Wilson Teixeira
J.A.- O turismo e o sector primário são valorizados nessa autarquia?
P.J.-É claro que numa freguesia do interior é a agricultura a principal actividade desenvolvida, estando na base da vida dessas populações. O sector primário tem um peso preponderante na economia das famílias residentes na freguesia, seguindo-lhe a construção civil.
No que ao turismo diz respeito, Ferreirim tem um monumento extraordinário, que merece ser visitado – O Convento de Santo António, sem deixar de salientar que toda a freguesia é vasta em monumentos a visitar.
A integração, em 2009, do Convento no Projeto Vale do Varosa, juntamente com mais dois monumentos (Mosteiro de São João de Tarouca e Mosteiro de Santa Maria de Salzedas), possibilitou a recuperação da área conventual remanescente, onde foi instalado o Centro Interpretativo do convento, aberto ao público desde julho de 2016.
J.A-As medidas já tomadas pelo Governo contra a violência doméstica, serão suficientes para atenuar esse flagelo?
P.J.-Tenho consciência que este flagelo existe e que é transversal a toda a sociedade.
Infelizmente, ainda existe um isolamento e um receio da denúncia.
A violência doméstica exige, mais do que nunca, respostas rápidas e eficazes e todas as medidas adotadas que visem a proteção das vítimas e a punição do agressor, são sempre de louvar.
Nesta área, ainda há muito a fazer…
J.A.-Como encara a violência nas escolas?
P.J.-Infelizmente é um flagelo que tem vindo a aumentar a nível nacional, sendo que na nossa Freguesia, no Centro Escolar do Sudeste, com alunos até ao 4º ano, este problema não se verifica.
Estamos atentos, mas a primeira palavra, para a prevenção da violência terá de ser sempre, sem qualquer dúvida, da família.
J.A.- Existem cada vez mais maus tratos, tanto em adultos como em crianças, incluindo violações. Quer falar sobre o assunto?
P.J.-É sem dúvida, este, um assunto bastante frágil. Cabe a cada um de nós, denunciar e ter confiança nas autoridades competentes.
J.A.- Que recursos financeiros necessitam as populações mais enfraquecidas (a vários níveis) nessa autarquia?
P.J.-Sendo Ferreirim uma freguesia pequena, onde todos se conhecem, há sempre alguém a ajudar com um alimento vindo da agricultura. A questão impõe-se quando falamos de habitação e aí existem, muito poucas felizmente, famílias a necessitar da ajuda.
J.A.- Como reagiu essa autarquia com a chegada de imigrantes, quais as medidas que foram tomadas. Temos verificado, cada vez mais, o aumento da imigração! Como reage às más condições, de trabalho e sustentação, que os mesmos estão ser tratados?
P.J.-À nossa freguesia têm chegado pessoas, sexo masculino à procura de habitação e conseguem através do aluguer, alojamento. Geralmente quando aqui chegam já possuem um contrato de trabalho, que acredito ser digno.
J.A.- O que pensa sobre as medidas que o Governo quer implementar sobre o parque da habitação?
P.J.-Quanto ao Governo, não possuo elementos suficientes para me pronunciar, mas posso informar que o município de Lamego está empenhado e com isso a nossa junta terá benefícios. Acredito ser possível, brevemente, dar uma habitação digna a quem a não tem. Iremos unir esforços para isso. A construção de habitação social na freguesia poderá ser uma realidade.
J.A.- Os preços dos bens alimentares, cada vez estão mais caros. Acha que as medidas tomadas pelo Governo são suficientes?
P.J.-As medidas do Governo devem ser bem mais assertivas e eficazes O cabaz de produtos sem IVA não produz qualquer efeito prático. Deverão ser postas em prática outros mecanismos de apoio quer a famílias numerosas, quer aos mais vulneráveis seja pela idade e/ou desemprego.
J.A.- Que medidas pensa tomar durante o seu mandato?
P.J.-Todas as medidas a tomar por este executivo, serão medidas com vista ao melhor para a freguesia. Existem medidas que serão difíceis de aplicar devido à sua complexidade, mas bem ponderadas levarão Ferreirim ao progresso.
J.A.- Com a chegada das temperaturas elevadas, quais as medidas que foram tomadas para precaver o flagelo dos incêndios?
P.J.-Ferreirim é uma freguesia com bastante pinhal. A limpeza frequente dos caminhos públicos, com a limpeza dos pinhais é fundamental.
J.A.- Que problemas mais prementes necessitam de intervenção rápida nessa autarquia?
P.J.-Nesta freguesia, como provavelmente em tantas outras, existem défices a vários pontos.
Mas saliento a pavimentação, manutenção e conservação de estradas, caminhos e ruas – que já estamos a levar a executar; A conclusão, conservação e funcionamento eficiente da rede de saneamento básico e a implementação de uma rede de transportes públicos com horários mais regulares.
J.A.-Como está a situação financeira da autarquia neste mandato?
P.J.-Mentiria se afirmasse que a situação financeira desta freguesia é saudável.
Desde a minha tomada de posse, como presidente, facultei sempre os valores da dívida. Não omito a realidade. Existem dívidas que asfixiam esta junta e que poderão retardar a elaboração de algumas melhorias na freguesia, no entanto, estamos a trabalhar no sentido de minimizar os transtornos que daí poderão surgir.
De salientar que neste mandato já diminuímos consideravelmente essa dívida, sem acrescentar um cêntimo. Todas os nossos fornecedores estão a ser liquidados nos prazos acordados.
A atitude construtiva ou destrutiva da Assembleia de Freguesia, será preponderante para a evolução da freguesia.
J.A.-Que mensagem quer transmitir à população da sua autarquia?
P.J.-A principal mensagem é de esperança e confiança no futuro e na nossa capacidade coletiva para melhorar-nos a freguesia.
Ferreirim tem futuro, daí que ninguém tenha receio de viver e investir nesta freguesia.
Seremos uma junta aberta e de proximidade e, na área da sua competência, dará o seu contributo para minimizar problemas e potenciar soluções.
J.A.- O Jornal das Autarquias existe desde 2007! Quer deixar-nos a sua opinião sobre o trabalho do mesmo?
P.J.-Agradeço ao Jornal das Autarquias, a oportunidade que dá ao poder local de transmitir abertamente a sua dedicação à causa pública.
Que continue a divulgar e a valorizar o trabalho realizado, porque é o poder local, o poder mais próximo do cidadão.