Cultura

Loures

Forte de Sacavém

Situado na margem direita do rio Trancão, no chamado Monte Sintra donde lhe advém o nome, a escassos 800 metros da sua confluência com o rio Tejo, a sua construção remonta ao início do século XIX, no quadro das obras de fortificação de Lisboa, que formaram o Campo Entrincheirado de Lisboa, implantando-se no topo de um pequeno morro a cerca de 35 metros de altitude e assumindo assim uma posição estratégica que envolve todo o espaço circundante. De planta no formato pentagonal irregular (tipo Vauban), encontra-se rodeado por um fosso, estando parcialmente enterrado no solo, o que o torna pouco perceptível quando visto de uma altitude inferior, para além de possibilitar a absorção do eventual impacto de um projéctil disparado na sua direcção; estava também preparado para acolher infantaria ligeira na retaguarda e artilharia nos flancos

Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Sacavém)

A Igreja de Nossa Senhora da Purificação é a actual Igreja Matriz de Sacavém, situada num pequeno morro, em Sacavém de Baixo, junto ao rio Trancão. Inicialmente fundada como igreja conventual do Convento de Nossa Senhora da Conceição e dos Mártires de Sacavém, destinada a servir os ofícios religiosos às freiras clarissas que aí professavam, a sua primeira pedra foi lançada por Miguel de Moura, então governador do Reino de Portugal em nome de Filipe II de Espanha, em 1 de Setembro de 1596. Já antes o mesmo Miguel de Moura fora o responsável pela edificação do dito convento, em 1577; contudo, faleceu em 1599, antes de ver a igreja concluída.

Igreja de Nossa Senhora da Vitória (Sacavém)

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória (também chamada Capela de Nossa Senhora da Vitória) foi a antiga Igreja Matriz de Sacavém.No local onde hoje se situa a Igreja de Nossa Senhora da Vitória ergueram os Visigodos, no século V da nossa Era, uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres. Foi portanto a primeira igreja da localidade, tendo subsistido durante a ocupação muçulmana, podendo aí os cristãos exercer actos cultuais, mediante o pagamento de um dado imposto ao invasor. Em 1147, Afonso Henriques refundou a ermida, dedicando-a a Nossa Senhora da Vitória, em homenagem à miraculosa vitória que alcançara dos mouros na mítica Batalha de Sacavém. O edifício foi-se degradando ao longo dos séculos seguintes, de tal modo que em 1690, durante o reinado de D. Pedro II, o soberano mandou proceder à reabilitação do corpo da igreja, tendo a reconstrução da capela-mor sido levada a cabo, a meias, pelo desembargador José Galvão de Lacerda (futuro chanceler-mor do reino, durante o reinado do seu filho D. João V), e pela contribuição de esmolas populares. Após o terramoto de 1755, ficou muito danificada, mas devido à total ruína da Igreja Matriz situada no Largo da Saúde, passou para esta Igreja a sede da Matriz Paroquial. Assim permaneceu até 11 de Abril de 1863, data em que, a pedido da Junta da Paróquia de Sacavém, o cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Bento Rodrigues autorizou uma vez mais a transferência da Matriz, desta feita para a velha igreja do Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres, autonomizada daquele e feita sede paroquial sob a invocação da Nossa Senhora da Purificação

Igreja do Cristo-Rei da Portela de Sacavém

A Igreja Matriz Paroquial do Cristo-Rei da Portela de Sacavém, foi sendo construída, a partir de meados dos anos 70, graças a várias doações beneméritas, destinando-se a servir de templo católico à nascente (e crescente) urbanização da Portela de Sacavém, que em 1 de Janeiro de 1986 se tornou em freguesia independente da de Sacavém. A Igreja viria a ser inaugurada em meados dos anos 90, tornado-se matriz da paróquia portelense. Tem por orago o Cristo-Rei, retirado do vizinho Seminário Maior do Cristo-Rei dos Olivais, que dista cerca de cem metros da Igreja. É conhecida pelo seu estilo arquitectónico singular, em linhas bastante modernas e arrojadas, tanto no interior como no exterior, causando grande impressão visual a quem a visita (arquitecto: Luiz Cunha). A imagem de Cristo Rei do Universo, que ocupa um lugar de destaque no presbitério, é de autoria da escultora Luísa Nadal Byrne; os painéis de mosaico (representando a História da Salvação) e as esculturas em mármore com os símbolos dos quatro evangelistas foram desenhados pelo arquitecto Luiz Cunha, tal como a tapeçaria da zona presbiteral; o painel do baptistério foi criado por Emília Nadal. Estão colocados à veneração dos fiéis as imagens de quatro Santos portugueses que testemunharam uma forma especial de vivência da fé cristã: Santo António de Lisboa, Santa Isabel de Portugal, São João de Deus e São João de Brito. Na pequena capela onde se encontra a imagem de Nossa Senhora de Fátima, foram recentemente colocadas as imagens dos Pastorinhos (Jacinta e Francisco), beatificados em Maio de 2000 por S.S. o Papa João Paulo II.

Quinta de São José (Sacavém)

A Quinta de São José é uma antiga quinta senhorial sita em Sacavém – a única, das muitas que em tempos houve na freguesia, a chegar aos nossos dias. De origem seiscentista, a quinta foi foreira dos Duques de Bragança. O palacete data dos finais do século XVII ou inícios do século XVIII.

Moinho da Apelação

O Moinho da Apelação é um moinho de vento do tipo mediterrânico situado na freguesia da Apelação, no concelho de Loures. O capelo do moinho é móvel, permitindo orientar as velas em função da direcção do vento. O Moinho da Apelação foi recuperado em 1998 e 2006, fazendo reviver as técnicas tradicionais de transformação do trigo em farinha e desta em pão. Não está em funcionamento.

Palácio da Mitra (Santo Antão do Tojal) Chafariz monumental no Palácio da Mitra

O Palácio da Mitra, vulgarmente conhecido como Palácio dos Arcebispos é uma antiga residência de veraneio, primeiro dos Arcebispos, e depois, dos Patriarcas de Lisboa, situando-se na freguesia de Santo Antão do Tojal, em Loures. O primitivo palácio foi mandado construir pelo arcebispo D. Fernando de Vasconcelos, cerca de 1554 (sendo este arcebispo também o responsável pela construção da Igreja Matriz de Santo Antão do Tojal). Este palácio, por sua vez, veio substituir uma primitiva casa do século XIII e que pertencia à Mitra de Lisboa. No século XVIII, o primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida, mandou reconstruí-lo em estilo barroco, ao gosto da época. O arquitecto responsável pela actual traça foi o italiano Canaveri, que nele trabalhou até 1732. O edifício apresenta-se em forma de U; na fachada, de estilo italiano, encontram-se três mármores de Carrara, representando as estátuas de São Bruno de Colónia (o fundador da Cartuxa), a Rainha Santa Isabel e a Imaculada Conceição. No interior, a típica azulejaria portuguesa do século XVIII, em azul e branco, caracteriza-se pela riqueza temática e grande qualidade pictórica (representações das estações do ano, cenas campestres, venatórias ou de pesca, figuras mitológicas; nas cozinhas surgem representados temas culinários). Alguns dos azulejos foram mais tarde trasladados para o Paço Patriarcal de São Vicente de Fora e encontram-se hoje no Museu Nacional de Arte Antiga.

Museu de Cerâmica de Sacavém

O Museu da Cerâmica de Sacavém é um espaço museológico situado na cidade de Sacavém, destinado a preservar o antigo núcleo da Fábrica de Loiça de Sacavém (que celebrizou em tempos a cidade), centrado em torno do forno n.º 18. Após a falência da Fábrica de Loiça, em 1994, a Câmara Municipal de Loures deliberou (em reunião de 22 de Novembro de 1995) a construção de um núcleo museológico que fizesse a história da dita fábrica e da sua produção cerâmica, situado nos terrenos onde outrora esta se erguer.

Aqueduto de Santo Antão do Tojal

O Aqueduto de Santo Antão do Tojal fica situado na freguesia de Santo Antão do Tojal, no concelho de Loures. O aqueduto, com uma arcaria de cerca de dois quilómetros de comprimento, foi construído por Canevari, em 1728, portanto, antes do Aqueduto das Águas Livres. O aqueduto, com origem em Pintéus, abastecia de água a Quinta e Palácio da Mitra, propriedade do patriarcado de Lisboa. O Aqueduto alimentava duas fontes: o chafariz público, ao cimo da povoação, junto à estrada para São Julião do Tojal, e o chafariz monumental, disposto ao cimo de uma escadaria de gosto italiano, constituído pela pia, tanque e bicas. O Aqueduto alimentava duas fontes: o chafariz público, ao cimo da povoação, junto à estrada para São Julião do Tojal, e o chafariz monumental, disposto ao cimo de uma escadaria de gosto italiano, constituído pela pia, tanque e bicas.

Igreja Matriz de Bucelas

Localizada no centro do núcleo urbano, fica situada no cimo de uma pequena elevação, trata-se de um notável templo quinhentista, cuja principal riqueza é a decoração barroca do seu interior e da talha utilizada na capela-mor. Foi construída no Séc. XVI (1566). A sacristia é quinhentista de cruzaria e bocetes onde se observa uma lápide armoriada, com a data de 1573. Toda a edificação do corpo principal da igreja assenta numa estrutura de colunas toscanas de cantaria que definem três naves, sendo as laterais todas elas enriquecidas com pinturas alusivas à Mãe de Deus com inovação da A.A. com cinco tramos de arcos de volta perfeita. Todas as paredes do corpo da igreja são forradas de característicos azulejos hispano-árabes verdes e brancos e as abóbadas de berço que cobrem as naves são vistosamente decoradas com pinturas de ornatos, florões, medalhões e anjos, numa policromia que teria sido rica, pois hoje apresenta-se gasta e apagada (séc. XVIII). O púlpito circular, de pedra e com escada em caracol, tem já um dossel do séc. XVIII. Suspenso do arco triunfal da capela-mor um notável lampadário seiscentista. A capela-mor é toda ela valiosa desde os motivos ornamentais dos belos azulejos policrómicos de altos silhares até ao monumental retábulo de talha barroca (séc. XVIII), com as suas curiosíssimas figuras de sereias nas mísulas e as surpreendentes esculturas dos evangelistas integradas nos fustes das colunas torsas decoradas com vides e folhas de acanto e os ricos frescos da capela-mor alusivos à Purificação da Nª Sr.ª; as paredes exteriores são em alvenaria mista rebocada, excepto nos cunhais e nos vãos que são igualmente em cantaria. A cobertura das naves é assegurada por abóbadas de berço recobertas por telhados de duas águas em telha de aba e canudo. Possui igualmente uma bonita torre-campanário de dois andares encima por uma cruz de ferro. Nos quatro ângulos, completam o conjunto, quatro coruchéus assentes em bases quadradas. Existe ainda uma peça raríssima, ou seja, um grupo escultórico, possivelmente do séc. XVI, representando a Santíssima Trindade, a Mãe de Cristo e os doze Apóstolos na manhã de Pentecostes. Esta preciosidade, relíquia da nossa escultura gótica, segundo a tradição oral teria pertencido à Capela

Anta de Casaínhos -Fanhões - Monumento Megalítico de Casaínhos

O Monumento Megalítico de Casaínhos, mais conhecido por Anta de Casaínhos situa-se no lugar de Casaínhos, freguesia de Fanhões no concelho de Loures em Portugal; este monumento funerário foi classificado como Monumento Nacional pelo decreto lei nº 129/77, DR 226 de 29 Setembro 1977 [1]. De origem pré-histórica, este monumento feito em calcário, é constituído por alguns esteios em mau estado de conservação, não sendo possível decifrar a sua planta original. Situa-se dentro de uma propriedade privada e nos primeiros trabalhos de escavação realizados em 1961, foram recolhidos diversos objectos de adorno e instrumentos de pedra lascada e polida.

Cipo Romano ou Pedra da Memória

Localizado junto à cabeceira da Igreja, situou-se encravada num muro de vedação do adro da Igreja Paroquial que foi demolido para dar lugar ao actual Largo do Espirito Santo. Semelhante a uma pedra de ára, é um fuste paralelipipédico encimado por uma espécie de capitel romano, conservando numa das faces uma inscrição em latim "D. M. L. P. J. L. F. TUSSIA: E do :ANN XVIII"e cuja interpretação segundo consta nas "Antiguidades de Lisboa" capítulo 49 é a seguinte "Este túmulo é consagrado aos Deuses Manes. Aqui jaz Lúcio Público, filho muito amado de Júlio Lúcio e de Tussia Edomicília que morreu aos dezoito anos". Supõe-se Ter servido de urna tumular de um artigo herói (ou bucelário) romano. É construído em calcário de lióz.

Coreto Oitocentista

Situa-se na Praça Tomás José Machado e dispõe de adequado arranjo urbanístico. Trata-se de um palco coberto, de planta hexagonal, elevado em relação ao solo e protegido por guardas de ferro forjado com formas curvilíneas. A cobertura em forma de pagode, assenta em seis colunetas de ferro fundido trabalhado e torneado. A estrutura do palco é em alvenaria de pedra rebocada, apresentando um pavimento de mosaicos cerâmicos, as colunetas de ferro fundido que se encontram junto aos vértices dos polígonos, suportam uma cobertura metálica arqueada em forma de pagode, decorada por elementos decorativos em ferro fundido, nomeadamente a "franja" e o pináculo que envolve e encima, respectivamente, a cobertura. Construção dos finais do séc. XIX.

Chafariz Oitocentista

Situa-se na Praça Tomás José Machado, embora pequeno é construído em cantaria de lióz, foi mandado edificar pela antiga Câmara Municipal de Lisboa, séc. XIX (1849). É composto por uma coluna central e tanque circular onde se pode ver uma nau quinhentista esculpida em baixo-relevo numa das faces do fuste quadrangular. Serviu de bebedouro de animais quando no antigo Rossio de Bucelas se efectuam tradicionais feiras agrícolas.

Paço do Srº da Paciência

Foi pertença dos Condes de Nova Goa, situa-se na zona mais elevada do núcleo urbano de Bucelas, mais precisamente na Rua da Paciência. Trata-se de um conjunto arquitectónico de grande interesse, constituído por várias casas e uma capela seiscentista que apresenta uma estrutura em alvenaria mista onde assenta uma abóbada de berço(formando uma pequena nave rectangular); o pavimento ainda é lageado e os vãos são em cantaria de lióz branco. Os cunhais estão agora rebocados e encimados por coruchéus pontiagudos. No pavimento da capela, encontra-se uma lage sepulcral com a inscrição de 1669. Possui um altar simples de talha branca seiscentista, que é a representação do Calvário com a imagem de cristo crucificado, da Virgem Maria e São João "O Envangelista" daí o nome dado á capela, Senhor da paciência. Construção séc. XVII..

Chafariz Oitocentista- Freixial

Situa-se na povoação do Freixial junto ao jardim público, trata-se de um chafariz de coluna centrado no cruzamento das diagonais de um tanque quadrangular em cantaria, a coluna torneada é encimada por uma bola. Apresenta dois mascarões, em faces opostas, por onde a água canalizada hoje corre para o tanque. É em pedra de lióz ligada por gramas de ferro fundido. Construção de 1860, tendo sido reconstruído em 1863 pela C. M. Olivais.

Capela de São Roque

Situa-se junto á Estrada Nacional 116, à entrada da povoação da Vila de Rei. Trata-se de um templo de uma só nave e capela-mor, apresentando uma torre-campanária lateral e um pequeno alpendre, junto à entrada principal, dois fortes cunhais laterais encimados por elementos decorativos em forma de coruchéu. Grandes lambris de azulejos decorativos forram o interior da capela, obra de restauro recente imitado séc. XVIII. Possui três altares, um lateral de pedra, em arco, não atinge a meia circunferência, outro de mármores coloridos imitando a fachada de um templo seiscentista além do altar-mor com nicho em mármore cor-de-rosa.

Capela da Nª Srª da Paz

Situa-se à entrada da povoação da Bemposta, trata-se de um pequeno templo setecentista, cujas paredes interiores são forradas em azulejos decorativos da época, com lambris de graciosas albarradas sobrepostas e antecedida de uma curiosa galilé ou alpendre assente em duas fortes pilastras. Um púlpito redondo de madeira e um pequeno sinete completam o património da capela. A estrutura da edificação assenta em alvenaria mista, rebocada e pintada, apresentando um tecto em caixotão de madeira pintado, actualmente reconstruído em alvenaria no salão e capela-mor. Um arco cruzeiro separa o salão da capela-mor, que se encontra ligeiramente elevada relativamente ao pavimento da nave, a cobertura é de duas águas de telha mourisca, com beiral saliente: a galilé é coberta com telhado de três águas com beiral assente em corijamento. Logo à entrada do lado direito encontra-se a sepultura do 1ºCapelão responsável pelo culto da dita capela. Construção séc. XVIII.

Igreja Matriz Paroquial de Santiago Maior de Camarate

A localiza-se na confluência da Praça 1.º de Maio com as Ruas Avelino Salgado de Oliveira e Guilherme Gomes Fernandes, no centro da vila de Camarate, concelho de Loures, sendo em torno desta edificação que se procedeu ao crescimento urbano da povoação ao longo dos séculos. Trata-se de um templo de uma só nave, encimado pela capela-mor. A fachada apresenta-se sóbria, tendo como elemento central o portal rectangular em mármore, encimado por um frontão triangular; sobre este, uma janela rectangular. À direita, acha-se a torre sineira, encimada por uma cúpula. Imagem de Santiago Maior, padroeiro da Igreja, situada no altar direito da capela-mor. No interior seiscentista, destacam-se os azulejos brancos e negros dispostos em padrão geométrico, a pedra do altar em mármore e ainda o tecto recoberto de pinturas dos meados do século XVII representando cenas da vida do apóstolo Santiago Maior. Ao longo da nave encontram-se quatro altares laterais, e ainda dois a rodear a capela-mor, dedicados, respectivamente, a Santiago e a Nossa Senhora de Fátima. De destacar também o belíssimo trabalho da talha dourada na capela-mor, bem como o tecto de estuque. Nas duas paredes laterais do altar-mor acham-se duas telas recentemente restauradas, pintadas por volta de 1710 por António Machado Sapateiro. No exterior, no adro da Igreja, acha-se também um magnífico cruzeiro manuelino, o único elemento do conjunto que remonta ao século XVI.

Capela da Nossa Senhora da Conceição-Moscavide

Esta capela situa-se na ala esquerda do Palácio da Quinta do Cabeço e apresenta um altar em talha dourada setecentista e azulejos do século XVIII que mostram a vida de Maria. Esta capela era habitualmente frequentada pelo Rei D. João VI que vinha assistir aos cantochões (cantos litúrgicos) dos frades arrábidos de Convento dos Olivais.

Villa Romana de Frielas

Situada em Frielas, terá funcionado desde o século I d.C. até uma época tardia, sensivelmente até à 1ª metade do século VII d. C. O local da estação arqueológica, antiga propriedade rural, está sinalizado e pode ser observado pelo exterior.

Igreja de Santa Maria de Loures

A Igreja Matriz Paroquial de Santa Maria de Loures localiza-se no extremo da cidade de Loures Trata-se de um templo construído em meados do século XV (no local onde existiu a anterior igreja medieval que, segundo as investigações de Eduardo Brazão, se sabe ter pertencido aos Templários), com bastantes intervenções posteriores (a torre sineira data dos anos finais da Dinastia Filipina e o actual recheio é, na sua larga maioria, datável do século XVIII). Possui três naves, assentando os arcos que as sustentam em colunas de ordem toscana, conservando-se ainda numa destas um velho púlpito. Na capela-mor, um retábulo do setecentista abrilhanta esta obra-prima do barroco português. Na segunda metade do século XVIII, após o terramoto de 1755, foi votada ao abandono, mas no século seguinte foi sujeita a obras de restauro, tendo sido declarada monumento nacional por decreto de 16 de Junho de 1910.

Castelo de Pirescoxe-Santa Iria da Azoia

O Castelo de Pirescoxe (também Pirescouxe, Pirescoche, Piriscouxe e Pires Coche) localiza-se na povoação de Pirescoxe, na freguesia de Santa Iria de Azóia, Concelho de Loures, Distrito de Lisboa, em Portugal. Erguido em posição dominante sobre uma espécie de promontório de onde se descortina o curso do rio Tejo, trata-se na realidade de uma mansão senhorial, acastelada, típica da nobreza de Portugal em fins da Idade Média

A lenda do tesouro de D. Sebastião

A tradição local afirma que se oculta, nas caves do castelo, o tesouro de D. Sebastião (1568-1578), afirmando-se ainda que a última proprietária do imóvel mudou-se por não suportar mais ser incomodada, durante a noite, por curiosos em busca dessa riqueza. António Godinho, um historiador local, afirma que pode haver um fundo de verdade na lenda, uma vez que um dos antigos proprietários do castelo acompanhou aquele soberano na fatídica batalha de Alcácer Quibir.

Odivelas

Mosteiro de D. Dinis

Convento de freiras da Ordem de Cister, foi fundado em 1295 por D. Dinis em pagamento de uma promessa, monarca que já possuía no local umas casas reais, das quais ainda em meados do século XX existiam vestígios. Muito danificado pelo terramoto de 1755, D. João IV fez uma reconstrução geral com obras a cargo do frei João Turriano, italiano e monge de S. Bento. A segunda reconstrução foi ordenada por D. João V, mais para embelezar. Da primitiva construção resta a cabeceira gótica de abóbadas de nervuras chanfradas. Sofrendo alterações ao longo do tempo, fruto da necessidade de obras de conservação, melhoramento e ampliação do mosteiro, este é actualmente o resultado de várias intervenções, no entanto, destacamos os dois claustros do séc XVI, o magnífico refeitório, a cozinha e a alpendrada. No exterior da igreja são ainda visíveis os botaréus que reforçam as ábsides e as cimalhas góticas ornadas de gárgulas e mísulas. À direita duas alas alpendradas cruzam-se em ângulo recto, apoiadas em colunas singelas, datadas de 1573. A parede da alpendrada que dá acesso para a porta da igreja está revestida de azulejos policromos datados de 1671 e a que lhe fica perpendicular de azulejos azuis e brancos datados de 1691. Da primitiva frontaria resta o pórtico de arcos ogivais. No interior, na capela absidal do lado do evangelho fica o túmulo de D. Dinis, com estátua jacente e assente sobre figuras de animais. Noutra capela, à esquerda, está gravado no pavimento o escudo esquartelado de Nicolau Ribeiro Soares. Na capela do lado da epístola, está o túmulo vazio de D. Maria Afonso, filha natural de D. Dinis. Na parede da sacristia existe uma lápide com inscrição relativa a D. Filipa, filha do infante D. Pedro. Na capela-mor está sepultado o infante D. João, filho de D. Afonso IV. Dos dois claustros restantes, um é chamado de claustro da Moura, pela fonte do século XVII, encimado por uma figura de mulher e na galeria térrea, de arcos abatidos chanfrados, observam-se alguns capitéis góticos. A galeria superior, quinhentista, ocupa três lanços de claustro. Na outra parede encontra-se colocada a pedra de armas de D. Dinis. O claustro novo, é mais pequeno e pertence a duas épocas do século XVI - a primeira, de duas arcadas geminadas e abobadadas com nervuras chanfradas e bocetas; - a segunda, de arcadas mais altas e pilastras toscanas que, num primeiro lanço interno, formam entre nichos. Percorre a galeria todo um silhar de azulejos policromadas do século XVII. No canto Sudeste do Claustro Novo eram os aposentos da madre Paula. Na casa do capítulo estão sepultadas numerosas madre-abadessas do mosteiro, conforme pavimento coberto de inscrições. O refeitório e a cozinha dividem os dois clautros. O refeitório é uma sala de grandes dimensões, com bons painéis de azulejos do século XVIII e tecto em masseira, com pinturas ornamentais com pequenas composições religiosas. A cozinha com chaminé e lavadouro de pedra, assinalam-se pelo revestimento total de azulejos de figura avulsa, do século XVIII.

Igreja Matriz de Póvoa de Stº Adrião

Planta longitudinal, composta de nave única e capela-mor rectangular, com torre sineira adossada no lado esquerdo do fontespício e no seu alinhamento. Volumes articulados com cobertura diferenciada a 2 águas. Frontespício terminando em empena e com relógio de sol sobre cunhal direito. Rasga-o pórtico, de arco conopial, com flores quadrifloriadas nas umbreiras, e janelão, no segundo registo. Adossada ao corpo da igreja está uma torre sineira com cobertura piramidal. "Na igreja matriz existiram três capelas, uma instituída por Jerónimo Henriques da Veiga, outra por Domingos Rodrigues e outra por D. Catarina Veiga" in Guia de Portugal * O pintor Pedro Alexandrino de Carvalho, que nasceu em 1730, viveu numa propriedade na Póvoa de Santo Adrião conhecida pelo nome "Quinta do Pintor". Esta quinta foi posteriormente adquirida pelo escrivão do depósito público Francisco Almeida Penha em 1899. ( JF Póvoa St Adrião) O pintor faleceu em 1812 (já idoso), forneceu muitas pinturas, após o terramoto de 1755, para várias igrejas da capital, arredores e outros pontos do país. ( encontra-se sepultado na Igreja de S. José em Lisboa).

Fontes de Caneças

A definição de património cultural abrange os "valores da memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade" (Lei n.º 107/2001, art.º2º, n.º3). As fontes de Caneças constituem um conjunto coerente de uma vivência colectiva de determinada população, que subsistia, na sua maioria, com actividades ligadas à água. Uma das finalidades de protecção do património cultural que se coaduna com esta proposta está descrita no artigo 12.º, alínea b: Verificar a identidade cultural comum da Nação Portuguesa e das comunidades regionais e locais a ela pertencentes e fortalecer a consciência da participação histórica do povo português em realidades culturais de âmbito transnacional;"

Dolmén Sitio das Pedras Grandes-Caneças

Este monumento tinha uma câmara com 7 esteios coberta provavelmente por uma lage. Virada para Sudeste a entrada encontra-se marcada por um pequeno vestíbulo com dois esteios. Actualmente apenas restam 6 dos esteios da câmara e os dois do vestíbulo. No interior da câmara foram recolhidos restos de ossadas humanas, perfazendo um número mínimo de 6 indivíduos

Igreja Matriz de Odivelas

O edifício que corresponde à actual matriz é predominantemente do século XVIII, fruto de reconstrução e melhoramentos. No entanto, vários indícios apontam para um templo mais antigo, como seja a data de 1573, do renascimento, que se pode observar no lavabo da sacristia, com a forma da popa de um navio. * Foi neste templo que ocorreu o roubo dos vasos sagrados no Sacrário, em 1671, da autoria de António Ferro

Castelo da Amoreira-Ramada

A estação arqueológica da Serra da Amoreira situa-se no topo da Serra da Amoreira. Os materiais arqueológicos deste local apontam para a ocupação humana no Neolítico final-Calcolítico e na Idade do Bronze final-Ferro.

Memorial de Odivelas

Construção em mármore, possivelmente do século XIV. Monumento de base rectangular, 2 níveis sobrepostos terminados em empena. No 1.º rasga-se pequena colunata, com capitéis de decoração vegetalista, sustentando arcos trilobados. No 2.º grande arco ogival, encimado por Monumento Senhor Roubadoescudo real (5 escudetes postos em cruz e bordadura com 13 castelos). Nos ângulos do 1.º e 2.º nível, colunelos com capitéis de folhas espalmadas. Ao alto do memorial, cruz floreada da Ordem de Aviz.

Monumento do Senhor Roubado-Odivelas

Recinto, em forma de trapézio isósceles, tem a superfície de cerca de 10 metros de comprido por 8 de largura na face maior, e o arranjo arquitectónico apresenta-se a modo de templo descoberto. O pavimento, rebaixado em relação ao nível do terreno exterior (...). Dos lados confinam com as estradas, com muros em todo o comprimento e um gradeamento de ferro de pouca altura. A entrada oriental, é vedada por grade semelhante, com cancela do mesmo estilo, provida de ferrolho. Dois pilares prismáticos, lavrados na face e no coroamento, com cornija, gola e calote esférica terminal, servem de apoio ao gradeamento da frente, colocados nos pontos extremos da entrada, (...). Dois degraus que acompanham a soleira em toda a largura entre os marcos e os pilaretes, dão ingresso ao recinto, no meio do qual, a cerca de 1 metro de distância do paredão que do lado oposto à entrada fecha o quidrilátero, se eleva propriamente o padrão (...). É uma espécie de altar ou oratório constituído por alpendre assente em quatro colunas toscanas e fechado por parede na parte posterior. Estas colunas repousam em pedestais com cornija, de configuração e modelados. O ábaco cobre-se de recamo decorativo em que predominam os óvanos, e nos sofitos destaca-se, uma roseta em cada ângulo. No entablamento sobressaem as gotas características do dórico latino em que foi gizado o dossel do padrão. (...) Quatro urnas chamejantes elevam-se aos cantos, sobre o dossel, (...). No centro, ao alto, uma estatueta de mulher, de pé sobre peanha, segura na mão esquerda um cálix e na direita uma flor. (...) No interior do alpendre (...) Sobre uma plataforma em degrau o plinto quadrangular, com moldura redonda saliente, gola e cimático. O plinto, de base inscriturada e face abaulada superiormente, se reduz em área para servir de apoio ao soco com cornija, duma coluna quadrada que ao cimo suporta o relicário tronco-piramidal envidaraçado contentdo um crucifixo. (...) Ao meio do tecto do alpendre está suspensa uma lâmpada permanentemente acesa." in Mário Guedes

Núcleo Museológico dos Moinhos da Laureana-Famões

Moinho construído no século XVIII, símbolo da actividade moleira da região. Depois de uma época votado ao abandono, foi recuperado pela autarquia, em 2001, tornando-se um belo local de vista. Aqui é possível observar magníficas paisagens e descobrir os mecanismos tradicionais de moagem. Moinho construído no século XVIII, símbolo da actividade moleira da região. Depois de uma época votado ao abandono, foi recuperado pela autarquia, em 2001, tornando-se um belo local de vista. Aqui é possível observar magníficas paisagens e descobrir os mecanismos tradicionais de moagem.

Aqueduto-Caneças

A ideia de abastecer Lisboa a partir de Caneças remonta aos romanos, sendo ainda visíveis os restos da barragem por eles construída no local onde D. João V fez nascer o aqueduto, com a sua escadaria de acesso

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