Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Paredes

Artur Pereira da Silva

J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
P.J.-A Freguesia de Paredes, que resultou da agregação de sete freguesias, tem um conjunto diversificado de actividades, sendo que o sector primário é ainda dominante em grande parte da Freguesia, sendo por isso muito valorizado. O turismo é um sector em expansão, que não tinha expressão significativa há poucos anos, mas que graças ao empenho do Município e a proximidade ao Porto, bem como as excelentes vias de comunicação que nos ligam, permitem hoje um fluxo cada vez maior de turistas, estando Paredes a apostar essencialmente no turismo de natureza, percursos pedonais marcados, aliado a alguns monumentos religiosos e palacetes de Brasileiros de Torna Viagem.

J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
P.J.-Nunca será possível considerar completamente resolvido este como outros problemas das relações entre as pessoas e o respeito pelo outro, mas em minha opinião a legislação tem vindo tomar medidas adequadas.

J.A.-Como encara a violência nas escolas?
P.J.-É perturbador verificar o aumento da violência nas escolas, que só pode ser atenuado com vigilância e actuação imediata, o que nem sempre é possível, os valores transmitidos pela família são importantes, para adequar comportamentos.

J.A.- Existem cada vez mais maus tratos, tanto em adultos como em crianças, incluindo violações. Quer falar sobre o assunto?
P.J.-Os valores morais do respeito pelos outros tem vindo a decair, embora a legislação tenha evoluído no sentido reprimir cada vez mais esse tipo de comportamentos.

J.A.- Que recursos financeiros necessitam as populações mais enfraquecidas (a vários níveis) nessa autarquia?
P.J.-Em Paredes, como a nível Nacional, os vencimentos mais baixos são insuficientes para cobrir as despesas essenciais e embora o Governo tenha aumentado sistematicamente o ordenado mínimo, a recente subida da inflação está a absorver todo esse aumento de rendimento. A Freguesia de Paredes tem tido o apoio dos Serviços Sociais do Município e das várias associações e IPSS para ajudar os mais necessitados.

J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas. Temos verificado, cada vez mais, o aumento da imigração! Como reage às más condições, de trabalho e sustentação, que os mesmos estão ser tratados?
P.J.-A Freguesia de Paredes tem recebido muitos emigrantes, normalmente para trabalhar na construção e alguns elementos dos agregados familiares nos serviços, normalmente com algum apoio familiar anterior o que tem facilitado a integração e não temos conhecimento de grandes problemas apenas durante a pandemia foi necessário apoiar algumas famílias que ficaram sem trabalho.

J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre o parque da habitação?
P.J.-Penso que são medidas necessárias, que acarretam alguma resistência à mudança, mas se houver bom senso todos podem beneficiar.

J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros. Acha que as medidas tomadas pelo Governo são suficientes?
P.J.-Sim estão a produzir oso efeitos esperados para controle dos preços a níveis aceitáveis, embora numa economia aberta como a nossa e perante o surto de inflação que ocorreu, não seja possível controlar os preços de forma absoluta e imediata.

J.A.- Com a chegada das temperaturas elevadas, quais as medidas que foram tomadas para precaver o flagelo dos incêndios?
P.J.-Tem sido preocupação desta Freguesia alertar os proprietários de terrenos para a sua limpeza e em articulação com o Serviço de Protecção Civil, verificar e providenciar a limpeza dos terrenos dos incumpridores.

J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
P.J.-O alargamento das redes de saneamento e abastecimento de água ao domicílio, construção e colocação em funcionamento de Creches e Lares de Idosos, o melhoramento da rede viária, construção e reabilitação de Parques Infantis, reabilitação de parques desportivos e construção de novas infra-estruturas, são entre outros os problemas mais prementes, sendo que nos últimos anos foram e estão a ser construídas infra-estruturas para desporto, lazer e cultura de grande valia.

J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste mandato?
P.J.-Temos o necessário para a gestão corrente e mantemos as contas equilibradas, sem dívidas a fornecedores, mas este ano fomos obrigados a adiar várias obras por dificuldades financeiras devidas ao aumento generalizado dos preços e vencimentos, a que não correspondeu igual aumento de receita.

J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia
P.J.-Aos Paredenses quero assegurar que o nosso empenho, para melhorar o bem-estar de todos, é total! Só com a colaboração de todos é possível alcançar muitos dos objectivos, as metas que traçamos têm vindo a ser superadas e assim continuaremos numa comunhão de esforços para recuperar muitos dos atrasos que tínhamos.

J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
P.J.-O trabalho da imprensa local e regional é muito importante para divulgar a Região em que se insere e toma como área de interesse nas suas publicações.
O Jornal das Autarquias seguindo mais de perto o trabalho das Autarquias tem sido esse veículo de divulgação mais próximo que nos mantém informados e faz também a divulgação da Região.

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