinta foi foreira dos Duques
de Bragança. O palacete data dos finais do século XVII ou inícios
do século XVIII. |
Moinho da Apelação
O Moinho da Apelação é um
moinho de vento do tipo mediterrânico situado na freguesia da Apelação,
no concelho de Loures. O capelo do moinho é móvel, permitindo orientar
as velas em função da direcção do vento. O Moinho
da Apelação foi recuperado em 1998 e 2006, fazendo reviver as técnicas
tradicionais de transformação do trigo em farinha e desta em pão.
Não está em funcionamento. |
Palácio da Mitra (Santo Antão do Tojal) Chafariz monumental
no Palácio da Mitra
O Palácio da Mitra, vulgarmente conhecido
como Palácio dos Arcebispos é uma antiga residência de veraneio,
primeiro dos Arcebispos, e depois, dos Patriarcas de Lisboa, situando-se na freguesia
de Santo Antão do Tojal, em Loures. O primitivo palácio foi mandado
construir pelo arcebispo D. Fernando de Vasconcelos, cerca de 1554 (sendo este
arcebispo também o responsável pela construção da
Igreja Matriz de Santo Antão do Tojal). Este palácio, por sua vez,
veio substituir uma primitiva casa do século XIII e que pertencia à Mitra
de Lisboa. No século XVIII, o primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás
de Almeida, mandou reconstruí-lo em estilo barroco, ao gosto da época.
O arquitecto responsável pela actual traça foi o italiano Canaveri,
que nele trabalhou até 1732. O edifício apresenta-se em forma de
U; na fachada, de estilo italiano, encontram-se três mármores de
Carrara, representando as estátuas de São Bruno de Colónia
(o fundador da Cartuxa), a Rainha Santa Isabel e a Imaculada Conceição.
No interior, a típica azulejaria portuguesa do século XVIII, em
azul e branco, caracteriza-se pela riqueza temática e grande qualidade
pictórica (representações das estações do
ano, cenas campestres, venatórias ou de pesca, figuras mitológicas;
nas cozinhas surgem representados temas culinários). Alguns dos azulejos
foram mais tarde trasladados para o Paço Patriarcal de São Vicente
de Fora e encontram-se hoje no Museu Nacional de Arte Antiga. |
Museu de Cerâmica de Sacavém
O Museu da Cerâmica de Sacavém é um
espaço museológico situado na cidade de Sacavém, destinado
a preservar o antigo núcleo da Fábrica de Loiça de Sacavém
(que celebrizou em tempos a cidade), centrado em torno do forno n.º 18.
Após a falência da Fábrica de Loiça, em 1994, a Câmara
Municipal de Loures deliberou (em reunião de 22 de Novembro de 1995) a
construção de um núcleo museológico que fizesse a
história da dita fábrica e da sua produção cerâmica,
situado nos terrenos onde outrora esta se erguer. |
Aqueduto de Santo Antão do Tojal
O Aqueduto de Santo Antão
do Tojal fica situado na freguesia de Santo Antão do Tojal, no concelho
de Loures. O aqueduto, com uma arcaria de cerca de dois quilómetros de
comprimento, foi construído por Canevari, em 1728, portanto, antes do
Aqueduto das Águas Livres. O aqueduto, com origem em Pintéus, abastecia
de água a Quinta e Palácio da Mitra, propriedade do patriarcado
de Lisboa. O Aqueduto alimentava duas fontes: o chafariz público, ao cimo
da povoação, junto à estrada para São Julião
do Tojal, e o chafariz monumental, disposto ao cimo de uma escadaria de gosto
italiano, constituído pela pia, tanque e bicas. O Aqueduto alimentava
duas fontes: o chafariz público, ao cimo da povoação, junto à estrada
para São Julião do Tojal, e o chafariz monumental, disposto ao
cimo de uma escadaria de gosto italiano, constituído pela pia, tanque
e bicas. |
Igreja Matriz de Bucelas
Localizada no centro do núcleo urbano, fica situada no cimo de uma
pequena elevação, trata-se de um notável templo quinhentista,
cuja principal riqueza é a decoração barroca do seu interior
e da talha utilizada na capela-mor. Foi construída no Séc. XVI
(1566). A sacristia é quinhentista de cruzaria e bocetes onde se observa
uma lápide armoriada, com a data de 1573. Toda a edificação
do corpo principal da igreja assenta numa estrutura de colunas toscanas de cantaria
que definem três naves, sendo as laterais todas elas enriquecidas com pinturas
alusivas à Mãe de Deus com inovação da A.A. com cinco
tramos de arcos de volta perfeita. Todas as paredes do corpo da igreja são
forradas de característicos azulejos hispano-árabes verdes e brancos
e as abóbadas de berço que cobrem as naves são vistosamente
decoradas com pinturas de ornatos, florões, medalhões e anjos,
numa policromia que teria sido rica, pois hoje apresenta-se gasta e apagada (séc.
XVIII). O púlpito circular, de pedra e com escada em caracol, tem já um
dossel do séc. XVIII. Suspenso do arco triunfal da capela-mor um notável
lampadário seiscentista. A capela-mor é toda ela valiosa desde
os motivos ornamentais dos belos azulejos policrómicos de altos silhares
até ao monumental retábulo de talha barroca (séc. XVIII),
com as suas curiosíssimas figuras de sereias nas mísulas e as surpreendentes
esculturas dos evangelistas integradas nos fustes das colunas torsas decoradas
com vides e folhas de acanto e os ricos frescos da capela-mor alusivos à Purificação
da Nª Sr.ª; as paredes exteriores são em alvenaria mista rebocada,
excepto nos cunhais e nos vãos que são igualmente em cantaria.
A cobertura das naves é assegurada por abóbadas de berço
recobertas por telhados de duas águas em telha de aba e canudo. Possui
igualmente uma bonita torre-campanário de dois andares encima por uma
cruz de ferro. Nos quatro ângulos, completam o conjunto, quatro coruchéus
assentes em bases quadradas. Existe ainda uma peça raríssima, ou
seja, um grupo escultórico, possivelmente do séc. XVI, representando
a Santíssima Trindade, a Mãe de Cristo e os doze Apóstolos
na manhã de Pentecostes. Esta preciosidade, relíquia da nossa escultura
gótica, segundo a tradição oral teria pertencido à Capela |