Cultura

Guarda

Aguiar da Beira

Igreja Matriz de Aguiar da Beira / Igreja de Santo Eusébio

Esta igreja, construída provavelmente no Século XVIII, sofreu sucessivas remodelações ao longo dos séculos, sobretudo no interior, como se pode ver pela diversidade de estilos de decoração. No interior destaca-se a cobertura da nave com pintura neoclássica, a capela-mor, com 32 caixotões de temática hagiográfica e ainda o retábulo-mor de talha policromada e dourada do estilo barroco joanino. Já os retábulos colaterais em ângulo, também em talha policromada e dourada são do estilo rococó.

Capela de Nossa Senhora do Castelo

Ou de Nossa Senhora do Leite, edifício medieval, de fundações românicas (século XIII?)Esta capela também é conhecida como Ermida de Nossa Senhora do Leite. No altar está a imagem de Nª. Srª. do Leite, a amamentar o filho. Altar muito trabalhado e dourado.

Caldas de Cavaca

Há cerca de duas décadas que as Caldas da Cavaca se encontravam encerradas. Desde então que se procurava uma solução para a sua abertura, tendo em conta as propriedades únicas das suas águas, procuradas por termalistas de Norte a Sul do País. Para além de serem indicadas para o tratamento de doenças de pele, do foro respiratório e músculo-esquelético, o grande destaque vai para o tratamento de doenças do aparelho digestivo, o menos comum em outras estâncias termais. Trata-se de uma água fracamente mineralizada, com reacção alcalina e macia. Tem como características mais salientes o facto de se tratar de uma água sulfúrea e flouoretada. Surge à superfície a uma temperatura de 29 graus centígrados. Após vários anos de tentativas para reactivas este espaço, a Autarquia avançou para a constituição de uma parceria publico-privada de onde nasce a empresa ABTT – Aguiar da Beira Termas e Turismo EEM, que assume agora a missão de gestão do balneário com as mais modernos equipamentos, não só para dar resposta aos tratamentos mas também para sessões de anti-stress e bem-estar. Destacamos, a título de exemplo a piscina termal e as várias salas para banhos vichy.

Santuário de Nossa Senhora dos Verdes

Situado a 1,5 Km de Forninhos, este é um templo seiscentista com interior decorado a talha dourada e pintura vernacular, denotando alguma influência barroca.

Dólmen de Carapito I

Monumento nacional, também conhecido por Casa da Moura. Trata-se de um dólmen simples e de grandes dimensões, típico desta zona. Datado do Neolítico final, apresenta uma câmara poligonal e dois dos seus esteios apresentam motivos solares e serpentiformes

Sepultura Antropomófica de Colherinhas

Esta sepultura escavada na rocha encontra-se em bom estado de conservação. Situa-se no meio de campo agrícola, a 50 metros da estrada, logo, o seu acesso é pedonal.

Capela do Senhor do Castelinho

Nesta capela, datada do século XVIII, destaca-se a abóbada e o alpendre. No interior encontra-se uma imagem do Senhor esculpida na própria pedra.

Ponte do Candal

Esta ponte romana foi construída no circuito da via romana proveniente de Viseu e foi depois reutilizada durante o período medieval. Está suspensa por dois arcos de volta perfeita, provida de talha-mar, e tem o pavimento em granito

Miradouro do Cabeço do Gato

Este miradouro, sito no cimo de uma rocha, oferece uma vista magnífica sobre Aguiar da Beira e a Serra da Estrela

Almeida

Castelo de Castelo Mendo

Ocupa um cabeço situado a 762 m de altitude, sobranceiro ao ribeiro de Cadelos e ao rio Côa. Integra dois núcleos urbanos, destacando-se o recinto do castelo na zona mais elevada. A provável edificação do castelo ocorreu em fins do séc. XII, no reinado de D. Sancho I. Em 1229, recebe carta de foral por D. Sancho II onde é mencionado o castelo e o alcaide Mendo Mendes. Daqui decorre a edificação do primeiro recinto muralhado. A Segunda cintura muralhada, bem como a Torre de Menagem advêm de D. Dinis, em 1281. Em 1297, com a assinatura do Tratado de Alcañices, a fronteira afasta-se de Castelo Mendo. É um castelo românico e gótico cujas cinturas são de traçado ovalado e irregular e com demarcação da cidadela no primeiro recinto defensivo. A Torre de Menagem é de planta rectangular. Com a reforma liberal, extingue-se o concelho e inicia-se um processo de degradação progressiva

Praça-forte de Almeida

Localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de mesmo nome. A par com a Praça-forte de Valença e com a Praça-forte de Elvas, esta é considerada como a mais monumental das praças do país. Confrontava-se com o Real Fuerte de la Concepción, no lado oposto da fronteira.

Quartel das Esquadras

Único do género no País, foi mandado construir pelo reformador do Exército Português, Conde de Lippe, no período da Guerra da Sucessão (1762 - 1769). Constituído por dois pavimentos - rés-do-chão e primeiro andar - é elegante, imponente e tem 120 metros de comprimento.

Casamatas

Constituídas por galerias subterrâneas em forma de túnel, de comprimento variável e com largura de sete metros. As poternas das dez Casamatas dão para um pátio interior que comunica com a Praça por um corredor com tecto lajeado. As Casamatas celebrizam-se por terem servido de cadeia na época das Lutas Liberais e de refiígio da população durante os cercos que a Praça sofreu na Guerra da Sucessão, também designada por Guerra dos Sete Anos, e ainda durante a 380 Invasão Francesa em 1810

Igreja Matriz de Malhada Sorda

Arquitectura religiosa do século XVI, rodeada por uma necrópole composta por nave, capela-mor e torre sineira. No interior podem ser apreciados murais, atrás do altar, embora o seu estado de conservação seja diariamente afectado pela humidade. O orago é São Miguel, mas os habitantes desta região são devotos, particularmente, de Nossa Senhora da Ajuda

Celorico da Beira

Castelo de Linhares da Beira

Situado num cabeço rochoso num contraforte a noroeste da serra da Estrela, domina o vale do rio Mondego. O seu passado mergulha nas lendas, sendo considerado uma das fortificações medievais mais importantes da Beira Alta Interior

Castelo de Celorico da Beira

Erguido num cabeço granítico, no sopé da serra da Estrela, em posição dominante sobre a vila e o rio Mondego, do alto de seus muros avistam-se os vizinhos Castelo de Linhares (a sudoeste), Castelo da Guarda (a sudeste), Castelo de Trancoso (a norte), o Parque Natural da Serra da Estrela (a sul) e o rio Côa (a leste).

Necrópole de São Gens e Pedra do Sino

Situada na freguesia de Fornotelheiro, encontra-se a Necrópole de São Gens, pertença de povos ancestrais, antigo cemitério, constituindo um dos maiores e mais antigo existente nas beiras. Existem ali quatro espécies de túmulos: uns em forma de banheira, outros triangulares, outros antropomórficos e outros cavados em pedras móveis

Figueira de Castelo Rodrigo

Castelo de Castelo Rodrigo

Localizado na vila e freguesia de mesmo nome, em posição dominante sobre a ribeira de Aguiar, ao sul da planície de Ribacôa, constituía-se em local de passagem para os peregrinos que, da Beira Baixa, se dirigiam a Santiago de Compostela pelo caminho que, na Idade Média, ia da Guarda a Barca d’Alva. Eles encontravam abrigo no vizinho Convento de Santa Maria de Aguiar. Atualmente os muros do castelo envolvem a povoação, integrante do Programa Aldeias Históricas

Muralhas do Castelo e Palácio de Cristóvão de Moura

Dom Dinis ordenou a construção destas muralhas e do castelo, constituído por muralhas ameadas, torreões, uma grande torre de menagem, fossos e barbacã. Em 1580, durante as ocupações filipinas, o castelo sofreu bastantes danificações. Conservam-se treze torreões e três portas, sendo uma delas a Porta da Traição. Destaque para os cubelos, as ruínas do Paço de Cristóvão de Moura e a malha urbana no interior da cerca Foi residência oficial de Cristóvão de Moura (séc. XVI / XVII) que auferiu de grandes privilégios por parte de Filipe II de Espanha, I de Portugal, pelo seu apoio na crise dinástica. Castelo Rodrigo torna-se cabeça de condado com título atribuído a este nobre. Recuperada a independência nacional este palácio foi incendiado pela população jazendo hoje em dia em avançado estado de ruína.

Igreja Matriz de Castelo Rodrigo / Igreja de Nossa Senhora do Rocamador

A igreja primitiva, de estilo românico, foi fundada no século XIII, sendo depois alvo de modificações no século XVII e XVIII. A modificação mais relevante foi no tecto, tendo este sido coberto por caixotões com figuras de santos pintadas. A classificação de Imóvel de Interesse Público engloba apenas os tectos.

Convento de Santa Maria de Aguiar

Situado em Castelo Rodrigo, o complexo constítuido pela Igreja e Convento de Santa Maria de Aguiar terá sido edificado no Século XII pelos beneditinos transitando, posteriormente para a Ordem de Cister. De notar, que embora seja conhecido como "convento", era na verdade um mosteiro, pois a regra vigente era do tipo monacal (exercida por monges), ou seja, vivendo e trabalhando em locais afastados dos povoados. Predominam os estilos romântico e gótico. A igreja, cisterciense, tem planta em cruz latina, três naves e transepto saliente, cabeceira escalonada e duas absidíolas de planta rectangular

Serra da Marofa

A Serra da Marofa é percorrida pelo rio Côa, tendo como principal cidade e concelho a visitar Pinhel, tal como a vila e sede do concelho de mesmo nome, Figueira de Castelo Rodrigo e a aldeia histórica de Castelo Rodrigo. A zona é caracterizada pela existência de uma grande biodiversidade, de onde se destacam, na fauna, o falcão, a lebre/coelho e a perdiz, e na flora, a amendoeira, a oliveira e o pinheiro. A nível patrimonial, destacam-se, os Castelos de Pinhel e de Castelo Rodrigo, para além do Pelourinho de Pinhel. Porém, existem dezenas de locais históricos de grande valor patrimonial no concelho de Pinhel e de Figueira de Castelo Rodrigo. Como local obrigatório na visita à Serra da Marofa é o miradouro no alto de um dos pontos da serra, perto de Castelo Rodrigo, onde se localiza uma réplica do Cristo-Rei e onde se obtém uma panorâmica fantástica da zona da Beira Alta.

Chafariz dos Pretos

Chafariz de planta circular, no centro do qual se ergue um corpo hexagonal, rematado em pirâmide. No corpo central existem quatro cabeças de criança a servirem de bicas

Torre Solar dos Metelos

Desconhece-se a data em que a mesma foi construída, podendo ter as suas origens no Sec. XIV ou XV; há quem admita que possa ser o resto de uma qualquer fortificação, já que a Torre tem características marcadamente defensivas (a existência de "mata-cães", ou seja, buracos no chão dos varandins destinados a através deles serem despejados líquidos quentes - água ou azeite - com vista a impedir a escalada). Numa das fachadas tem a pedra de armas dos Metellos. A casa é posterior e admite-se que possa remontar ao Sec. XVI. O brasão tem as armas dos Metellos Pachecos, mas já é do Sec. XIX. Os Metellos radicaram-se na Freixeda do Torrão no Sec. XVII, sendo o Solar a sede do Morgadio da Freixeda do Torrão. No final do Sec. XVIII os Metellos, na altura já Metello de Nápoles,mudaram-se para Pinhel, para a casa com o seu nome, de que ainda hoje são proprietários. O Morgadio da Freixeda do Torrão foi extinto na 2&ª metade do Sec. XIX (na altura em que foram extintos os últimos grandes Morgadios), tendo as propriedades sido distribuídas pelos filhos do último Morgado, um dos quais o Visconde de Nápoles e Lemos, cujos filhos vieram posteriormente a vender a casa. Foi nessa altura que o passadiço entre a casa e a Torre foi destruído. O Visconde de Nápoles e Lemos pouco viveu na casa, uma vez que se dedicou à construção de um palacete em Escalhão (hoje propriedade da família Guerra Maio), tendo passado os últimos anos da sua vida em Pinhel, numa casa que aí adquiriu

Fornos de Algodres

Pelourinho de Algodres

Pelourinho manuelino construído no século XVI, composto por seis degraus octogonais, um fuste octogonal com anel em ferro, encimado por uma pinha tipo gaiola

Anta de Cortiçô (também Orca de Cortiçô ou Dólmen da Casa da Orca)

É um monumento megalítico situado na freguesia de Cortiçô.Estima-se que a sua construção remonte a 2900 - 2640 a.C.. A câmara, de planta poligonal, tem dimensões aproximadas de 2.5 metros de diâmetro por três metros de altura e é composta por 8 esteios inclinados para o interior, dois dos quais se encontram tombados. A entrada principal, voltada para este, é precedida por um corredor curto e apresenta ainda parte da mamoa.

Necrópole medieval de Forcadas

A necrópole medieval de Forcadas está situada no lugar de Forcadas, freguesia de Matança, concelho de Fornos de Algodres, datando do século VII ou VIII . Inclui cerca de 25 sepulturas escavadas na rocha, não antropomórficas, de forma oval, rectangular e trapezoidal encontrando-se algumas delas geminadas. Seriam cobertas por lages de granito. Este tipo de sepulturas foi comum nesta região do século VI até ao século XIV, com maior relevo entre o século IX e o século XI.Segundo alguns historiadores serão de origem visigótica

Fraga da Pena-Queiriz

Povoado pré-histórico datado da Idade do Bronze, onde é visível uma extensa estrutura defensiva semicircular. No interior, foram encontrados objectos em cerâmica, pontas de flecha, colares, machados de pedra, etc. Encontra-se a cerca de 750 metros de altitude

Sepulturas Escavadas na Rocha

Estas sepulturas, características do Norte da Península, mas também conhecidas no Sul, aparecem agrupadas em necrópoles (Vila Ruiva e Forcadas), isoladas ou em pequenos núcleos de duas ou três. Se as necrópoles terão constituído núcleos correspondentes a comunidades, as sepulturas isoladas têm sido interpretadas como tendo um carácter mais familiar.O concelho de Fornos de Algodres é um município particularmente rico em sepulturas escavadas na rocha. No decorrer do levantamento do património arqueológico que temos vindo a efectuar no concelho foram identificadas 68 sepulturas, 59 das quais já estudadas (VALERA, 1990), tendo as restantes 9 sido referenciadas posteriormente. Temos ainda conhecimento que, a este número, há a juntar mais algumas sepulturas, postas à vista por uma recente limpeza de superfície efectuada na necrópole das Forcadas. Tratando-se de um tema particularmente pouco estudado, a sua atribuição cronológica é ainda motivo de discussão. Contudo, as opiniões dos autores que ultimamente se têm dedicado ao seu estudo tendem a balizálas entre os séculos VI/VII e o século XI, altura em que estariam a entrar em desuso, mas com prolongamentos pontuais até ao século XIII/XIV.

Dólmen de Corgas de Matança (Fornos de Algodres)

Este dólmen, de câmara poligonal constituída por 9 esteios sem corredor, localiza-se na freguesia da Matança e está devidamente assinalado. Sem se saber exactamente a que data remonta, estima-se que o dólmen tenha sido construído no Neolítico.

Gouveia

Convento de S. Francisco

À saída de Gouveia, no meio de campos e rodeado de pequenos bosques, fica o Convento de S. Francisco (ou do Espírito Santo). Trata-se de um interessante imóvel privado que desperta a atenção do visitante pelo seu carácter místico. Embora não seja possível precisar a data da sua fundação, é de crer que esta tenha tido lugar no século XII. A actual estrutura remonta ao século XVIII. Sabe-se que em 1752 foram ali levadas a cabo importantes obras de restauro. Hoje, pode admirar-se a torre sineira, a frontaria da igreja com nicho e a imagem de S. Francisco, bem como a grandiosa e inesperada ala poente

Praça de S. Pedro

Situada no coração da cidade, podem admirar-se aqui alguns testemunhos importantes da riqueza do seu património, como a Igreja de S. Pedro, a Igreja da Misericórdia, o Solar dos Serpa Pimentel e a Fonte de S. Lázaro, datada, segundo a sua própria cronologia, de 1779. A Igreja de S. Pedro é a matriz. Trata-se de uma imponente construção datada do século XVII que impressiona, no exterior, pela sua traça arquitectónica e no interior, pela beleza da talha dourada que ostenta. A Igreja da Misericórdia data do século XVIII e sobressai pelo barroquismo das suas linhas sinuosas e pela sábia aplicação dos azulejos que lhe cobrem a fachada. O Solar dos Serpa Pimentel é um edifício setecentista, mandado erigir por José Freire Pimentel mesquita e Vasconcelos, com capela provada dedicada à invocação de Santa Eufémia. Destacam-se as suas marcas barrocas e o brasão esquartelado e trabalhado em granito, na janela central da fachada principal. Após as obras de restauro nos anos 90 do século XX, foi aqui instalada a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, um espaço lúdico e cultural concebido de acordo com as modernas orientação de princípios da leitura pública. Natural do concelho de Gouveia (freguesia de Melo), Vergílio Ferreira notabilizou-se como romancista e ensaísta. Da sua obra destacam-se trabalhos mundialmente famosos como Manhã Submersa.

Castelo de Folgosinho

Localiza-se na vila e freguesia de Folgosinho,. Na vertente Norte da serra da Estrela, o castelo é o ex-libris da povoação, cuja fundação é atribuída ao lendário Viriato, que aqui teria nascido. Juntamente com o de Linhares e com o de Celorico, o de Folgosinho compunha um triângulo defensivo do vale do rio Mondego.

Igreja de São Pedro - Igreja Matriz de Gouveia

A Igreja de S. Pedro é a matriz de Gouveia. Trata-se de uma imponente construção datada do século XVII que impressiona, no exterior, pela sua traça arquitectónica e no interior, pela beleza da talha dourada que ostenta.

Fonte de São Lázaro

Fonte de espaldar construída originalmente em 1779, sendo no século XX movida para o actual local. Apresenta uma planta rectangular com pilastras, um tanque único rectangular e bicas em forma de carrancas

Cabeça do Velho

Um dos tantos milhões de exemplos do que a mãe NATUREZA faz. Há quantos anos estará assim aquela rocha, com tantas tempestades de vento... chuva... granizo... trovoadas e até tremores da Terra...

Mondeguinho-Serra da Estrela

Nascente do rio Mondego. A 1425 metros nasce aquele que é o maior rio Português, com 227 quilómetros de comprimento. Aqui começa a longa jornada até à Figueira da Foz

Antigo Solar dos Serpa Pimentel / Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira

Solar barroco de planta rectangular simples, com dois pisos e cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Foi construído entre 1782 e 1785 e mais tarde adaptado a Biblioteca, sendo esta inaugurada em 1995

Casa da Torre

A Casa da Torre mantém uma inconfundível janela Manuelina do século XVI, que é monumento nacional.

Igreja Matriz de Vinhó

O Convento da Madre de Deus de Vinhó foi fundado em 1567 por Francisco de Sousa e sua mulher, D. Antónia de Teive, no espaço da quinta que o fidalgo possuía naquela localidade. O cenóbio foi entregue a uma comunidade de freiras clarissas, e as obras de edificação seriam concluídas em 1573. Do conjunto conventual subsiste a igreja, actualmente sede da paróquia de Vinhó. O templo, disposto longitudinalmente, é composto pelos volumes da nave e da capela-mor, aos quais se adoçam a torre sineira, do lado do Evangelho, junto à fachada principal, e uma capela lateral e a sacristia, do lado oposto.

Anta (Orca ou Dolmen)

Composta de câmara sepulcral de planta poligonal, com cerca de três metros e meio de diâmetro, formada por sete esteios inclinados para o interior, com o respectivo corredor (curto) de acesso, a anta (erguida no cimo de uma pequena elevação) ainda mantém a laje de cobertura - ou "chapéu", não se detectando, contudo, vestígios da mamoa - ou tumulus - que cobriria originalmente todo o monumento. br>Indicando a antiguidade do povoamento humano nesta região, o dólmen inserir-se-á no terceiro grupo esquematizado por S. O. Jorge para o megalitismo da Beira Alta, a partir da sua análise morfológica: "[...] dólmens de câmara subtrapezoidal ou poligonal, de corredor mais ou menos indiferenciado." (JORGE, S. O., 1990., p. 135), certamente como reflexo de um processo capital de evolução estrutural da sociedade (Ibid.) que o projectou e fruiu

Monte do Calvário

No Monte do Calvário, anteriormente chamado “Monte Ajax”, foi mandada construir pelos padres Jesuítas do Colégio de Gouveia, uma capela que, embora modesta, guarda, para os gouveenses, o maior e mais profundo significado: dali os vigia e protege o seu padroeiro – o Senhor do Calvário

Guarda

Igreja da Misericórdia

Erguida sobre os escombros da antiga catedral em espampanância joanina, frontão e torres sineiras na elegância dos adornos e cantaria. Interior de uma só nave com talha barroca e corro assente em bem lançado arco esbatido de suporte. Presume-se ter havido uma anterior construçaõ maneirista reformada um século depois, pois encontrou-se o túmulo de um fundador, Simão Antunes de Pina, datado de 1611. Uma das «peças» barrocas, na sua variante joanina, mais equilibrada e que constitui, pela sobriedade, furtar-se à inquietação ou ao peso decorativo das fachadas, é a Igreja da Misericórdia. A pureza, a elegância e a harmonia das proporções desta fachada são as suas principais características. A construção da fachada joanina, deste templo, deu origem a algumas réplicas modestas na região, a mais importante das quais é, sem dúvida, a paroquial de Videmonte. Adorna a fachada da Misericórdia um frontão com arquitrave, friso e cornija, encimado por um cruzeiro. O frontão é ladeado por duas torres sineiras, rematadas por cúpulas piramidais, sobrepostas, de base quadrangular, sobre as quais assentam duas cruzes-catavento em ferro.

Sé Catedral da Guarda

É o teu símbolo de nobreza e religiosidade, trigueiro monumento à própria pedra que o constrói, empresa levada a cabo só por voluntariedade de granito, a qualidade mais serrana que vinculas aos teus filhos. Símbolo da tua própria fortaleza e temeridamente, bem te lembras que foi por voto de D. Fernando que se ergeu, quando mandou demolir a Catedral de D. Sancho II por ser fora da muralha e representar para ti permanentemente ameaça. Mas a desventurada guerra com Castela não permitiu ao Formoso cumprir a promessa e foi D. João I quem logo depois do começo do Mosteiro da Batalha, lhe deu fundamento

Torre de Menagem

O Castelo, que se ergue ainda altivo como um padrão famoso das lutas do passado, era muito defensável, porque além de ser cercado pelos muros da cidade, tinha um reduto sobre escarpa de rochedos que o tornava inacessível. É edifício quadrado, embora a parede do lado poente não seja rigorosamente recta, coroado de ameias, sem abóbodas e com uma pequena porta a meia altura da parede norte, provavelmente para comunicação com a muralha deste lado e outra porta, também pequena, na parede nordeste ao rés do chão. Deste reduto apenas se conservam hoje alguns vestígios.

Capela do Mileu

A capela do Mileu presume-se que foi construída no século XI, vindo sofrer alterações e restauros desde então. A planta não é a primitiva. Se as colunas e capiteis em que assenta o arco triunfal da capela-mór se podem datar do século XI, o mesmo não podemos dizer do arco, que é tardio, considerando-o do período de transição do romântico para o gótico, no século XIII. A rocácea da fachada principal, bem como a rosácea da empena do arco triunfal, parecem-nos, também dos princípios do século XIII, mostrando os alvores da arte gótica que se avizinha. No século XIII devia ter sofrido a capela um restauro. Não encontrámos documentos referentes a qualquer doação para obras, durante o século XIII, nesta capela. Sabemos contudo, que nos fins do século XIII houve ali duas emparedadas e uma albergaria.

Portas da Cidade

A Torre dos Ferreiros é do séc. XIII, pelo tipo das portas, e deve ser pouco anterior ao reinado de D. Dinis, senão coeva. A designação de Torre de Ferreiros deve provir da actual rua da Torre haver sido a rua dos Ferreiros. A Torre dos Ferreiros é parcelarmente ameiada. Uma das características da fortaleza da Guarda é a falta de ameias a coroar o muro. Esta falta de ameias mostra-nos a técnica usada na fortificação por D. Sancho I e seus descendentes até D. Dinis, em que se retoma o recorte das ameias já anteriormente usado nas construções dos templários, no tempo de D. Teresa e de D. Afonso Henriques. A Torre dos Ferreiros era um dos baluartes mais importantes da cidade. Dentro da Torre há três portas, que, quando fechadas, a tornavam inexpugnável. Em frente do nicho do Senhor dos Aflitos existe a porta do meio, que é das únicas que fechavam por guilhotina em Portugal. Está bem visível o vão por onde descia a porta, que devia ser de ferro. Quase todas as cantarias desta torre são sigladas.

Manteigas

Poço do Inferno

Este local é, de há longa data, um dos ex-libris da Serra da Estrela. A cascata, com cerca de 10 metros, deve-se à variação da litologia dos locais atravessados pela Ribeira de Leandres. O curso de água, que corre em rochas graníticas, encontra uma barreira natural resistente de rochas endurecidas, pelo metamorfismo de contacto, despenhando-se após o seu atravessamento. Na linha de água, junto à cascata, é visível o contacto do granito porfiróide com uma rocha negra muito dura e de aspecto compacto designada por comeana. Esta rocha forma-se por recristalização dos minerais de xistos e grauvaques, por acção do calor proveniente dos magmas graníticos que neles se instalaram há 300 milhões de anos. A transformação das rochas por este processo tem o nome de metamorfismo de contacto. A sua maior resistência à erosão origina relevos de aspecto agreste, com picos escarpados, bem visíveis do miradouro da curva da estrada, logo a seguir à cascata

Capela de Nossa Senhora da Estrela

Situada nas Penhas Douradas, a Capela de Nossa Senhora da Estrela foi edificada em 1927 por Samuel da Silva Garcia. Esta Capela tinha como finalidade receber os mortos vindos do Sanatório de Doenças Pulmonares ali existente. Anos mais tarde, pelo contributo de várias famílias residentes na zona, foi ampliada e entregue ao Padre Joaquim Dias Parente, Pároco da Freguesia de Santa Maria, e à Banda Boa União - Música Velha, tendo sido inaugurada e entregue à Paróquia a 20 de Agosto de 1936. Todos os anos, no Verão, é celebrada uma missa nesta Capela pelos Padres que passam férias na Arca de Noé (casa próxima do local).

Capela de Nossa Senhora da Anunciação 

Pensa-se, e por aquilo que se conseguiu apurar, que a Capela de Nossa Senhora da Anunciação era outrora designada de Santa Maria de Vale de Amoreira. Esta Capela, edificada entre os finais do século XIII e princípios do século XIV, aquando dos primeiros povoadores é, decerto, uma das mais antigas ermidas do Concelho de Manteigas. No entanto, parece não se dever a esta Capela a criação da paróquia de Vale de Amoreira. Desperta particular atenção uma imagem, na posição de deitado, dentro do antigo altar do lado esquerdo da entrada.

Estância Termal - Caldas de Manteigas

A cerca de três quilómetros da Vila de Manteigas, encontra-se uma importante Estância Termal - Caldas de Manteigas. Com águas sulfurosas, indicadas no tratamento de várias doenças como o reumatismo, dermatoses, vias respiratórias e doenças musco - esqueléticas, o Balneário Termal está equipado com piscina, ginásio de recuperação e sauna. As Termas são alimentadas por duas nascentes, com destaque para a chamada "Fonte Santa" cujas águas brotam a uma temperatura de 42 graus

Castelo de Folgosinho

Encimando a bonita vila de Folgosinho, na vertente Norte da Serra da Estrela, o Castelo de Folgosinho compunha um triângulo defensivo no vale do rio Mondego, juntamente com o de Linhares e o de Celorico da Beira. As origens do Castelo são difusas, dizendo o saber popular que s sua fundação terá sido atribuída ao guerreiro Viriato, que aqui terá nascido, enquanto que outros estudos arqueológicos apontam para uma fundação medieval, na continuação do povoamento da região. Não obstante, sabe-se que a primitiva ocupação humana dos sítios do castelo e da povoação remonta a dois castros pré-romanos. O Castelo é um diminuto recinto circular, situado a cerca de 933 metros acima do nível do mar, construído com pedra de quartzo branco-rosado, conferindo-lhe uma beleza única. A porta principal está voltada a Ocidente e, do lado oposto, ergue-se a torre de menagem, que tem sobrevivido ao passar dos tempos. O Castelo foi classificado como Imóvel de interesse Público a 25 de Março de 1936, e é hoje a maior atracção da bonita vila de Folgosinho.

da

Igreja Matriz de Mêda / Igreja de São Bento

Igreja matriz barroca composta por uma planta longitudinal com três naves, uma capela-mor mais estreita e baixa e uma sacristia adossada. No interior, destacam-se retábulos de talha dourada maneirista, barroca nacional e rococó. Foi construída no século XVI e remodelada no século XVIII.

Castelo de Meda

O castelo apresenta planta no formato quadrangular, em alvenaria de granito, abundante na região. A muralha envolve a praça de armas, onde se ergue, ao centro, a Torre de Menagem, de planta também quadrangular, encimada por ameias. Na muralha rasga-se o portão, em arco de volta perfeita.

Castelo de Marialva

O Castelo de Marialva, na Beira Alta, localiza-se na vila de Marialva, Freguesia e Concelho de Mêda,. No topo de um penedo granítico, em posição dominante sobre a vila e a planície cortada pela antiga estrada romana, encontra-se estrategicamente colocado na região fronteiriça do rio Côa (Ribacôa). Verdadeiro complexo medieval, suas raízes mergulham no passado histórico de Portugal, ligando-se ao trágico destino dos Távoras.

Castelo de Longroiva

A região de Longroiva é ocupada desde a pré-história, nela se fixaram, romanos, visigodos e os árabes, a quem o rei de Leão, Fernando Magno, reconquistou a região. Integrado no território do Condado Portucalense, é já depois da independência portuguesa, entregue à Ordem do Templo, por D. Afonso Henriques, por volta de 1145. No reinado de D. Dinis, com a extinção da ordem do templo, Longroiva é entregue à Ordem de Cristo, posse que se manteve pelo menos até meados do século XVI. No século XIX, a culminar a degradação que se foi apossando desta fortificação, face ao seu abandono, o castelo passou a servir como fornecimento de pedra para construção e o interior do castelo foi transformado em cemitério. O que resta do castelo, está classificado como Monumento Nacional, os trabalhos de conservação permitiram que ainda subsistam partes das muralhas e a Torre de Menagem que terá sido uma das primeiras a ser edificada em Portugal.

Fonte da Concelha-Longroiva

Fonte rústica, provavelmente construída no século XVI, composta por uma planta rectangular com cobertura em forma de tronco de pirâmide, encimada por uma esfera armilar. Na fachada, sobre o arco, encontram-se esculpidos um busto e as armas nacionais

Castelo de Ranhados

A construção do castelo de Ranhados é atribuída a D. Dinis, todavia não há certezas, podendo ser de origem muito posterior, mas a ocupação humana desta região, que é anterior à romanização da península, aponta para a possibilidade de existirem estruturas de defesa que os primeiros reis portugueses podem ter reforçado. Sem grande história conhecida, este castelo foi muito cedo abandonado e já o rei D. Manuel I, em 1512, tentou a repovoação da região com atribuição de foral à vila, mas este destino não se alterou, acabando por o recinto do castelo ser convertido no cemitério da vila. Classificado como Imóvel de Interesse Público, não teve, apesar disso, grandes benefícios, já que as obras nas muralhas tiveram em vista proteger o cemitério e não respeitaram as antigas estruturas.

Ponte Romana de Longroiva

A Ponte Romana de Longroiva situa-se no lugar da Coitada, pertencente à pitoresca freguesia de Longroiva, no concelho de Mêda, sobre a Ribeira dos Piscos, bonito afluente do rio Côa. Possivelmente esta Ponte faria parte de uma via Romana entre S. João da Pesqueira e Marialva (a Romana Civitas Aravorum). A estrutura em alvenaria de pedra é constituída por um só arco e um tabuleiro com cerca de 20 metros de extensão, com pavimento em lajes de pedra. Pensa-se que o tabuleiro da ponte terá sido alargado posteriormente, e que o assoreamento do ribeiro terá coberto o arranque dos arcos, alterando a imagem e configuração desta ponte, hoje em dia apenas para acesso pedonal

Pinhel

Igreja da Misericórdia de Pinhel

Situa-se no Largo D. Cristóvão de Almeida Soares, na cidade de Pinhel. Esta Igreja é contígua à Igreja de São Luís. Terá sido construída no século XVI, já que a data de 1537 encontra-se gravada no altar da capela lateral. Na mesma altura é fundada a Santa Casa da Misericórdia de Pinhel. A Igreja, de arquitectura religiosa manuelina, é constituída por uma nave única com tribunas laterais simétricas e capela-mor, e um janelão setecentista na fachada. Nas invasões francesas a Portugal, em 1810, as tropas francesas destroem o cartório da Misericória e saqueiam a Igreja.

Castelo de Pinhel

O Castelo de Pinhel, foi edificado no inicio da nacionalidade portuguesa, mas há dúvidas, quanto a ter sido iniciado no reinado de D. Afonso Henriques, ou no do seu sucessor, D. Sancho I. No local da sua construção acredita-se ter existido uma fortificação da época romana. No reinado de D. Dinis, por volta de 1280, o castelo foi ampliado com uma cerca a envolver a vila e passou também a ter seis torres. No contexto da Guerra da Restauração, depois de 1640, foi também melhorada a sua capacidade defensiva. A actividade militar deste castelo esteve relacionada com a crise de 1383, chegando a ser tomado pelas tropas castelhanas, que acabaram por ser derrotadas nas diversas batalhas travadas nessa época, uma delas bem perto de Pinhel, em Trancoso. Também durante as invasões francesas, o castelo foi ocupado pelas tropas napoleónicas.

Pelourinho de Pinhel

Este monumento foi edificado no século XVI, sendo de arquitectura civil, estilo manuelino e um "pelourinho de gaiola". Sendo um dos mais importantes símbolos da cidade de Pinhel, este monumento é constituído por cinco degraus octogonais (estando o primeiro semi-enterrado), uma coluna octogonal de base quadrada (devido a curvas no início da mesma), e o capitel, de base circular, seguido por um remate em gaiola através de oito colunelos de base anelar (decorados com motivos vegetalistas estilizados), terminados em cone invertido, sendo o topo do pelourinho composto por um chapéu em forma de cone. Como curiosidade o facto deste ter sofrido uma inclinação nos anos 40 do século XX, tendo sido fixados ferros nas pedras dos degraus do mesmo nível, com o objectivo de garantir a sua estabilidade.

Bogalhal Velho

Denominada anteriormente por Santa Maria de Porto de Vide, a aldeia medieval de Bogalhal Velho situa-se na freguesia do Bogalhal, no concelho de Pinhel. Esta aldeia abandonada situa-se num quadro paisagístico extremamente belo, encontrando-se numa colina com vista para a Ribeira das Cabras (que perto se junta com o Rio Côa) e para a Serra da Marofa. De origem medieval, só restam ruínas de um edifício que se presume ter sido uma igreja, tendo um grande valor histórico.

Pelourinho e Igreja Matriz de Alverca da Beira

A igreja matriz é um elegante templo de feição barroca, edificado em 1723. Conserva-se um documento desse ano, do qual se infere que a igreja foi edificada sobre uma outra, provavelmente a primitiva. Lê-se nele que Manuel da Cunha Camelo, abade da igreja de Alverca, e todo o povo, disseram que “compondo-se de novo as paredes da dita igreja e erigindo-se novamente os três altares que antigamente havia nela” necessitavam de licença para a benção, a qual lhes foi efectivamente concedida em 18 de Outubro de 1723.

Igreja Matriz de Lameiras

Edificada no final do século XVI. Referida em 1758 nas Memórias Paroquiais assinadas pelo Pároco Francisco Coelho, como sendo do bispado de Viseu, comenda da Casa de Francisco de Melo Vacas. Situa-se no centro da povoação

Castelo de Sabugal

O Castelo do Sabugal, adquiriu uma dimensão mais significativa no reinado de D. Dinis, reinado em que também passou a integrar definitivamente o território português, após a sua conquista ao reino de Leão e ter sido assegurada a sua pertença a Portugal, pelo tratado de Alcanices. Todavia no local do castelo já devia existir uma fortificação desde a época dos romanos, depois dominada pelos árabes e que no contexto da reconquista cristã da Península Ibérica, terá sido conquistada por D. Afonso Henriques e depois perdida para o rei de Leão. Após a sua inclusão no território português em 1297, D. Dinis manda ampliar as suas defesas, nomeadamente reforçando as muralhas e erguendo novas torres, entre elas a Torre de Menagem. Ao longo dos séculos foram sendo feitas outras obras, por exemplo, em 1515, no reinado de D. Manuel I, e também foi modernizado durante a Guerra da Restauração da Independência depois de 1640, servindo mais tarde como aquartelamento de tropas, durante as invasões francesas. Com a perda de importância militar destas fortificações, o Castelo do Sabugal teve a sorte de outros monumentos, com a utilização da pedra das suas muralhas para construção de habitações e a utilização do espaço interior como cemitério. Em meados do século XX, a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, deu início à sua recuperação, com campanhas de trabalhos que se prolongaram até ao final do século.

Castelo de Sortelha-Sabugal

O castelo de Sortelha, não pode ser dissociado do conjunto histórico que forma com a aldeia do mesmo nome, uma vez que para além do castelo e das muralhas que envolvem a povoação, o pelourinho, a Igreja Matriz, a Capela de São Sebastião, o Antigo Hospital da Misericórdia, a Fonte de Mergulho e a Fonte da Azenha, são um todo nesta aldeia histórica. Este local foi habitado desde a pré-história, ocupado por romanos, visigodos, muçulmanos e finalmente, com a Reconquista Cristã da Península Ibérica, passou para a coroa portuguesa, aparecendo as primeiras referências seguras a Sortelha, em 1187, no reinado de D. Sancho I. O castelo medieval terá sido construído em 1228, já com D. Sancho II, que também concedeu foral à vila, as muralhas de protecção da povoação, terão sido erguidas no reinado de D. Dinis e mais tarde melhoradas por D. Fernando. Por volta de 1500, o rei D. Manuel I, também fez obras no castelo, de que ainda hoje são testemunho as suas armas, colocadas na entrada. A Guerra da Restauração da Independência, depois de 1640, ditou mais uma vez alterações nesta fortaleza, para a sua adaptação ao uso de artilharia. Ao longo dos séculos este castelo, muito pela sua colocação estratégica perto da fronteira, sofreu com as lutas com Castela e não escapou também às invasões francesas. Classificado como Monumento Nacional, já teve obras de conservação e restauro. Mantendo a traça gótica e manuelina, este castelo é como uma sentinela sentada nos rochedos, vigiando a paisagem, para lá das muralhas que protegem a povoação.

Castelo de Vila do Touro-Sabugal

Vila do Touro é um local de ocupação humana desde a pré-história, a origem desta fortificação não é conhecida, mas já existiria, no século XII, quando esta região passou para a posse portuguesa. O castelo pertenceu à Ordem do Templo, até à extinção da ordem, em 1319, o que também terá evitado que melhoria das defesas da fortaleza fosse terminada, e ao longo dos séculos arruinou-se por completo. O que resta desde castelo, essencialmente uma porta em arco gótico e alguns vestígios de troços das muralhas, não está classificado a nível patrimonial.

Ruínas do Castelo de Alfaiates-Sabugal

O Castelo de Alfaiates, parece ter a sua origem em fins do século XII, depois da tomada desta região aos mouros, por Afonso X, de Leão e terá sido reedificado por D. Dinis, no século seguinte. Em Alfaiates terá decorrido em 1328, o casamento da princesa D. Maria de Portugal, filha de D. Afonso IV, com Afonso XI de Castela. No reinado de D. Manuel I, é iniciada a construção de novas defesas, já prevendo o uso de artilharia, que não chegou a ser concluída. Na época das invasões francesas, este castelo ainda serviu de aquartelamento às tropas portuguesas e inglesas. Com a perda do interesse militar, o interior do castelo chegou a funcionar, até meados do século XX, como cemitério, as muralhas da vila foram demolidas e a pedra aproveitada para a construção do hospital. Classificado como Imóvel de Interesse Público, conserva ruínas das muralhas e de duas torres

Reserva Natural da Serra da Malcata

A Reserva Natural da Serra da Malcata situa-se na região Centro do País, entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, onde correm diversos cursos de água, numa área com cerca de 20km2, com o ponto mais alto situado a 1075 metros de altura. A Sede desta Reserva Natural está situada em Penamacor, tendo uma Delegação no Sabugal. A Reserva está situada bem próxima da fronteira com Espanha, e teve como objectivo primário a protecção e conservação do lince ibérico, uma espécie em vias de extinção, que aqui encontra um abrigo natural, e é também o símbolo da Reserva. Muitas outras espécies de Fauna aqui coabitam, como o gato-bravo, a raposa, o javali, a fuinha, ou o afamado lobo-ibérico, ou outras espécies como a cegonha-preta, também em vias de extinção, a cobra-rateira, o cágado ou o lagarto-de-água, entre tantas outras. Em termos de Flora, esta é uma zona de matagal mediterrânico, encontrando-se azinheiros, estevas, carvalhos, freixos e salgueiros, aveleiras, cerejeiras-bravas, castanheiros e sobreiros, e mais recentemente pinheiros e eucaliptos. A paisagem é lindíssima, propícia a caminhadas e passeios, estando provida a Reserva de itinerários próprios, existindo igualmente oportunidade para actividades como BTT ou canoagem.

Sabugal

Castelo de Sabugal

O Castelo do Sabugal, adquiriu uma dimensão mais significativa no reinado de D. Dinis, reinado em que também passou a integrar definitivamente o território português, após a sua conquista ao reino de Leão e ter sido assegurada a sua pertença a Portugal, pelo tratado de Alcanices. Todavia no local do castelo já devia existir uma fortificação desde a época dos romanos, depois dominada pelos árabes e que no contexto da reconquista cristã da Península Ibérica, terá sido conquistada por D. Afonso Henriques e depois perdida para o rei de Leão. Após a sua inclusão no território português em 1297, D. Dinis manda ampliar as suas defesas, nomeadamente reforçando as muralhas e erguendo novas torres, entre elas a Torre de Menagem.

Castelo de Sortelha

Erguido sobre um maciço granítico em posição dominante sobre o vale de Riba-Côa, área de passagem entre a Meseta Ibérica e a depressão da Cova da Beira, integra-se o conjunto desta que é considerada uma das melhor conservadas Aldeias Históricas da Beira Interior.

Seia

Museu do Pão (Seia)

O Museu do Pão é um complexo museológico privado onde se exibem e preservam as tradições, história e arte do pão português. Em mais de 3.500m² o visitante encontra uma gama de actividades destinadas à cultura, pedagogia e lazer. Através de quatro salas expositivas e de vários outros espaços do complexo museológico, poderá conhecer os antigos saberes e sabores da terra portuguesa.

Igreja Matriz (Seia)

Estilo românico, de 1055, foi destruída pelas invasões francesas e reconstruída no séc. XIX, não sendo respeitado o antigo estilo

Parque Natural da Serra da Estrela

A Serra da Estrela é sem dúvida a maior elevação de Portugal Continental e o seu cume, denominado por Torre, situa-se em Seia. Sobejamente conhecida e procurada como estância de esqui, é no Concelho de Seia que os amantes de desportos na neve podem praticar as suas manobras. Outra das características da Serra passa pela gastronomia, pelos seus queijos tradicionais e de intenso sabor. Os cães de raça já registada, os imponentes e dóceis cães Serra da Estrela, são também uma imagem de marca da região. A crescente procura turística pelos desportos de neve, as termas, os passeios pela Serra, têm trazido ao Concelho cada vez mais visitantes. A boa oferta a nível de alojamento e restauração tem acompanhado essa mesma procura. 

Cabeça da Velha-Serra da Estrela- Seia

Esta é uma imagem de um atleta a passar em frente à Cabeça da Velha, um dos ex-libris de São Romão, na localidade da Senhora do Desterro. Este, como muitos outros locais do concelho merecem uma visita.

Fonte

Localização: Largo da Misericórdia.
Enquadramento: Largo fronteiro dominado por chafariz de tanque curvilíneo e obelisco central (Fonte das Quatro Bicas), observando-se lateralmente o antigo Solar dos Botelhos (de fachada manuelina).

Serra da Estrela

A Serra da Estrela é um destino turístico rural de Portugal. É o destino mais importante do país e onde se pode encontrar a principal zona de esqui da zona, este encontra-se dentro do Parque Natural da Serra da Estrela e a sua altitude máxima é de 1994 metros. É um destino ideal para os amantes do turismo real e dos desportos de Inverno.

Trancoso
Batalha de Trancoso

Castelo de Trancoso

O castelo ergue-se sobre um planalto na região Nordeste da Beira, vizinho à nascente do rio Távora, afluente do rio Douro, e ao Castelo de Penedono, distante cerca de cinco léguas, com o qual compartilha características comuns. Desde o século XII, época da constituição da nacionalidade portuguesa, a povoação e seu castelo adquiriram importância estratégica na raia com o Reino de Leão, a par de outras localizades como a Guarda e a Covilhã. Posteriormente constituir-se-ia em domínio da família dos Coutinho. Atualmente constitui-se em ex-libris da cidade, atraindo milhares de turistas anualmente.

Igreja de S. Pedro

Em estilo românico, foi do Padroado Real no séc. XVI. Na porta principal, entre esta e a janela da fachada, encontra-se o brasão, duas chaves cruzadas sobrepujadas por uma tiara, simbolizando S. Pedro, o orago. Na parede Sul encontra-se mausoléu mandado erigir em 1641, túmulo do sapateiro e profeta Bandarra

Fonte Nova

Chafariz em estilo renascentista, com duas bicas e bebedouro de animais, datado de 1589. Foi conhecido por fonte de João Durão pois no remate da cúpula, sustentada por sete colunas graníticas, existiu esculpida a figura de um homem. Esta fonte é dos primeiros borbotões de água no rio Távora, conforme considerou Santana Dionísio. na base de uma das colunas tem a inscrição "Deus ajuda-me".

Capela de Santa Eufémia

Monumento setecentista, de planta hexagonal, com pontão sobrepujante no alçado principal e encimado por uma cruz. Foi construído em 1776 por um dos frades franciscanos do convento sendo as obras custeadas por esmolas colhidas entre a população

Casa do Gato Preto

De origem judaica, com Leão de Judá esculpido em alto-relevo na fachada, bem como outros símbolos, como a Preguiça e as Portas de Jerusalém. A designação do Gato Preto provem-lhe pelo facto de, no seu interior, ter uma escultura que faz lembrar o animal, lavrada no Lintel e uma porta. Detém as características de moradia e comércio judaicos

Igreja Convento de Santo António

Trata-se da igreja do desaparecido convento de frades franciscanos. A porta lateral que olha para a vila é em estilo renascentista, com colunas toscanas, caneladas e encimadas por esferas. Sobre a porta há um nicho no qual esteve a imagem de Sta. Clara. Junto da igreja encontra-se um calvário de três cruzeiros.

Capela do Sº da Calçada

À saída das portas de São João, em frente do Cruzeiro do Senhor do Loreto, Data de 1770, em barroco simples. Tem Torre sineira e cruz a encimar a fachada. Diz a tradição que ao cristo desta capela lhe crescem as barbas e os pés.

Fonte de Mergulho-A. De Campos
Pedra Furada-Vilares
Vila Nova de Fôz Coa

Igreja Matriz de Cedovim

Este templo quinhentista foi objecto de reconstrução em 1748.No seu interior possui três naves que ficam demarcadas por colunas cilíndricas de capitéis jónicos e ligados por arcos rebaixados. Possui um tecto de madeira todo muito bem trabalhado, com uma bela talha dourada. O seu interior foi remodelado no séc. XVIII, tendo os seus altares rica talha dourada da época. Na porta da fachada principal, vê-se a inscrição seguinte: ANNO – MDCCC71. Na fachada principal lê-se a data 1748, esculpida em pedra. Na capela-mor, destaque para a imagem de S. João Baptista, padroeiro da freguesia, em madeira policromada do séc. XVIII.Nas duas naves, existem a capela do Senhor dos Aflitos e de Nossa Senhora da Conceição.

Casa Grande de Cedovim

A Casa Grande, é também conhecida por “Solar da família Teixeira de Aguilar”, que tem o nome de “Casa da Nossa Senhora da Conceição”. Ao centro da fachada principal do solar, vê-se o brasão com o escudo esquartelado;

Cruzeiro Alpendrado -Muxagata

Do século XVII, tem o capitel rematado por crucifixo com configuração de Cristo. Coroamento piramidal e gargulas de canhão

Castelo de Numão

O castelo de Numão, supõe-se, ser de origem muçulmana, todavia esta região foi habitada por povos que remontam à época dos lusitanos e posteriormente romanizada. A reconquista pelas forças cristãs deverá ter ocorrido por volta de 1055, passando a integrar o território português com a independência, declarada em 1139, por D. Afonso Henriques, que mandou reedificar o castelo, cujas obras se prolongam pelo reinado de D. Sancho I. Durante o século XVI, a povoação deslocou-se das imediações do castelo ficando este ao abandono, degradação que chegou até ao século XX, com torreões em muito mau estado e no interior um amontoados de pedras.

Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa

Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município (concelho) de Vila Nova de Foz Côa. Outros municípios abrangidos: Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Pinhel. Forma uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22000 - 10000 a.C.), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo. O património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas. As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos. As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Em Março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Igreja Matriz de Almendra

Templo de três naves com uma capela-mor de planta quadrada, uma robusta torre sineira e um portal renascentista emoldurado por dois contrafortes na fachada. A capela-mor é abobadada e os medalhões estão decorados com cruzes. A porta principal é em arco pleno encimado por frontão angular e enquadrado por contrafortes. No interior, existem três naves com tramos divididos por arcos formeiros de volta perfeita. Destaque para o ... púlpito e para o retábulo do altar-mor em talha rococó

Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa

Monumento Nacional quinhentista, destaca-se pelo seu alçado frontal de feição gótico-manuelina. Na capela-mor encontra-se uma Pietá do século XVII e nas paredes laterais são visíveis várias pinturas, de artistas pertencentes à escola de Grão Vasco.

Miradouro de Arnozelo (Numão)

Há lugares que esmagam pela sua excelência, onde as palavras não conseguem dizer nada. Quem chega ao Arnozelo e dali se debruça sobre o Douro, que lhe fica à frente e ao fundo, abre desmesuradamente os olhos e fecha a boca inapelavelmente. Está perante um dos mais impressionantes cenários durienses, onde a beleza e o silêncio se encontraram para sempre. 

Castelo Velho

Trata-se de um lugar imponente, não apenas como "sítio arqueológico" mas também como miradouro. Neste espaço têm decorrido campanhas sucessivas de escavação, que já permitiram estudar a existência de um povoado dos III e II milénios A.C. (Idades do Cobre e do Bronze). Na opinião dos arqueólogos Prof. Drª Suzana Jorge e Dr. António Sá Coixão, ali tanto poderia ter havido um povoado fortificado ou ser apenas um sítio monumentalizado, questões que os investigadores têm vindo a colocar, por enquanto sem uma explicação cabal quanto às funções de tão ancestral símbolo da presença humana na região.

Castelo Branco

Belmonte

Igreja Matriz-Belmonte

Construção recente dos anos 40, alberga a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança, que segundo a tradição acompanhou Pedro Álvares Cabral na viagem da descoberta do Brasil

Castelo de Belmonte

Construção militar dos séc. XII/XIII. Em 1466 foi doado a Fernão Cabral, a título hereditário, por D. Afonso V. Passou de castelo fortificado a residência senhorial. Foi residência da família Cabral até finais do século XVII, tendo sido abandonado devido a um violento incêndio. Sofreu várias remodelações. Hoje possui um anfiteatro ao ar livre

Pelourinho

Simbolo medieval de poder municipal, era junto dele que era aplicada a justiça e anunciadas publicamente as posturas municipais e as directrizes de poder central. Representa uma prensa de azeite. Destruído no século XIX, foi reconstruído nos anos 80..

Igreja de Santiago

Templo românico do século XIII, foi sofrendo alterações. No século XIV é construída a Capela de Nossa Senhora da Piedade, formando um interessante conjunto gótico. Em finais do século XV é-lhe anexado o Panteão dos Cabrais, restaurado no século XVII, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral. No século XVIII, a sua fachada é remodelada e a torre sineira erigida.

Torre de Centum Celas-Colmeal da Torre

Trata-se de um singular e curioso monumento lítico actualmente em ruínas que, ao longo dos séculos, vem despertado as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si. Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo). Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um prætorium (acampamento romano). Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua zona envolvente, empreendidas na década de 1960 e na década de 1990, indicam tratar-se, mais apropriadamente, de uma uilla, sendo a torre representativa da sua pars urbana, estando ainda grande parte da pars rústica por escavar.

Castelo Branco

Paço e jardim Episcopal

Foi mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, como no-lo atesta uma inscrição que "encima" o portal da entrada no pátio. Não se conhecem outras notícias concretas de obras que o mesmo edifício sofreu, à excepção de uma profunda intervenção, já no século XVIII, levada a cabo pelo Bispo da Guarda D. João de Mendonça. A partir de 1771, depois de Castelo Branco ter sido erigida em sede de Bispado, o mesmo edifício foi adoptado como paço de residência dos Bispos de Castelo Branco (como o tinha sido para os da Guarda). Durante o reinado eclesiástico de D. Vicente Ferrer da Rocha (1782-1814), procedeu-se a grandes transformações, nomeadamente no interior e na reconstrução do peristilo que se situa na banda norte. A partir de 1831, após a Diocese Albicastrense ter ficado "sede vacante", instalaram-se no edifício vários serviços públicos que muito contribuíram para a danificação do imóvel. No século XX, de 1911, até 1946, serviu de Liceu Central (que ainda tomaria o nome de Nun'Álvares, por proposta do Dr. Augusto Sousa Tavares); também aí funcionou a Escola Normal e a Escola Comercial; abriu as portas como Museu F. Tavares Proença Júnior em 1971 e assim se mantém. O edifício do Paço Episcopal é de ponta rectangular, formado por dois corpos alinhados em ângulo recto, com ressalto no ângulo norte, formado pelo peristilo. A fachada principal é virada a norte, ínsitas nela vêem-se dez janelas de sacada de lintel recto rematadas por frontão curvilíneo, oito janelas de frontão recto e moldura simples. O acesso ao peristilo é feito por uma escadaria, de dois lanços, de 22 degraus de cantaria. O alpendre é sustentado por sete colunas jónicas unidas pelas pela balaustrada. O telhado é de cinco águas.

O Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco revela-se como um dos mais originais exemplares do barroco em Portugal. Em especial no que respeita à estatuária: aos aspectos simbólicos e à disposição dos seus elementos em percursos temáticos. Foi o Bispo da Guarda, D. João de Mendonça (1711-1736) que encomendou e provavelmente orientou as obras do Jardim. Mais tarde, já no fim do séc. XVIII, o segundo bispo da Diocese de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer da Rocha fez obras de algum relevo no mesmo. Em 1911, o Jardim passa para as mãos da Câmara Municipal por arrendamento e em 1919 adquiri-o a título definitivo. Este formoso jardim barroco, em forma rectangular, é dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Dispõe de cinco lagos, com bordos trabalhados, nos quais estão montados jogos de água. No patamar intermédio da Escadaria dos Reis acham-se repuxos e jogos de água surpreendentes. Por entre canteiros de buxo de fino recorte, erguem-se simbólicas estátuas de granito, em que se destacam os Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça. Dispostos à maneira de escadório, acham-se representados os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I. No patim superior, encontram-se estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água como elemento purificador. O Jardim Alagado, tanque floreado de curvas bem delineadas e canteiros de flores, tem ao centro um repuxo de cantaria por três golfinhos entrelaçados e encimados por uma coroa. A estranheza da iconografia do conjunto escultórico resulta do facto de haver uma aliança singular entre o universo religioso e universo panteísta. Este jardim sofreu uma profunda e complexa intervenção de restauro e conservação, no âmbito do Programa Polis, a nível de tratamento de vegetação, reintrodução de espécies vegetais, recuperação dos sistemas de águas, iluminação e drenagem. Esta intervenção incide também na limpeza da cantaria e recolocação de estátuas nos locais originais, recuperação dos muros e do tanque principal, sob a cascata de Moisés. Durante este trabalhos, foi descoberto o sistema hidráulico perfeitamente intacto, construído em 1725, procedendo-se à sua conservação e restauro.

Chafariz de S. Marcos

Situado no largo do mesmo nome, de construção do séc. XVI, nele sobressaem as armas de D. Manuel I, com a Cruz de Cristo e a Esfera Armilar

Largo e Cruzeiro de S. João

Avista-se deste largo um magnífico cruzeiro de estilo manuelino, que constitui um belo exemplar de trabalho no granito da região. Assente numa base octogonal decorada com elementos vegetalistas, tem um fuste espiralado onde assenta um anel, decorado com uma corda e plantas estilizadas que serve de base à cruz, a qual por sua vez ostenta Cristo crucificado.

Igreja de S. Miguel (Sé)

A igreja de S. Miguel, remonta provavelmente ao séc. XIII ou séc. XIV, que estava muito arruinada no último quartel do séc. XVII. Devido à escassez de meios para fazer um obra monumental, foi D. Martim Afonso de Melo, Bispo da Guarda, que a reedificou no último quartel do século XVII, pagando a maior parte das despesas na sua reconstrução, a fachada é quase desprovida de ornamentos. Tem apenas uma nave que é separada da capela-mor por um belo arco renascentista, no fecho do qual está o brasão de armas do dito Bispo, como testemunham os dizeres de uma lápide que se encontra no interior da Sé numa das paredes laterais. Ao segundo bispo da diocese de Castelo branco, Frei Vicente Ferrer da Rocha (1782-1814), se deve a construção (em estilo barroco), dos dois corpos laterais, com os quais foi aumentado o templo: a Sacristia Grande e a Capela do Santíssimo Sacramento.

Lagaretas Medievais (produção de vinho)

Nas imediações da Capela de S. Lourenço, no Palvarinho, pertencente à freguesia de Salgueiro do Campo, a cerca de 12 quilómetros da cidade de Castelo Branco, foram identificadas pela arqueóloga da Câmara Municipal de Castelo Branco, Sílvia Moreira, cerca de 20 lagaretas, ou seja, monumentos arqueológicos, escavados na rocha, utilizados no fabrico do vinho, a que a tradição popular chama pias ou lagariças dos mouros. As lagaretas encontram-se espalhadas por todo o país, particularmente em Trás-os-Montes, Beiras e nalgumas zonas de Espanha. Não se sabe se essa incidência corresponde a uma maior intensidade de cultivo da vinha ou apenas, a uma maior abundância do granito, uma rocha muito mais resistente à erosão do que as rochas dominantes no sul do país, como o calcário e o xisto. Segundo o historiador António Roxo, no séc. XIX, a freguesia de Salgueiro do Campo possuía cerca de 203 hectares de vinhedos, seguindo-se a freguesia de Castelo Branco com 162 hectares e Tinalhas com 120 hectares, o que demonstra que a região de Palvarinho terá tido grande importância na produção vinícola. As lagaretas podem apresentar várias dimensões, sugerindo uma certa evolução tecnológica ao longo dos séculos. A sua tipologia assenta em três partes essenciais: o piso, o pio e o prato. O piso é uma cavidade de forma trapezoidal, em regra com 2 ou 3 metros de comprimento, 40 a 50 cm de largura e 30 cm de profundidade, com uma ligeira inclinação no sentido do pio, com o qual comunica através de um orifício com cerca de 5 cm de diâmetro ou por um sulco com as mesmas dimensões. O pio é, em regra, mais pequeno e profundo e de forma poligonal ou circular. Disposto ao lado do piso encontra-se o prato, de superfície plana, de forma circular, com cerca de 1 metro de diâmetro que comunica com o pio através de vários sulcos abertos na rocha. O modo de funcionamento das lagaretas não deixa quaisquer dúvidas. No piso seriam deitadas e de seguida esmagadas as uvas com os pés. Devido à sua inclinação o mosto escorria facilmente para o pio onde era recolhido em cântaros de barro, sendo depois transportados para vasilhas maiores, onde ocorreria a fermentação. O prato serviria de base a um sistema de prensagem rudimentar, onde seriam prensados os bagaços provenientes do piso. Quanto à cronologia das lagaretas do Palvarinho remontam ao século XI/XII uma vez que apresentam características tipológicas mais sofisticadas como cavidades para fixação de estruturas de madeira e vários pratos. Outro dos elementos que nos conduzem a esta conclusão é a data de 1182 referente à Capela de S. Lourenço. Deste modo, a origem destas lagaretas coincide com a fundação da Capela de S. Lourenço, evidenciando um forte complemento cultural, social e religioso através do seu uso comunitário.

Castelo de Castelo Branco

Provavelmente este colina granítica a uma altitude de cerca de 470 metros terá sido ocupada durante a Pré e a Proto-história. Porém o castelo só foi construído pelos Templários entre 1214 e 1230, com alterações no reinado de D. Dinis. Actualmente, restam um troço de muralha e a torre de menagem do antigo palácio dos comendadores. Dentro do perímetro das muralhas existe a igreja de Santa Maria do Castelo, primeira matriz da zona. Do alto a vista é soberba, abarcando-se toda cidade, a campina envolvente e, ao longe, para norte, as serras da Estrela e da Gardunha

Fundão

Igreja Matriz do Fundão

Construída no século XVIII sobre um antigo templo romano, esta igreja é de influência maneirista e barroca. Possui duas torres sineiras adossadas à fachada principal e no seu interior merece destaque o altar-mor em talha dourada e a pia baptismal.

Castelo da Aldeia de Castelo Novo

O castelo de Castelo Novo, terá pertencido à Ordem do Templo, que também e considerada como responsável pela sua construção, ainda no século XII, no reinado de D. Sancho I. D. Dinis, no final do século XIV, mandou reforçar as suas defesas e também no reinado de D. Manuel I, por volta de 1510, o castelo beneficiou de obras, mas no século XVII, deixou de ser utilizado. Com o terramoto de 1755, o castelo que já não estaria em muito bom estado, ficou bastante danificado, mas só já durante o século XX, a Direcção Geral dos Edifícios Monumentos Nacionais, fez obras de consolidação e restauro.

Ponte Romana de Pero Viseu

Situada a cerca de 4km de Pero Viseu, sobre a Ribeira da Meimoa, a cerca de 12 km da sede de município, Fundão, esta ponte é um belo exemplo de uma obra da tradição da arquitectura civil Romana. A ponte estaria próxima de uma localidade Romana, na via para Idanha-a-Nova, tendo-se encontrado nas imediações bastantes vestígios desta época, muitos deles presentes no Museu José Monteiro do Fundão. A Ponte é constituída por três arcos de volta perfeita com aduelas bem aparelhadas, de tabuleiro plano, sendo ainda visíveis vestígios lajes da antiga calçada

Caminho Romano de Alcongosta

Na freguesia de Alcongosta tem-se acesso a esta antiga estrada Romana que ligaria a Alpedrinha, demonstrando a importância destas paragens por alturas da ocupação Romana. Este troço faria parte de uma via que integra um conjunto de seis troços que totalizam cerca de 765m de extensão. Este troço tem uma extensão de aproximadamente 190m, sendo constituído por blocos de granito irregulares e dispostos assimetricamente

Serra da Gardunha

A Serra da Gardunha é um braço da Serra da Estrela com cerca de 20 Km de comprimento e 1224 metros de altura, dominado pelo granito. Situa-se na Beira Baixa, no maciço de Entre Douro e Tejo e entre os rios Pônsul e Zêzere. Nela nasce o rio Ocresa, um dos afluentes do Tejo. Outrora as suas encostas eram povoadas por densas matas de castanheiros, mandadas plantar por El Rei D. Dinis. Além das matas de castanheiros existiam também matas de carvalhos e pinheiros. As sombras e a água abundante são elementos que não faltam nesta magnífica serra. Desde há uns anos atrás, os incêndios têm devorado e destruído as matas existentes na serra. Actualmente a serra é um manto verde, mas sem grandes matas, apenas uma aqui e outra ali, com alguns pinheiros e carvalhos. Esta zona é a capital da produção de cereja em Portugal, com destaque para as freguesias de Alcongosta e Souto da Casa.

Chafariz da Bica-Castelo Novo

Repare que, um pouco por toda a parte, se encontram vários exemplos de construção tipicamente beirã, em granito e que são, de certa forma, uma imagem de marca da aldeia histórica de Castelo Novo.

Idanha -a-Nova

Santuário de Nossa Senhora de Almortão

A Ermida de Nossa Senhora do Almortão situa-se nos campos de Idanha-a-Nova, tem um estilo simples e harmonioso. Em 1229 D. Sancho II, no foral dado a Idanha-a-Velha mencionava a Santcam Mariam Almortam, quando demarcava os limites da Egitania. A capela-mór e o altar são revestidos de azulejos do sec. XVIII. O alpendre é formado por três arcos de granito. Esta capela foi construída porque, como diz a lenda, um dia de madrugada uns pastores atravessavam o campo pelo sítio "Agua Murta" e notaram que havia algo de estranho por traz das murteiras grandes. Aproximaram-se e viram uma linda imagem da Virgem. Ficaram parados de joelhos a rezar, mas depois resolveram levar a imagem para a Igreja de Monsanto. Mas ela desapareceu e foi encontrada outra vez no mesmo lugar da aparição no murtão. Respeitando a vontade da Senhora, os habitantes da vila construíram a capela.

Igreja Matriz de Aldeia de Santa Margarida

De acordo com uma inscrição cravada numa pedra por cima da porta da entrada principal, é datada de 1708 e foi recentemente restaurada. No campanário da mesma, na fachada que se encontra virada para a estrada, pode-se ver uma pedra que se pensa ser de origem romana.[5] Devido à acção da hera, que durante muitos anos cobriu esta pedra, as inscrições estão, nos dias de hoje, praticamente ilegíveis. Na outra parede está ainda instalada uma das várias fontes distribuídas por diversas ruas da freguesia. Em 2008 celebraram-se os trezentos anos da construção da igreja e, para o efeito, foram efectuadas várias cerimónias. Na última delas foi colocada uma lápide evocativa do Jubileu do 3.º centenário da edificação daquele espaço de culto

Castelo de Monsanto

No topo granítico do monte de Monsanto, à margem direita do rio Pônsul este castelo raiano medieval domina a Aldeia Histórica, conjunto arquitectónico no qual se destacam algumas casas senhoriais brasonadas e templos, como as ruínas da Capela de São Miguel em estilo românico

Castelo de Penamacor

Castelo templário, na linde beirã, ergue-se num cabeço rochoso entre a ribeira de Ceife e a ribeira das Taliscas, afluentes do rio Ponsul, que, por sua vez, deságua no rio Tejo.

Oleiros

Igreja Matriz

Igreja quinhentista mandada edificar pelo monarca D. Manuel I. Templo de três naves onde se destacam, no interior, os altares de talha dourada e os azulejos da Escola de Lisboa. Existem também alguns vestígios de azulejaria hispano mourisca do século XVI. A torre sineira foi construída mais tarde, no século XVII. Algum do deu espólio foi roubado aquando das Invasões Francesas

Penacova

Mosteiro de Lorvão

Segundo cronistas monásticos, o Mosteiro surgiu no século VI, tendo sido seu fundador o abade Lucêncio, que se sabe ter assistido ao Concílio de Braga de 561. Os primeiros documentos escritos, só aparecem depois da Reconquista de Coimbra, de 878, testemunhando a existência de uma comunidade que desempenhou um importante papel no fomento agrário e repovoamento da região. Os monges de Cluny que o vieram fundar dedicaram-no aos mártires S. Mamede e S. Pelágio.

Museu do Mosteiro de Lorvão

A criação de um Museu de Arte em Lorvão foi anunciada em 1921, sendo a iniciativa da responsabilidade da Junta da Paróquia local. O Museu exibe peças, do espólio do Mosteiro, de temática histórico-artística, paramentários e outros objectos litúrgicos, telas e peças de escultura, acervo do antigo cenóbio. Para além das pinturas, cerâmicas, mobiliário e tapeçaria dos sécs. XVII e XVIII, destacam-se as esculturas de São Bento e São Bernardo, de cerca de 1510 e um Cristo Crucificado do séc. XV. Entre os paramentos, salienta-se o véu da píxide, bordado a ouro e aljôfar, o único no mundo a ser usado por uma mulher, abadessa do Mosteiro, depois de especial autorização Papal. Das peças de ourivesaria destacam-se uma Virgem com o Menino, do início do séc. XVII, e a custódia, datada de 1760, primorosa obra da ourivesaria de Lisboa.

Cruzeiro de Penacova

Situa-se junto ao local do antigo castelo, tendo na sua base algumas pedras medievais, dele procedentes. O castelo, dessa altura (construído nos séculos IX-X), desapareceu por completo. Foi um baluarte cristão nas lutas contra os muçulmanos, devendo ter sofrido alguns reveses, pelo que a vila acabou por ter que ser repovoada por D. Sancho I que lhe deu foral em 1192. O foral manuelino tem a data de 31 de Dezembro de 1513

Igreja Matriz de S. Pedro de Alva

O actual edifício da igreja pertence a duas épocas: a capela-mor ao segundo quartel do século XVI e o corpo da igreja à segunda metade do século XVIII, por ter desabado o da época quinhentista, com o terramoto de 1755. A capela-mor, construída numa fase de transição estilística, forma com agrupamento de elementos manuelinos e da renascença temporã. O alto arco cruzeiro é de pilastras do renascimento; a bem rasgada fresta (entaipada na base), posta à epístola, de remate curto, é do tipo corrente na transição.

Sertã

Castelo

Segundo a lenda, o castelo da Sertã teria sido fundado por Sertório, capitão romano, em 74 a.C.. As escavações arqueológicas efectuadas no local datam a sua ocupação inicial do período islâmico (séculos X/XI). No seu recinto, ergue-se a capela de S. João Baptista, primeira Igreja Matriz da vila, datada do século XVII, construída sobre a primitiva igreja medieval. Reza a lenda que o castelo da Sertã foi atacado por soldados romanos. Neste ataque ficou ferido de morte o capitão do castelo. Celinda, sua esposa, que estava frigindo ovos numa sertã, ao saber do sucedido, insurgiu-se sobre os atacantes, matando alguns e cegando outros com o azeite a ferver, salvando, deste modo, o castelo. Esta lenda estará na origem do concelho

Ponte da Carvalha

Situada ao fundo da Alameda da Carvalha, sobre a Ribeira da Sertã, podemos encontrar uma nobre e interessante ponte, que diz-se ter sido construída no tempo dos Filipes

Ponte Filipina de Cabril

A ponte do Cabril foi construída no início do século XVII. Conta com três arcos e 62 metros de altura. Esta ponte veio substituir a antiga ponte romana, segundo documentos que datam de 1419

Castro de Nª Sª da Confiança-Pedrógão Pequeno

Trata-se de um enorme castro da Idade do Bronze final e da do Ferro, com possível romanização e possibilidade de ter sido ocupado no Calcolítico, tendo em conta alguns materiais que ali apareceram e o atelier rastreado. Tem a muralha a rodeá-lo e notam-se algumas estruturas habitacionais (muros rectilíneos). Para nascente dá para um fértil vale e para poente vista o rio Zêzere, num profundo desfiladeiro, dominando uma passagem muito antiga. Está assente sobre uma bolsa de granitos que abrange as vilas de Pedrógão Pequeno e Pedrógão Grande, com alguns vales de extrema fertilidade.

Capela de Nª Srª da Confiança

A actual capela foi mandada erigir pela família Conceição e Silva no ano de 1902 e fica situada no monte sobranceiro à vila de Pedrógão Pequeno.

Barragem do Cabril

A barragem do Cabril situada no rio Zêzere, que nasce na Serra da Estrela ao pé de Cântaro Magro, entre Manteigas e a Covilhã a cerca de 1900 m de altitude, é uma das maiores barragens portuguesas e origina uma da maiores reservas de água doce do país.

Serra do Cabeço Rainho

É o ponto mais elevado do Concelho, encontrando-se a 1.080 metros de altitude e com declives na ordem dos trinta por cento. Com a instalação do picoto, a altitude altera-se para os 1100 metros. Outro ponto de interesse reside no facto da serra ser o limite natural entre o Concelho da Sertã e de Oleiros.A encosta virada a Sul localiza-se na freguesia da Ermida, enquanto que a vertente exposta a Norte encontra-se na freguesia do Troviscal.

Moinho das Freiras-Pedrógão Pequeno

Moinho das Freiras é uma zona de lazer de rara beleza junto ao rio Zêzere, composta por duas zonas de descanso e lazer distintas. Junto à água temos uma zona com bancos de madeira onde podemos passar bons momentos de conversa ou leitura sem qualquer poluição sonora

Vila de Rei

Castro de São Miguel

A designação possui inúmeras nuances, sendo este local conhecido tanto por Castro de São Miguel, como por Castelo, Monte de São Miguel, Serra da Ladeira, Pico de São Miguel, Campo de São Miguel, Serra de São Miguel, Serra do Pico ou Castelo Velho de São Miguel. Tal como o nome por que é apelidado, também a sua situação de pertença não está ainda esclarecida: uns consideram-no parte integrante do Concelho de Mação, outros insistem que o sítio foi roubado ao Concelho de Vila de Rei, no momento em que descobriram o local e certos marcos foram arrancados. Trata-se assim de um conjunto de realidades bastante dicotómicas. A mais emblemática é a de um enorme recinto no topo do cabeço, com uma muralha de 1,5 m de espessura a cercá-lo. A maioria das habitações encontram-se na encosta sul, o lado norte abrupto serviria como defesa natural. Os compartimentos são na sua totalidade de planta rectangular, tendo sido identificados cerca de 50 compartimentos. Dentro de um compartimento foi registada a existência de um forno onde se encontraram alisadores de pedra e fragmentos de ferro muito oxidados. O Dr. João Calado Rodrigues foi o primeiro a escavar o local, e considerou o Castro como sendo da II Idade do Ferro, com grandes afinidades com os da zona da Figueira da Foz. Segundo este autor, o castro foi romanizado e ocupado pelo menos até ao século VII d.C., pois “foi ali achado um fragmento de fivela de cinturão visigótico”.

Barragem do Souto do Penedo

A Barragem do Souto do Penedo encontra-se junto do topónimo Penedo, esta designação aponta-nos logo para uma realidade rochosa, que se trata na verdade de um afloramento rochoso que foi aproveitado em Época Romana, para a construção de uma Barragem. Esta teria com certeza uma ligação irrefutável à exploração mineira das Conheiras, que necessitavam de grandes quantidades de água para a lavagem do minério. A Barragem localizar-se-ia assim num local com uma cota altimétrica de cerca de 400 m, sendo que até à zona do Milreu e Lousa possuiria ligeiros declives que terminariam na Ribeira de Codes. Nessas zonas a água circularia com certeza através do método dos “vasos comunicantes” empregue pelos romanos.

Ponte dos Três Concelhos

A Ponte dos Três Concelhos é um dos poucos Imóveis Classificados do Concelho de Vila de Rei, tendo sido considerado “Imóvel de Interesse Público” segundo o Decreto-Lei nº. 29/90 de 17 de Julho. Cronologicamente parece remontar a Época Romana, apesar de ter sofrido alterações e de ter continuado a ser utilizada em Época Medieval e Moderna. Talvez devido a esta continuidade temporal, o local recebeu topónimos distintos: para uns Ponte Romana, para outros Ponte dos Mouros e para outros ainda, simplesmente Ponte da Isna. Estruturalmente esta ponte plana, apresenta três arcos, sendo que a base dos pilares é feita em alguns casos com silhares de granito. Apresenta vestígios de inúmeras intervenções, a última das quais deverá ter sido efectuada em meados deste século. Esta Ponte surge já referida em documentos medievais dos séculos XII e XIII. Separava Vila de Rei das terras da Ordem do Hospital, pelo que ao longo da estrada existem marcos com a Cruz da Ordem.

Cascata do Penedo Furado

Esta cascata é de origem fluvial, e trata-se de uma área plana de rio dotada de praia fluvial que termina de forma mais ou menos abrupta nesta cascata. As suas águas terminam novamente num trecho calmo do rio que dá origem a uma piscina natural envolta em exuberante vegetação.

Vila Velha de Ródão

Portas de Ródão

«As “Portas do Ródão” constituem o "ex-libris" natural de Vila Velha de Ródão, onde o Tejo, o mais importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado, submisso, entre gigantes quartzíticos pré-históricos. Em via de Classificação a Monumento Natural, pelos seus valores geológicos (garganta epigénica do Ródão), paisagísticos (Serra das Talhadas, sítio Natura 2000), arqueológicos (Conhal do Arneiro e Foz do Enxarrique, em vias de classificação como Imóvel de Interesse Público), históricos (conjunto do Castelo do Ródão, classificado como Imóvel de Interesse Público) e biológicos (flora autóctone - zimbro e avifauna). As Portas de Ródão, que servem de "habitat" para a maior colónia de grifos do país, são um local privilegiado para a investigação de fauna e avifauna, onde podem ser observadas 116 espécies de aves.

Castelo de Ródão / Castelo do Rei Vamba

Torre - atalaia quadrangular de arquitectura medieval. A sua construção é da época dos Templários. O primitivo castelo foi madado edificar pelo monarca visigodo Vamba no século VII. Em 1999 a Câmara Municipal de Castelo Branco, o IPPAR e o IPA apostam na recupreação do castelo e zona envolvente. No ano de 2004 foi consolidado o projecto para a reabilitação da torre e muralhas pela DREMC. Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 45/93, DR 280 de 30 de Novembro 1993.

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