Manuel António Martins Melo
J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
PUF-O sector primário tem algum peso na freguesia, embora baseado na pequena propriedade. O turismo é inexpressivo pese embora as potencialidades da praia fluvial e o aproveitamento das margens do Rio UL possam vir a potenciá-lo, juntamente com o turismo rural ainda incipiente.
J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
PUF-As medidas tomadas pelo governo contra a violência doméstica serão as essencialmente necessárias. O que necessita melhorar é a participação mais ativa da população no que toca por exemplo à denúncia às autoridades. A educação para a não-violência evitará muitas tragédias.
J.A.-Como encara a violência nas escolas?
PUF-A violência nas escolas é uma questão grave que deriva da falta de discussão do fenómeno na própria escola e com a participação dos encarregados de educação. Na nossa freguesia não têm ocorrido casos dignos de nota.
J.A.- Existem cada vez mais maus tratos, tanto em adultos como em crianças, incluindo violações. Quer falar sobre o assunto?
PUF-Os maus tratos em adultos e crianças que incluem violações ocorrem numa conjuntura de crise mais geral da sociedade. Já nem as instituições religiosas escapam ao flagelo. Também no desporto a violência continua impune As situações de injustiça e desigualdade são factores contributivos para a violência de um modo geral. Uma educação para a cidadania que está acometida á escola tem que ser levada mais a sério.
J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas’
PUF-A nossa Autarquia tem respondido dentro das limitações orçamentais, à chegada de imigrantes à freguesia. Todavia o que se consegue fazer deriva do voluntarismo dos membros do executivo e de algumas boas vontades mobilizadas. Falta coordenação a nível concelhio e regional para que a integração e apoio se façam com dignidade.
J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre o parque da habitação?
PUF-Parece-nos que as medidas do governo, ou por falta de informação, ou falta de conteúdo, não estão a convencer a opinião pública. Falta perceber melhor que interesses o governo quer salvaguardar. Somos de opinião que sem uma intervenção do estado na oferta de habitação a preços decentes, mais uma vez o problema fica por resolver e os jovens ficarão reféns da especulação imobiliária. Apraz-nos saber que a nossa freguesia vai ter acesso a habitação a preços controlados, o que contribuirá para fixar mais pessoas.
J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros! Quais medidas deverá tomar o Governo para colmatar esse flagelo?
PUF-Os preços dos bens alimentares registaram de facto valores incomportáveis. Uma das medidas que o governo devia ter tomado era o controlo temporário dos preços para evitar a especulação. A iniciativa IVA ZERO mais não foi do que uma transferência de milhões de euros para as grandes superfícies, sem qualquer benefício para os consumidores.
J.A.- Que medidas pensa tomar durante o seu mandato?
PUF-As medidas a tomar durante o meu mandato estão todas previstas no programa apresentado a eleições, podendo uma ou outra não ser executada por razões atendíveis.
J.A.- Com a aproximação do tempo quente, Verão, quais as medidas qe foram tomadas para precaver o flagelo dos incêndios?
PUF-A Junta de freguesia toma todas as medidas que lhe estão atribuídas no âmbito do combate aos incêndios, nomeadamente a limpeza dos caminhos e acessos.
J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
PUF-Um dos problemas mais prementes que necessita de rápida intervenção, é a requalificação do centro da freguesia que regule o trânsito automóvel eliminando uma fonte de constantes acidentes. Temos a promessa da intervenção da Câmara Municipal para a resolução deste grave problema.
J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste novo mandato?
PUF-A situação Financeira da Autarquia é saudável. Temos tido a ambição de fazer muito com pouco dinheiro, apesar de um orçamento reduzido para os nossos desejos. Não se trata de milagre, mas tão só de contas certas e transparência.
J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia?
PUF-A nossa mensagem à população de Milheirós de Poiares, é que continue a participar activamente na vida da Autarquia. Seja nas Assembleias de Freguesia, seja nos actos eleitorais que dão cimento à Democracia, quer nas iniciativas promovidas pela Junta de freguesia, quer pelo dinâmico movimento associativo que muito prestigia a nossa terra.
J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
PUF-Consideramos muito importante o trabalho desenvolvido pelo Jornal das Autarquias.Gostariamos que um próximo inquérito fosse feito pessoalmente na nossa freguesia para melhor a poderem conhecer.