Cultura

Bragança

Portal de Entrada da Casa dos Mendonças
Portal granítico maneirista, de vão recto, com ombreiras flanqueadas por duas meias colunas toscanas e encimado por um frontão. Este é ladeado por dois pináculos nas extermidades e por uma cruz latina ao centro e ornado com decoração central de dois círculos concêntricos em alto relevo, com quadrifólio central em baixo relevo. As colunas são emolduradas, da parte exterior, por volutas, motivo que remata igualmente os ângulos do frontão. O interior é austero e desprovido de decoração. Recebeu portão de duas folhas pintado a verde.
Santuário do Imaculado Coração de Maria nos Cerejais
Santuário cordimariano novecentista, dotado de igreja, calvário e loca em réplica da da Cova de Iria, em Fátima.
Cruzeiro de Gouveia
Cruzeiro oitocentista em granito, com soco e base de secção circular, capitel cúbico e cruz latina simples.
Castelo de Gouveia
Povoado fortificado, defendido por duas cinturas de muralhas hoje muito danificadas, com origem provável na Idade do Ferro e possível reocupação na Alta Idade Média. O aparelho é constituído por blocos de xisto sumariamente aparelhados e pedra miúda não aparelhada. Resta um talude formado por terra e grande acumulação de pedra.
Castro, Necrópole e Santuário de Nossa Senhora dos Anúncios
Povoado fortificado da Idade do Ferro, ocupado posteriormente pelos Romanos, do qual restam apenas vestígios de um templo e uma necrópole de sepulturas do período alti-medieval. Do conjunto faz parte ainda uma capela mais recente, com remodelações ou reedificação no início de novecentos
Fonte Nova / Fonte Limpa em Vilar Chão
Fonte de alpendre setecentista, de planta rectangular e cobertura em lajes graníticas, com arco de volta perfeita e frontão curvo interrompido a coroar o frontispício, onde se pode ler a data de 1796.
Necrópole e Capela de Santa Eufémia
Necrópole medieval de sepulturas de contorno rectangular escavadas no afloramento xistoso. Identificam-se duas sepulturas a par e uma terceira muito próxima, danificada. A capela, de planta simples rectangular e pequena dimensão, é precedida por um alpendre.
Pedra Escrita de Redevides
Conjunto de gravuras rupestres proto-históricas realizadas ao ar livre sobre um bloco de xisto rente ao solo, com uma superfície quase lisa, orientado a sudoeste. As gravuras consistem em triângulos, formas em escada, cruciformes, quadrados e rectângulos e ferraduras. O afloramento principal tem um motivo central de tipo idoliforme.
Igreja de Santa Maria
Integrada na cidadela de Bragança, no conjunto fortificado que compreende o castelo e a Domus Municipalis, é um templo românico que viria a adquirir feição barroca com as obras de restauro realizadas entre os séculos XVI, XVII e XVIII. Destaque para a porta principal, ladeada por duas colunas salomónicas decoradas.
Museu Ibérico da Máscara e do Traje
Inaugurado em Fevereiro de 2007, este museu resulta de um projecto de cooperação transfronteiriça entre as regiões de Bragança e Zamora com o objectivo de perpetuar a tradição dos rituais. Instalado numa casa antiga da cidadela de Bragança, conta com um espólio de quarenta e seis trajes e sessenta máscaras representativos de vinte e nove localidades, dezoito do lado português, e onze espanholas, sob a responsabilidade de cerca de quarenta e seis artesãos. As peças estão expostas e à venda. Caso para dizer que aqui, a tradição ainda é o que era...
Seminário de São José (Bragança)
Situado num local sobranceiro ao arruamento que atravessa a Cidade a Sul, e numa grande propriedade localizada no seu interior, é um edifício imponente, de grande dimensão. Com três pisos de volumetria e de tipologia de ocupação isolada, tem na fachada principal os cunhais em pedra encimados por pilastras nos extremos, a enquadrar o corpo central. A fachada é recortada ao cimo e tem ao nível do primeiro piso uma pala a destacar a entrada para o interior. Diante da fachada principal existe um amplo espaço ajardinado.
Domus Municipalis
Situada no coração da belíssima cidade de Bragança, a Domus Municipalis é certamente o seu mais simbólico monumento. Exemplo perfeito da Arquitectura Românica, é um edifício único na Península Ibérica. O monumento apresenta uma forma de pentágono irregular, constituído por dois corpos distintos. A designação “Domus Municipalis” terá surgido no século XIX, designando “Casa Municipal” em Latim, não obstante, ainda nos dias de hoje se desconhece o seu intuito inicial, tendo sido utilizado ao longo dos séculos para diversos fins, entre eles como Paços do Concelho. A Domus Municipalis é constituída por dois corpos, um inferior e um superior, que terão servido como cisterna abobada no piso inferior e como sala de reuniões dos desígnios da localidade no piso superior. O edifício terá sido construído no início do século XV, talvez por alturas da reconstrução do Castelo de Bragança. As suas paredes são graníticas, de planta hexagonal, composta por cinco faces de dimensões diferentes (a mais extensa com 14 metros, a mais pequena com pouco mais de 3), sendo a iluminação efectuada por uma série contínua de janelas de arco abatido, ao longo de todas as faces da construção. O primeiro piso é ocupado por um amplo salão com uma bancada corrida ao longo de todas as paredes, em pedra, para assento dos membros do conselho municipal
Parque Natural de Montesinho
O Parque Natural de Montesinho é uma das maiores áreas protegidas de Portugal, estendendo-se por mais de 75000 hectares e com uma altitude superior a 1500 metros. As vastas florestas geram habitats para muitas espécies, incluindo o lobo, o javali e a águia-real. Por todo o parque, poderá visitar muitas aldeias que oferecem uma fascinante combinação de paisagens humanas e naturais. O parque é ideal para fazer caminhadas.
Cidadela
Situada numa colina sobranceira à cidade, esta cidadela bem preservada foi construída no século XII por monges beneditinos. Foi reconstruída e reforçada em finais do século XIV, e no interior das suas muralhas encontram-se edifícios invulgares, como a imponente Domus Municipalis, a Igreja de Santa Maria e o impressionante pelourinho gótico.
Paço Episcopal
Edifício do século XVII, alterado no princípio do século XVIII, foi posteriormente objecto de sucessivas remodelações, a última datada de 1993-97, com projecto da autoria dos arquitectos António Portugal e Manuel Maria Reis.Nos jardins do antigo palácio dos bispos de Bragança, que actualmente alberga o Museu do Abade de Baçal, existe uma interessante colecção de peças de origem romana. A capela do palácio é em estilo neoclássico
Sé Catedral
A Sé renascentista de Bragança foi construída no século XVI e ocupada por monges jesuítas que fundaram um colégio nas suas instalações. Ostenta um altar dourado e elaboradas pinturas no tecto da sacristia, tendo sido elevada a catedral no ano de 1764, quando a diocese foi transferida para Bragança.
Museu do Abade de Baçal
O museu, um dos melhores do país, está situado entre a Cidadela e a Sé Catedral, no antigo solar do século XVI pertencente ao Abade de Baçal. O extenso espólio inclui cerâmicas antigas, representações de animais, arte sacra e pedras tumulares romanas, bem como artefactos religiosos e arqueológicos.
Castelo de Bragança
O Castelo de Bragança, em Trás-os-Montes, localiza-se na povoação, Concelho e Distrito de Bragança No extremo nordeste do país, envolvendo o centro histórico da povoação, à margem do rio Fervença, é um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses. Do alto de seus muros avistam-se as serras de Montesinho e de Sanabria (a Norte), a de Rebordões (a Nordeste) e a de Nogueira (a Oeste).
Igreja de Santo Cristo de Outeiro (Outeiro)
Construída nos séculos XVII e alterada no século XVIII, é representativa de uma arquitectura religiosa seiscentista, barroca, com sabor maneirista. Implantada num adro onde se localiza o Cruzeiro de Outeiro, é composta por três naves, pelo transepto e pela capela-mor, à qual se adossam a sacristia e a casa de arrumações. A fachada principal, orientada a Oeste, é flanqueada por torres sineiras de planta quadrada, divididas por vários registos e com cobertura piramidal revestida a telha. Os alçados laterais, Norte e Sul, são ritmados por pilastras coroadas por pináculos, mostrando galilés de três tramos e coberturas com abóbadas de nervuras. O Portal é decorado e encimado por um óculo de grande dimensão. As capelas laterais são forradas a madeira e decoradas com talha dourada, com motivos rocaille. A Capela-mor é mais baixa que a nave e tem o retábulo principal, com acesso por 2 degraus e ricamente decorado em talha dourada. O tecto da capela apresenta um pintura mural com dourados e as janelas uma pintura decorativa a têmpera.
Castelo de Ansiães
As escavações efectuadas no morro onde se situa o Castelo de Ansiães, apontam para uma ocupação humana com cerca de cinco mil anos, devendo-se provavelmente ao domínio muçulmano a construção das muralhas da povoação. Este castelo e a povoação a ele ligada, tiveram bastante importância, com foral concedido por D. Afonso Henriques em 1160 e confirmado por diversos monarcas, até D. Manuel I, em 1510 As estruturas do castelo também foram sendo melhoradas ao longo dos séculos, mas, provavelmente a partir do século XVI, a população da vila deslocou-se para outros locais e o castelo entrou em processo de degradação.  O castelo medieval situa-se dentro de uma muralha que defendia a área populacional, é constituído por uma estrutura de muralhas reforçadas com cinco torres, e neste perímetro existe a Igreja de São Salvador de Ansiães, que deverá ter sido construída no século XIII, e é considerada como uma jóia, da arquitectura medieval portuguesa.
 
Praia Fluvial
Localizada a poucos minutos do centro urbano, a Congida é um local de excelência onde pode desfrutar de agradáveis momentos de lazer. A praia fluvial da Congida foi recentemente melhorada no âmbito de um projecto de requalificação. Fruto destas melhorias, o visitante e turista conta com mais e melhores estruturas de apoio e de lazer, nomeadamente um bar, com esplanada suspensa sobre o rio Douro, uma piscina fluvial e parque infantil. Para quem pretender alimentar o gosto pela pesca desportiva, recomenda-se que não se esqueça dos necessários apetrechos, já que bogas, escalos, barbos e carpas, são algumas das espécies que pode encontrar ao longo da enorme albufeira originada pela barragem de Saucelle.
Miradouro
Este miradouro, estrategicamente situado em frente da meseta castelhana onde pontifica a vila de Aldeadávilla que dá o nome à enorme barragem que aqui se construiu, tem uma paisagem profundamente transmontana. Num declive acentuado, o vale profundo do Douro apresenta as suas indomáveis e características arribas que pelo labor épico do Homem transmontano, foram transformadas em pequenos jardins de oliveiras, divididos por socalcos até onde os nossos olhos alcançam, transmitindo aos nossos sentidos um respeito contemplativo da natureza. Lá em baixo, no fundo, o outrora selvagem rio Douro assemelha-se a um tranquilo espelho de água, dirigindo-se mansamente para sul e reflectindo as sombras das grandes aves planadoras que neste local têm os seus habitats. É o caso da Águia – real, da Cegonha – preta, do Abutre do Egipto e especialmente do Grifo, localmente chamado abutardo, cuja envergadura de 2,30m é presença vigilante nos céus e ravinas de todo este troço duriense.
Castelo de Freixo de Espada à Cinta
A povoação de Freixo existia nos primeiros tempos da Independência de Portugal, marcando a fronteira a oeste do rio Douro. Por essa razão, visando fomentar o seu povoamento e defesa, D. Afonso Henriques (1112-1185), outorgou-lhe foral desde 1152 (ou 1155-1157), confirmado em 1246. Acredita-se que remonta a esse período tanto a construção do castelo quanto o privilégio de couto e homízio (exceto para os crimes de aleive e traição), que seria limitado por D. João I (1385-1433), em 1406, a apenas três vilas no reino, entre as quais esta de Freixo. As primeiras referências documentais ao castelo, entretanto, referem-se a obras em progresso em 1258.
Gravuras Rupestres de Mazouco (Freixo de Espada à Cinta)
As gravuras rupestres de Mazouco, situadas junto ao Rio Douro e inseridas numa paisagem magnífica, são um dos mais importantes vestígios da arte do Paleolítico Superior em Portugal e foram o primeiro exemplo de arte rupestre paleolítica ao ar livre a ser identificado na Europa. As gravuras, constituídas por quatro gravuras sobre uma parede xistosa, sendo que apenas uma das figuras se apresenta completa, foram dadas a conhecer ao mundo científico em 1981. A mais nítida é a de um cavalo, tendo ficado conhecida como o “Cavalinho de Mazouco”. Com um comprimento de 62 cm é uma das mais belas imagens da arte rupestre ao ar livre em todo o mundo
Casa do Careto
A Casa do Careto é um espaço polivalente onde se encontra o registo da tradição carnavalesca de Podence, bem como a mística associada aos Caretos, representada nas telas das pintoras Graça Morais e Balbina Mendes e nas fotografias de António Pinto e Francisco Salgueiro. Encontramos ainda os fatos, os chocalhos, as máscaras e toda a indumentária destas figuras sedutoras e enigmáticas, bem como os únicos seres que os Caretos respeitam nas suas tropelias, gritarias e chocalhadas no Domingo e Terça-feira de Carnaval: as marafonas.
Castelo de Miranda do Douro
Miranda do Douro, provavelmente já; existia na época romana e a reconquista cristã da península, afastou os árabes. O castelo foi melhorado pelos primeiros reis portugueses, mas as diversas lutas, que se travaram nos anos seguintes, arruinaram-no, sendo necessária a sua reedificação no reinado de D. Dinis, por volta de 1280. A boa construção deste castelo, fez com que resistisse aos sucessivos ataques castelhanos, no reinado de D. Fernando, que mandou cunhar moedas com um «M», sobre o escudo das quinas. A Guerra da Restauração foi dura para este castelo, em 1644, D. João IV, mandou reedificar as muralhas, adaptando-o ao emprego da artilharia, mas resistiu com dificuldade aos cercos dos espanhóis. Em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos, o castelo esteve sob o cerco dos espanhóis, resistindo até que explodiu o paiol, dizimando grande parte da guarnição e arruinando o castelo. Esta explosão foi atribuída a um acto de criminoso do governador da praça, que terá fugido para as linhas espanholas, todavia esta possibilidade não tem mais peso do que a de ter sido um acidente.
Ponte Velha de Miranda do Douro
Situada sobre o rio Fresno, na localidade Transmontana de Miranda do Douro, bem no Norte do País, esta Ponte Medieval constituiu outrora a porta de entrada na cidade, situada a pouco mais de cem metros das muralhas defensivas. Pensa-se que esta ponte terá sido construída no século XVI ou mesmo antes, constituída por materiais da região, de tabuleiro plano com uma largura máxima de cerca de 4 metros, assente em três arcos quebrados desiguais, sendo o central maior que os que o ladeiam
O Castelo de Mogadouro
Na vertente norte da serra de Mogadouro, a antiga vila e seu castelo constituíram, nos alvores da nacionalidade, um importante ponto estratégico sobre a linha lindeira. Comenda da Ordem dos Templários, posteriormente sucedida pela Ordem de Cristo, atualmente inclui-se na Área Turístico-Promocional das Montanhas.
Ruínas do Castelo da Torre de Moncorvo
O castelo de Torre de Moncorvo, de que restam apenas secções das muralhas, é suposto ter sido edificado durante os reinados de D. Afonso III e de D. Dinis, e melhorado por D. Fernando, em 1376. No século XVIII, parte das estruturas, que já estavam arruinadas, foram demolidas, e em 1842, a própria câmara municipal arrasou a maior parte do que ainda restava deste castelo. O que resta do castelo, que se resume a parte das muralhas na Praça da República, está classificado como, Imóvel de Interesse Público.
Casa Museu da Família Vila Real – Benlhevai
António Fernando Vila Real nasceu em Benlhevai, concelho de Vila Flor. Cresceu amando a sua terra e a sua gente. Consigo cresceu também o sonho de guardar, não só na memória mas também fisicamente, tudo o que via e o rodeava: um lugar, uma pedra, um animal, um objecto. Todas estas coisas o fascinavam: os sítios por onde os seus avós, pais e ele próprio passavam, os animais com que conviviam no campo ou em casa; os objectos que tocavam todos os dias… um crucifixo, uma caixinha, uma arma, um prato, uma panela, uma candeia, um escano, uma charrua... Onde podia ele guardar tudo aquilo? E se um dia fundasse um museu? Tocado pela grande vontade de realizar o seu sonho, um dia abriu as portas da casa que fora de seus pais e nas salas, quartos, cozinha e adega, distribuiu de forma ordenada: colecções de animais devidamente conservados; colecções de armas, loiças, cachimbos e conchas; objectos africanos, romanos, árabes e do paleolítico; colecções de santos e objectos religiosos; colecções de objectos de iluminação - candeias, lampiões; instrumentos musicais e de lavoura; livros, sobretudo políticos, pertença de seu sogro Dr. Fernando Duarte de Azevedo Antas. A este espólio juntou toda a história da sua família com fotos, documentos, livros e objectos pessoais. Nasceu assim a Casa Museu da Família Vila Real, que tenciona legar à freguesia de Benlhevai. Gesto de ternura e carinho para com a terra que o viu nascer.
Forca de Freixiel
Dominando a antiga vila de Freixiel, num pequeno promontório a nascente da povoação, encontra-se a Antiga Forca de Freixiel. É constituída por dois pilares de pedra granítica, de quase 3 metros, onde no topo assentaria uma trave em madeira. É Imóvel de interesse público ao abrigo do Dec. Nº 42 007, DG 265 de 6 de Dezembro de 1958.
Igreja Matriz de S. Bartolomeu
Destacada sobretudo pela sua grandiosidade, este "templo majestoso" foi construído no séc. XVIII, em substituição da igreja anterior que desabara em 31 de Janeiro de 1700. Da igreja velha foram aproveitadas a maior parte das suas pedras ornamentadas. É de notar os cordames e esferas armilares manuelinas, nas portas laterais. A fachada frontal é de estilo colonial e a decoração muito ao gosto dos cantoneiros minhotos do século XVIII. Esta igreja barroca tem de altura exterior 15,2 metros, 14 metros de largura e 42,2 metros de comprimento. Possui duas torres com 24,6 metros de altura. Possui seis altares, três dos quais com retábulos de talha dourada, sendo dois deles (altares colaterais) preciosas obras de arte, mais antigos que a própria Igreja (século XVII). O altar-mor, mais moderno, dos finais do séc. XVIII (1787), possui um belo painel do pintor Vilaflorense Manuel de Moura.
Fraga dos Mal Casados
É uma formação de dois penedos que, tendo em conta a sua forma, mais parecem duas pessoas de costas uma para outra. Por isso o povo chama-lhes os “mal casados
Castelo de Algoso
Mandado construir no final do século XII, por Mendo Rufino, no reinado de D. Sancho I, o Castelo de Algoso, ocupa uma posição privilegiada, num promontório rochoso, a uma altitude de 681 metros, na extremidade formada pelo rio Angueira e pelo rio Maçãs. Foi entregue por D. Sancho II, à Ordem do Hospital, mais tarde Ordem de Malta, cujo alcaide-mor, no tempo do domínio filipino, tomou partido dos espanhóis. Mais tarde, já em 1710, o castelo foi diversas vezes atacado pelas tropas espanholas, durante a Guerra dos Sete Anos, conseguindo resistir sempre.
Ponte de Cidões
Esta bonita Ponte sobre o Rio Tuela, também conhecida como Ponte do Manhuço, situa-se no lugar de Cidões, no bonito concelho de Vinhais, num local abençoado pela natureza. A paisagem é lindíssima neste local também conhecido por Poço do Manhuço, por ser um dos pontos mais fundos do rio Tuela, formado por dois rochedos que provocam o próprio remoinho das águas do rio. A Ponte de Cidões foi construída na década de 1940, sobre uma anterior ponte de madeira conhecida pelo som produzido pelos cascos dos animais que a atravessavam, que por norma se assustavam com o ruído provocado. Na época das invasões francesas, por volta de 1808, o juiz de fora de Algoso, Jacinto de Oliveira Castelo Branco, recusou-se a acatar as ordens de Junot e continuava a usar nos processos o nome de D. João VI, apesar de este já ter embarcado com a família para o Brasil. Classificado como Imóvel de Interesse Público, recebeu durante o século XX, obras de restauro. Tem uma planta rectangular, com entrada virada a norte, a muralha está muito danificada, salienta-se ainda a Torre de Menagem.
Fonte das Sereias e Cruzeiro de Carrazeda de Ansiães
O chafariz, em granito, tem ao centro uma coluna sobre um plinto de altura idêntica à do tanque. A coluna tem o fuste constituído por quatro sereias dispostas verticalmente, em jeito de cariátides e é rematada por um anelete, daí partindo o arranque da taça. Esta é de contorno circular e encontra-se decorada com caneluras profundas que partem do centro de forma radiante. O perímetro é ornado com quatro mascarões com bicas, dos quais partem motivos em voluta e acanto que se entrelaçam. O conjunto é coroado por motivo cúbico que em cada face ostenta um nicho com imagem da padroeira, Santa Águeda, enquadrado por duas cruzes em alto relevo junto aos ângulos superiores. Remata o conjunto um motivo cilíndrico ornado de arcos e círculos em alto relevo, sugerindo vãos, e que foi interpretado como a figuração de um castelo.

Vila Real

Igreja Matriz de Alijó
A sua construção data de finais do século XVII. Salienta-se no seu interior uma bela escultura de pedra, de grande qualidade, que representa Santa Maria Maior e um cálice gótico de cobre dourado muito bem trabalhado.
Anta de Fonte Coberta-Alijó
A anta de fonte coberta é um monumento megalítico que, se encontra-se situado a cerca de um quilómetro de Vila Chã, no concelho de Alijó. Esta anta é constituída por sete esteios , por uma laje e por um diminuto corredor formado por dois esteios deitados e orientados a nascente. Esta anta foi recuperada, tendo sido recolocados alguns esteios que estavam caídos. A laje ou chapéu com dois metros por três metros e meio, apresenta algumas covinhas insculpidas. Em rochas situadas perto deste dólmen, também foram encontradas covinhas idênticas, assim como alguma gravuras. Num dos esteios, o terceiro a contar da lado esquerdo da câmara poligonal, existem vestígios de pinturas em cor vermelha. Em alguns dos esteios existem também algumas gravuras insculpidas, como covinhas e alguns sulcos. Foram identificados alguns vestígios da existência de mamoa, ou seja, vestígios de que esta anta estaria parcialmente enterrada. Esta estrutura também foi parcialmente recuperada.
Palácio de Mateus (Vila Real)
Palácio de Mateus (Vila Real)
Esplêndido solar do Palácio de Mateus está retratado nos rótulos do famoso vinho Mateus rosé. Construído no século XVIII, o edifício apresenta uma impressionante fachada barroca e pináculos ornamentados no telhado. Os jardins bem cuidados integram estátuas elegantes e um maravilhoso lago diante do palácio. Realizam-se regularmente eventos musicais no palácio e estão disponíveis visitas guiadas.
Santuário de Panóias (Vila Real)
Este antigo santuário próximo de Vila Real foi usado como lugar de devoção e sacrifício de animais. Remontando ao século III, este local único é composto por três enormes penedos de granito com cavidades escavadas. Os escritos em latim e grego descrevem os rituais realizados no local, em primeiro lugar usado pelas tribos devotas do deus Serapis e mais tarde pelos Romanos, Celtas e Visigodos que realizavam sacrifícios em nome dos seus deuses.
Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe
Está situada na aldeia de Ponte freguesia de Mouçós, concelho de Vila Real. De estilo gótico, foi edificada durante o século XV, por iniciativa de D. Pedro de Castro, abade de Mouçós. Esta igreja, dos finais da Idade Média, é constituída por uma única nave, mais elevada do que a capela de forma rectangular. Apresenta alguns modilhões que suportam a linha do telhado, assim como um óculo na fachada principal.
Pelourinho de Vila Real
Localizado em São Dinis (Vila Real), terá sido edificado em 1515, quando Vila Real obteve novo foral, dado por D. Manuel. O actual pelourinho só possui do original a coluna octogonal enquanto o resto é uma cópia do original, que terá sido destruído. Sua localização foi mudando ao longo dos anos, tendo passado pela Rua da Praça (actual Largo do Pelourinho), pelo largo em frente aos Paços do Concelho, e posteriormente na sua localização actual que é o Largo do Pelourinho, na freguesia de São Dinis. Este pelourinho á formado por uma base de quatro degraus octogonais, sobre a qual assenta um paralelepípedo também octogonal, que suporta o fuste. Por cima do fuste, o pelourinho termina numa estrutura em forma de gaiola, com as sua quatro faces comunicando entre si através de aberturas em arco redondo. Essa gaiola apresenta na união das suas faces umas pequenas colunas cilíndricas e no seu vértice uma cruz em ferro com uma bandeirola
Casa de Diogo Cão
É uma casa existente na freguesia São Dinis, Distrito de Vila Real, onde nasceu o navegador português do século XV, Diogo Cão. Esta casa foi construída na segunda metade do século XV.
Parque Natural do Alvão
Descubra a beleza imaculada do Parque Natural do Alvão, uma área protegida que se estende por mais de 7220 hectares com dois territórios distintos: uma zona montanhosa frequentemente coberta de neve e uma zona basáltica de vales fluviais. Entre as espécies raras presentes no parque contam-se o lobo-ibérico e a águia-real, bem como uma enorme diversidade de árvores e plantas. Os visitantes podem praticar rafting nos inúmeros cursos de água ou admirar a paisagem virgem com quedas de água e aldeias tradicionais, construídas com ardósia e xisto.
Ponte de Pedrinha (Boticas)
Esta ponte medieval contém cinco arcos que atravessam o rio Beça. Segundo a lenda, os mouros que construíram a ponte trabalharam apenas durante a noite porque tinham medo de ser mortos durante o dia. Os trabalhadores tiveram de fugir antes de terminarem a ponte, mas faltava apenas colocar uma pedra, por isso ficou conhecida como a Ponte da Pedrinha.
Igreja Matriz do Divino Salvador (Ribeira de Pena)
Esta modesta igreja do século XVIII é o monumento mais importante de Ribeira de Pena. As suas características mais notórias são a fachada barroca, o altar elevado e as belas cadeiras confessionais de madeira. Este foi também o local onde o escritor Camilo Castelo Branco se casou aos 16 anos.
Ponte de Arame ou Ponte Pênsil (Ribeira de Pena)
A Ponte Pênsil é uma ponte suspensa de arame que atravessa o rio Tâmega, ligando as vilas de Ribeira de Pena e Santo Aleixo d’Além Tâmega. A ponte com 20 m de comprimento é uma fascinante atracção histórica, estando suspensa em mais de 100 cabos de arame torcidos, com dois cabos de aço que suportam a ponte. Foi construída para servir as populações de ambas as margens do rio, e até 1963 constituiu a única travessia para os habitantes locais.
Igreja de Santa Bárbara (Boticas)
A Igreja de Santa Bárbara baseia-se no conceito da arquitectura religiosa e era a antiga igreja paroquial. Merece particular destaque um pelicano em madeira que se encontra na sacristia. Segundo o povo desta região, a ave feria o seu próprio peito para, com o seu sangue, alimentar os filhos. Deste modo, o pelicano simbolizava Jesus, que deu o sangue ao povo.
Igreja Paroquial de Carrazedo de Montenegro 
Igreja de grandes dimensões com planta rectangular de uma só nave. A fachada é imponente no trabalho de cantaria de granito ao estilo barroco tardio e é flanqueada por duas altas torres sineiras. Um arcada tripla dá acesso ao interior. Por cima, tem uma série de cinco janelas e uma balaustrada. No interior tem um coro sustentado por colunas de madeira. Na capela-mor existe uma inscrição na parede exterior que diz: Dom Pedro da Cunha do Conselho del Rei nosso Senhor sendo Comendador mandou faser esta capella 1577. Guarda, numa dependência de uma das torres duas imagens de granito - um anjo e a Virgem - provável trabalho do séc. 15. 
 
Igreja Matriz de Mondim de Basto
Templo do século XVIII, tem como particularidade o altar-mor, que enquadra um sumptuoso retábulo de talha dourada. Contudo, apesar de datada do século XVIII, esta talha foi alvo de uma pintura posterior que a terá descaracterizado.
Santuário de Nossa Senhora da Graça – Mondim de Basto
O encantador Santuário de Nossa Senhora da Graça situa-se no alto do bonito Monte Farinha, a cerca de 900 metros de altitude, encimando a agradável vila de Mondim de Basto, e de onde se tem um panorama maravilhoso das muitas serras a norte do rio Douro. Reza a lenda que aqui terá existido a cidade de Cinínia, lar da tribo castreja dos Tamecanos, que foi obrigada a abandonar o seu território aquando a ocupação Romana do território. Segundo várias fontes, embora não existindo certezas da fundação original, no local existiria, desde remotos períodos, um templo já do período castrejo de ocupação do monte. A estrutura actual data de 1775, construída, forte, em granito da região, com torre e pavimento lajeado.
Mosteiro de Pitões das Júnias - Montalegre
Mosteiro de Pitões das Júnias ou de Santa Maria de Júnias, não tem data definida para a sua fundação, mas presume-se que se situe no final do século IX, quando eremitas se estabeleceram nesta região, vindo depois a organizarem-se em comunidades. Por outro lado, face a uma inscrição, pouco clara, existente num muro destas ruínas, faz supor a alguns estudiosos que a data da fundação do mosteiro seja 1147, mas já existia com certeza em 1247, quando o Papa Inocêncio IV, intima o mosteiro a filiar-se na ordem cisterciense, passando a depender do Mosteiro de Santa Maria do Bouro.  Durante a Guerra da Restauração da independência portuguesa, depois de 1640, um ataque do exército espanhol à aldeia de Pitões, terminou com um incêndio que deixou o mosteiro em ruínas, com excepção da igreja. O convento viria a ser recuperado e já no século XVIII, há informação que dá conta de obras importantes na zona conventual, todavia com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento é abandonado e alguns anos depois deflagra um incêndio que apenas deixa a igreja de pé
Castro de Palheiros - Murça
O Crasto de Palheiros, ou Fragada do Castro, é uma imponente crista quartzítica que foi sendo paulatinamente esculpida e construída pelas populações daquela região da Terra Quente transmontana entre o início do 3º milénio a.C. - Calcolítico - e o Presente. Entre 2900 e 2300 antes de Cristo toda a crista, com 2,5 ha, foi transformada num grande monumento pétreo, pré-histórico. No 5º século antes de Cristo, durante a denominada Idade do Ferro, foi escolhido de novo por populações indígenas para a fundação dum povoado. Este povoado durou cerca de 500 anos pois foi abandonado por volta do final do séc. I d.C., já durante a ocupação romana nesta região. Dos tempos que se seguiram, somente percebemos a utilização do local como campo de cultivo (de cereais e de leguminosas em regime de sequeiro) e de recolha de lenha por parte das populações das aldeias de Varges, Palheiros e Monfebres. Em 1995 começou a ser "habitado" pelas equipas de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com objectivos de estudo e de musealização. Entretanto, construiu-se um Centro Interpretativo no Castro de Palheiros, onde o público visitante poderá observar alguns materiais ilustrativos das diversas campanhas arqueológicas empreendidas no local.
Igreja Matriz de Murça
Contém alguns altares de talha, recentemente repintados e dourados, e um tríptico do século XVI, obra de Pedro de França. Na imaginária sobressai um Cristo crucificado, de linhas vigorosas e expressão dramática. Destaca-se ainda uma imagem gótica
Porca de Murça
É o símbolo que identifica a vila de Murça. Esta escultura em granito, encontra-se rodeada por lendas popular, não sendo exacta qual a sua verdadeira proveniência e propósito. A lenda mais popular é que no século VIII esta povoação e o seu termo eram assolados por grande quantidade de ursos e javalis. Os senhores da Vila, secundados pelo povo, tantas montarias fizeram que extinguiram tão daninha fera, ou escorraçaram para muito longe. Mas, entre esta multidão de quadrúpedes, havia uma porca (outros dizem ursa) que se tinha tornado o terror dos povos pela sua monstruosa corpulência, pela sua ferocidade, e por ser tão matreira que nunca poderia ter sido morta pelos caçadores. Em 775, o Senhor de Murça, cavaleiro de grande força e não de menor coragem, decidiu matar a porca, e tais manhas empregou que o conseguiu; libertando a terra de tão incomodo hóspede. Em memória desta façanha se construiu tal monumento, alcunhado “a Porca de Murça”, e os habitantes da terra se comprometeram por si e seus sucessores, a darem ao Senhor, em reconhecimento de tão grande benefício, para ele e seus Herdeiros, até no fim do inundo, cada fogo três arráteis de cera anualmente, sendo pago este foro mesmo junto à porca. No entanto, há quem defenda que os atributos masculinos bem visíveis não enganam, e que a Porca de Murça, é na verdade um berrão, do mesmo género dos que se encontram frequentemente na zona oriental de Trás-os-Montes, relacionados com um culto da fertilidade de povos pré-romanos. Seja como for, é hoje um monumento que se ergue, orgulhoso sobre um plinto, no jardim da praça central, com os seus impressionantes 2,8 metros de medida no ventre, 1,10 m de altura e 1,85 m de comprimento
Mamoa de Madorras - Sabrosa
Em bom estado de conservação, a Mamoa de Madorras situa-se nos domínios da freguesia de São Lourenço, no belo concelho de Sabrosa, em plena região vinhateira do Douro. Datada do período Neolítico, esta seria uma monumental sepultura, encontrando-se enterrada até á década de 80 do século XX, quando foram efectuadas investigações arqueológicas ao monumento, que tinha já sido descoberto em 1912 por Albino dos Santos Pereira. As escavações arqueológicas concluiram que a Mamoa de Madorras terá sido construída entre o Neolítico Final e os inícios da Idade do Bronze, há cerca de 5.000 anos, por povos que terão habitado na região.
Fonte da Igreja em S. João de Lobrigos
Exemplar digno de registo, do acervo patrimonial da freguesia, é a Fonte da Igreja (pública), no Largo da Igreja. Tem a adorná-la um belíssimo brasão (de heráldica eclesiástica), com as características borlas pendentes por sobre o espaldar de pedra lavrada, e ornamentada por graciosos pináculos e flâmulas. O escudo ou pedra de armas (oval) é “partido” com figurações zoomórficas. No primeiro “quartel” está representado um leão, e no segundo dois carneiros. Da carranca-bica da Fonte jorra água para a taça. O belo conjunto (século XVIII) encontra-se bem conservado, e é digno de ser visitado.
Miradouro da Senhora da Serra
O Miradouro da Senhora da Serra, no pico mais elevado da Serra do Marão (a 1416m de altitude) situa-se quase em cima da linha divisória que separa Fontes da freguesia de Teixeira, do Concelho de Baião. Pico de onde se avistam terras de além-douro, e também de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar, e (imagine-se) em dias muito claros (sem neblinas no horizonte), o próprio Oceano Atlântico.
Ponte e alminhas em Vale de Casas –Valpaços
Ponte de tabuleiro horizontal sobre dois arcos de volta perfeita e uma abertura rectangular. As aduelas são estreitas e compridas de extradorso irregular. Tem guardas de cantaria de granito. Junto a uma das saídas da ponte, encontram-se umas alminhas protegidas por pequena construção com escadaria de acesso, no interior da qual se encontra uma imagem pintada de Nossa Senhora das Dores
Castelo de Chaves
A primitiva fortificação de Chaves é anterior à ocupação romana da Península Ibérica, e terá sido reforçada pelos muçulmanos após a sua conquista, no século VIII, e ocupação até ao século XI. Na época da reconquista cristã, é tomada aos mouros por forças do reino de Leão, e terá sido, no reinado de D. Afonso Henriques, conquistada ao reino de leão e incluída no Condado Portucalense. Afonso IX de Leão e Castela, por volta de 1221, reconquista Chaves, que voltaria à posse portuguesa em 1231, devido a negociações entre Portugal e Castela O Castelo foi reconstruído por ordem de D. Afonso III e as obras prosseguiram no reinado de D. Dinis, sendo dessa data, por exemplo, a Torre e Menagem.
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