Entrevista à Presidente da União de Freguesias de São Julião e Buarcos

Rosa Maria Martins Ferreira Baptista

J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
PUF-Sim. Sendo esta, uma freguesia virada maioritariamente para o setor do Turismo, valorizamos, apoiamos e divulgamos, todas as iniciativas nesta área, assim como no setor primário.

J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
PUF-Infelizmente não, daí estarmos atentos a este flagelo, auxiliando, sempre que sabemos de situações, tratando e encaminhando para os serviços responsáveis.

J.A.-Como encara a violência nas escolas?
PUF-Infelizmente é um flagelo que tem vindo a aumentar a nível nacional, sendo que na nossa Freguesia, este problema ainda não se verifica, pelo menos em número que faça soar o alarme. Estamos atentos, mas a primeira palavra, para a prevenção da violência terá de vir, sem dúvida, das famílias que não devem incitar mas sim acalmar.

J.A.- Existem cada vez mais maus tratos, tanto em adultos como em crianças, incluindo violações. Quer falar sobre o assunto?
PUF-Este é mais um assunto que deve ser enfrentado pelas autoridades nacionais com outras formas de atuar, mais rigorosas e mais interventivas, na defesas das vítimas e na punição dos agressores.

J.A.- Que recursos financeiros necessitam as populações mais enfraquecidas (a vários níveis) nessa autarquia?
PUF-Os recursos financeiros mais necessários, para este tipo de população, são relativos à alimentação e pagamento de custas relativas a renda de casa, água, luz e gás, para além de medicamentos e consultas de estomatologia.

J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas’
PUF-A nossa freguesia recebeu e continua a receber imensas famílias vindas da Ucrânia e do Brasil. Chegam com várias carências mas principalmente com dificuldades de encontrar residência e emprego. Vamos tentando apoiar na medida do possível, ajudando a encontrar casa, emprego essencialmente na restauração e com comida que doamos.
Apoiamos ainda com mobílias e com roupas e ainda com transporte para consultas médicas e tradutor, neste caso para os ucranianos.

J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre o parque da habitação?
PUF-Ainda não possuo elementos suficientes para me pronunciar.

J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros! Quais medidas deverá tomar o Governo para colmatar esse flagelo?
PUF-As medidas do governo devem ser bem mais assertivas e eficazes, não apenas com o cabaz sem IVA que não produz qualquer efeito prático. Deverão ser postas em prática outros mecanismos de apoio quer a famílias numerosas, quer aos mais vulneráveis seja pela idade e/ou desemprego.

J.A.- Que medidas pensa tomar durante o seu mandato?
PUF-Sendo esta, uma freguesia virada maioritariamente para o setor do Turismo, valorizamos, apoiamos e divulgamos, todas as iniciativas nesta área, assim como no setor primário.
Queremos uma freguesia cada vez Mais dinâmica, Mais atrativa para os nossos jovens, Mais solidária com os mais frágeis, em particular com os nossos mais idosos, com maior mobilidade e inclusão, uma freguesia, Mais limpa, Mais segura, Mais ativa culturalmente sem deixar de respeitar a sua História e as suas tradições tão antigas, ambientalmente sustentável sem comprometer a sua qualidade de vida, Mais atrativa durante os doze meses do ano.

J.A.- Com a aproximação do tempo quente, Verão, quais as medidas que foram tomadas para precaver o flagelo dos incêndios?
PUF-Foram contactados os proprietários de terrenos particulares, através de Editais para procederem à limpeza dos mesmos, efetuámos uma visita às zonas mais problemáticas da nossa freguesia com o acompanhamento da Proteção Civil do Município e do Sr. Presidente da Câmara Municipal e procedemos à limpeza dos caminhos públicos, com o apoio do Município da Figueira da Foz.

J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
PUF-A falta de habitação e de transportes públicos, assim como a falta de limpeza/manutenção de espaços verdes e passeios; o combate ao isolamento social, o desemprego e os rendimentos muito baixos de algumas famílias leva-nos para uma maior intervenção social e solidária para com os mais frágeis, em particular com os nossos mais idosos.

J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste novo mandato?
PUF-A situação financeira é confortável e trabalhamos todos os dias para que a parte financeira desta autarquia nos permita ajudar quem mais necessita de nós.

J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia
PUF-A responsabilidade de assumir um desígnio democraticamente sufragado, na terra na qual nasci, cresci, criei a minha família e vivo o meu dia a dia é, indubitavelmente, um orgulho sem vaidade e uma manifesta responsabilidade que me apraz honrar com toda a minha força, lealdade, caráter e amor.
Buarcos e São Julião precisa de melhor mobilidade, melhores transportes públicos, mais árvores, mais flores, mais cuidado com as obras e com os prejuízos que causam, mais apoio social, mais proteção aos pequenos comerciantes, mais cultura, mais projeção, mais estacionamento, mais renovação das ruas comerciais, mais reabilitação do edificado. Queremos estar mais próximos de todos. Ainda não conseguimos ultrapassar algumas das barreiras atrás enumeradas, mas lutamos e trabalhamos diariamente em defesa dos nossos fregueses.

J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
PUF-Como apenas estou no trabalho autárquico há cerca de 1 ano e meio, não tenho opinião acerca do vosso trabalho desde 2007, mas creio que darão o vosso melhor na divulgação das nossas Freguesias.

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