Jornal das Autarquias | Agosto 2024 - Nº 202 - I Série

Entrevista do Presidente da Junta de Freguesia de Montalvo

Ana Luísa Cartaxo Manique

J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
P.J.-Sim, a valorização do turismo e do setor primário é fundamental para o desenvolvimento sustentável e económico da nossa região. O turismo, como uma das indústrias que mais crescem no mundo, tem o potencial de gerar empregos, promover o intercâmbio cultural e aumentar a receita de comunidades locais. No entanto, para que essa indústria prospere de maneira sustentável, é essencial que haja uma integração eficaz com o setor primário, que inclui agricultura e pesca. O setor primário fornece os recursos essenciais que alimentam a indústria do turismo. Por exemplo, a gastronomia local, um dos principais atrativos turísticos.

J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
P.J.-A violência doméstica é um problema grave e persistente que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, independentemente de idade, género, classe social ou etnia. Trata-se de um padrão de comportamentos abusivos utilizados por um parceiro íntimo para ganhar ou manter controle sobre o outro parceiro, na nossa Freguesia também tem tido um acréscimo e que nos deixa preocupados, mas atentos realizando as diligências de acordo com as nossas competências.
É crucial que as vítimas sintam que têm um sistema de apoio ao qual recorrer e que as leis sejam rigorosas contra os agressores.
Um aspecto fundamental na luta contra a violência doméstica é a educação. Promover a igualdade de género, ensinar desde cedo sobre respeito mútuo e relações saudáveis, e encorajar a comunicação aberta sobre esses temas podem ajudar a prevenir a violência antes que ela comece.

J.A.-Como encara a violência nas escolas?
P.J.-No nosso entender, para combater a violência nas escolas, é essencial adotar uma abordagem integrada que envolva a participação ativa de professores, pais, alunos e autoridades. Programas de mediação de conflitos, campanhas de conscientização sobre bullying, capacitação de educadores para identificar e lidar com situações de violência, e a promoção de uma cultura de respeito e inclusão são algumas das estratégias que podem ser implementadas. Além disso, é crucial que as escolas ofereçam apoio psicológico para os alunos afetados e criem canais seguros para que eles possam denunciar casos de violência. Somente através de uma ação conjunta e contínua será possível criar um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos.

J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas. Temos verificado, cada vez mais, o aumento da imigração! Como reage às más condições, de trabalho e sustentação, que os mesmos estão ser tratados?
P.J.-A imigração na nossa freguesia tem sido um tema pertinente, ajustando à nossa realidade sem quaisquer tipos de anormalidade, com muita naturalidade e de aceitação. À medida que o número cresce em busca de novas oportunidades e de uma melhor qualidade de vida, traz desafios que precisam de ser cuidadosamente geridos para garantir a integração harmoniosa de todos.

J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre o parque da habitação?
P.J.-É importante considerar os desafios que podem surgir na implementação de parques de habitação. A gestão eficiente e a manutenção contínua são cruciais para garantir que esses espaços permaneçam seguros, limpos e funcionalmente adequados. Além disso, o planeamento deve ser sensível às necessidades específicas da comunidade local, evitando a segregação social e incentivando a inclusão e a diversidade. Quando bem projetados e administrados, os parques de habitação têm o potencial de transformar positivamente a vida de muitas pessoas.

J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros. Acha que as medidas tomadas pelo Governo são suficientes?
P.J.-É crucial que governos e organizações internacionais trabalhem juntos para estabilizar os preços e garantir a segurança alimentar. Medidas podem incluir o incentivo à produção local, o apoio a práticas agrícolas sustentáveis e o fortalecimento das cadeias de abastecimento. Além disso, políticas de assistência alimentar podem ser necessárias para ajudar as populações mais vulneráveis a lidar com os altos custos dos alimentos. Assim, é possível criar um ambiente mais resiliente e preparado para enfrentar as adversidades que afetam os preços dos bens alimentares.

J.A.- Com a chegada das temperaturas elevadas, quais as medidas que foram tomadas para precaver o flagelo dos incêndios?
P.J.-A Junta de Freguesia colabora com os serviços de proteção civil e os bombeiros locais para garantir uma resposta rápida e eficaz em caso de incêndio. A cooperação entre a Junta de Freguesia, os cidadãos e as autoridades competentes é fundamental para criar um ambiente seguro e resiliente contra incêndios, protegendo tanto as vidas humanas como o património natural e construído da freguesia.
As estradas dentro de uma localidade desempenham um papel fundamental na mobilidade urbana e no desenvolvimento económico e social. Elas facilitam o transporte de pessoas, bens e serviços.
A intervenção em estradas locais pode incluir uma variedade de ações, como pavimentação, reparo de buracos, instalação de sinalização adequada e sentidos de ruas, de forma haver segurança rodoviária.
Um planeamento eficiente e a execução de intervenções nas estradas locais podem trazer inúmeros benefícios. Além disso, uma infraestrutura viária bem mantida pode aumentar a qualidade de vida dos moradores, promovendo um ambiente mais organizado e agradável.

J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste mandato?
P.J.-O executivo desta Freguesia, continua comprometido com a responsabilidade fiscal e a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos, trabalhando incessantemente para garantir um futuro mais próspero e sustentável para todos.

J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia?
P.J.-Como presidente da junta, o meu compromisso é trabalhar incessantemente para o bem-estar e desenvolvimento da nossa freguesia. Juntos, temos a oportunidade de construir uma comunidade mais forte, unida e próspera. Nos últimos meses, temos realizado vários projetos que visam melhorar a qualidade de vida de todos os nossos cidadãos. Desde a requalificação de espaços públicos até à promoção de eventos culturais e desportivos, cada iniciativa é pensada com carinho e dedicação. Quero reforçar o meu compromisso com a transparência e proximidade. Estamos sempre disponíveis para ouvir sugestões, preocupações e ideias. A nossa freguesia é feita de pessoas, e é para as pessoas que devemos trabalhar com empenho e dedicação. Conto com todos vocês para continuarmos a construir um futuro melhor, onde cada freguês se sinta valorizado e ouvido.

J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
P.J.-Continuem o excelente trabalho, que fazem contribuindo para valorizar os nossos pensamentos e angústias, nesta tão importante tarefa que são as nossas Freguesias.

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