Bruno Miguel Marques de Oliveira
J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
P.J.- Procuramos de uma forma transversal dinamizar e valorizar todos os setores na nossa freguesia. O setor primário ainda tem grande peso na nossa economia local, sendo que o turismo está a dar os primeiros passos na nossa freguesia. Mas em ambos os casos consideramos ser de extrema importância.
J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
P.J.- A violência doméstica é combatida em grande parte pela educação, são necessárias gerações, sendo que a mesma não pode ser apenas analisada pela vertente física, mas também psicológica. Acredito na importância das medidas que são tomadas, mas também sei que ainda temos um longo caminho pela frente.
J.A.-Como encara a violência nas escolas?
P.J.- O caso da violência das escolas tem certas semelhanças à violência doméstica, pois, não a podemos apenas olhar para a mesma numa vertente física mas também psicológica. No entanto considero que existe uma elevada diminuição devido a uma educação cada vez mais ativa por partes dos agentes escolares. Estes casos penso que cada vez são mais denunciados, e isso é bastante importante para o seu desincentivo, no entanto não deixa de ser uma problemática na nossa sociedade.
J.A.- Existem cada vez mais maus tratos, tanto em adultos como em crianças, incluindo violações. Quer falar sobre o assunto?
P.J.- Acho que existem cada vez mais denuncias sobre estes casos, e isso é bastante importante para conhecer a realidade, caso que não acontecia no passado.
Já no passado existia esta problemática em todas as sociedades, no entanto as mesmas não eram estudadas nem se agia sobre as mesmas. Acho que se deve no entanto atuar de forma mais célere e intensa.
J.A.- Que recursos financeiros necessitam as populações mais enfraquecidas (a vários níveis) nessa autarquia?
P.J.- Em todos os níveis os recursos são escassos quer eles sejam financeiros ou não. Não existe freguesias sem necessidades, de uma forma ou outra todas as freguesias tem rácios altos ou baixos. Desde reformas, subsídios ou abonos todos são importantes em cada sociedade, dando os mesmos confiança ou flexisegurança a essa mesma sociedade.
J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas?
P.J.- Não tivemos nem temos grande fluxo migratório na nossa freguesia.
J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre sobre o parque da habitação?
P.J.- Acho que são importantes, discutíveis, mas acima de tudo devemos atuar. Poderia ter sido evitado a necessidade de intervenção caso não existisse uma especulação tão evidente de certos agentes. Existe muito aproveitamento, mas também certamente muitos que iram sofrer com estas medidas, não pelo que possam deixar de ganhar, mas daqueles que são obrigados a perder e com poucos recursos.
No entanto acho que nestas medidas deviam ser de certa forma diferenciadas por concelhos e os municípios assumir a responsabilidade de atuação.
J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros! Quais medidas deverá tomar o Governo para colmatar esse flagelo?
P.J.- Penso que a regulação no imediato e de futuro o acompanhamento sistemático das cadeias existentes. Certamente que existe inflação tal como muito aproveitamento do contexto em que vivemos.
J.A.- Que medidas pensa tomar durante o seu mandato?
P.J.- Nos mandatos que passei procuramos tomar sempre medidas planeadas e com retorno futuro, no entanto tal como os últimos anos nos ensinaram muitas vezes temos de tomar decisões no imediato e para o presente, pois, não temos controlo sobre as projeções que possamos ter planeado.
No entanto sou um apologista de aposta em medidas sustentáveis e amigas do ambiente, e isso tem sido um dos meus focos ao longo dos anos.
J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
P.J.- A falta de oportunidade e disponibilidade para a fixação e captação de população é para mim um dos pontos essenciais. Tenho debatido fortemente sobre este tema do qual temos diligenciado enormes esforços. Temos perdido bastante população e isso temos de inverter urgentemente.
J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste novo mandato?
P.J.- Somos uma freguesia com alguma capacidade financeira, mas também com grandes responsabilidades que advém da dimensão do nosso território.
J.A.-Qual o apoio que presta apoio às juntas de freguesia?
P.J.- Apoiamos como todas as juntas de freguesias em várias frentes e setores, desde o social, desportivo, cultural, ambiental, saúde, educação, lazer bem como outras situações recorrentes do dia-a-dia de uma freguesia rural.