Maio 2022 - Nº 175 - I Série - Madeira

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Porto Moniz

Hélder Filipe Balona Rodrigues

J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
P.J.- O turismo tem sido bastante valorizado por este executivo, na medida em que temos feito publicidade a alguns pontos de interesse da nossa freguesia e estamos a trabalhar para desenvolvermos diversas atividades neste setor. No que diz respeito ao setor primário, e visto a nossa população ter a agricultura como a principal fonte de subsistência e sendo o nosso dever salvaguardar as condições de rega aos agricultores e manter todas as veredas transitáveis, esta Junta de Freguesia priorizou os trabalhos de limpeza, manutenção e recuperação de levadas e veredas da freguesia, criando novas veredas e levadas para facilitar todo o processo que a agricultura exige.

J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
P.J.- Penso que deverão existir medidas mais concretas e de ação direta sobre esta problemática que assola a nossa população. Cada vez mais se percebe que este flagelo já começa nas mais tenras idades e, como tal, seria benéfico introduzir planos e/ou programas e diversas atividades nas escolas com vista ao reconhecimento e prevenção da violência doméstica.

J.A.- Que recursos financeiros necessitam as populações mais enfraquecidas (a vários níveis) nessa autarquia?
P.J.- No Porto Moniz, a população é bastante envelhecida e estes idosos, apesar dos vários apoios do Município do Porto Moniz, continuam a usufruir de baixas reformas, que é praticamente gasta em medicação, não lhes permitindo um envelhecimento mais digno.

J.A.- O que pensa sobre as medidas tomadas pelo governo sobre o Covid 19 e sua vacinação?
P.J.- Esta pandemia deixou todo o mundo em suspenso e sem saber ao certo quais as decisões certas a tomar. As medidas propostas pelo Governo surtiram efeito, mas por vezes foram insuficientes, uma vez que nem sempre houve capacidade de resposta, nomeadamente no que diz respeito à testagem massiva da população semanalmente. Deste modo, a Junta possibilitou aos seus fregueses a testagem gratuita semanal nas suas instalações.

J.A.- Que medidas pensa tomar durante este novo mandato?
P.J.- Pretendo continuar a recuperar e conservar as veredas e levadas de regadio e a colocar varandins de proteção; promover a construção, manutenção e recuperação de fontanários; realizar atividades de promoção do património e pontos de interesse da freguesia; organizar passeios/convívios para fregueses de todas as idades; dinamizar e organizar em parcerias com entidades credenciadas ações de formação que se revelem pertinentes e de interesse para as áreas empresariais da freguesia; apoiar os vários eventos culturais, atividades lúdico-desportivas e de âmbito recreativo; criar eventos culturais mantendo e reavivando tradições; criar atividades de verão; manter os postos dos CTT em funcionamento nas instalações da Junta de Freguesia e ainda pretendo continuar a reivindicar a abertura do serviço de urgência 24 horas por dia.

J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
P.J.- O problema mais premente que existe na nossa freguesia é não termos um serviço de urgência aberto 24 horas no nosso município.

J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste novo mandato?
P.J.- Esta Junta apresenta uma situação financeira estável com saldo positivo e sem dívidas, havendo uma gestão equilibrada e ponderada dos recursos financeiros, adequando as atividades às necessidades da freguesia.

J.A.-A câmara presta apoio às juntas de freguesia?
P.J.- Sim, temos tido total apoio do Município do Porto Moniz, seja em recursos físicos e/ou humanos.

J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia?
P.J.- Primeiro que tudo quero reconhecer e agradecer o contributo de todos os cidadãos, todas instituições, todas as coletividades e associações que dinamizam e dinamizaram a nossa freguesia, nestes seis meses de mandato. Passou pouco tempo desde que tomei posse e, com a maior humildade, tenho a convicção do muito que já foi feito e do muito que ainda falta fazer. A nossa equipa tem tentado chegar a tudo e a todos e, essencialmente, tem tentado sido célere a diagnosticar as fragilidades da população para agir em conformidade. Por fim, quero deixar uma mensagem de agradecimento a todos os fregueses, com a certeza de que continuaremos a trabalhar arduamente dentro de todas as valências que nos são possíveis alcançar, de forma a garantir uma melhor qualidade de vida a todos.

J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
P.J.- O Jornal das Autarquias tem realizado um notável serviço, uma vez que promove as diferentes freguesias e permite a descentralização, num trabalho de proximidade e informação para que sejam potenciados os vários setores. Penso que este trabalho deve manter-se no futuro e, para tal, podem continuar com o nosso total apoio.

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