Cultura Beja |
Aljustrel |
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O Castelo de Aljustrel
Actualmente em ruínas, subsiste apenas a Igreja de Nossa Senhora do Castelo. A pesquisa arqueológica indica que ocupação humana do sítio do Castelo de Aljustrel remonta à pré-história (c. 5.000 anos AP), durante a Idade do Cobre. Adquiriu importância à época da Invasão romana da Península Ibérica, graças à exploração dos minérios de cobre, prata e ouro na região, cujo centro era a povoação de Vipasca. Posteriormente, quando da ocupação Muçulmana, a povoação existente recebeu o nome de Al-lustre, sendo defendida, a partir do século X por uma fortificação erguida em taipa. À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a povoação e seu castelo foram conquistados pelos cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada, sob o comando de D. Paio Peres Correia (1234). Como reconhecimento pelos serviços prestados dilatando e defendendo as fronteiras ao sul do país, o rei D. Sancho II (1223-1248) fez a doação dos territórios dos actuais Concelhos de Aljustrel, Beja, Ferreira do Alentejo, Castro Verde, Odemira, Ourique e Santiago do Cacém aquela Ordem de Cavalaria. O seu sucessor, D. Afonso III (1248-1279) outorgou Carta de Foral a Aljustrel (1252), confirmado por D. Manuel (1495-1521) (Foral Novo, 1510). No século XIX, com a reestruturação dos Concelhos (1855), Aljustrel absorveu o antigo Concelho de Messejana. |
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Senhora do Castelo
Trata-se de uma elevação dominante, encimada pela ermida de N. Sra. do Castelo que já foi, segundo tudo indica, mesquita pois tinha, originalment e, planta quadrangular. Esta ermida encontra-se normalmente aberta. |
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Ermida de Santa Maria do Castelo
Vem referida na visitação da Ordem de Santiago de 1482, sendo a sua denominação alterada, a partir de 1510, para Nossa Senhora do Castelo. Desde sempre, esta ermida esteve ligada à fé das populações do concelho, a ela se associando vários milagres e lendas |
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Minas
Património de arqueologia industrial ligado à exploração mineira, constituído pelas infraestruturas e equipamentos mineiros dos sécs. XIX e XX |
Almodovar |
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Igreja Matriz de Almodôvar
A escolha de Santo Ildefonso (monge e abade do mosteiro beneditino de Toledo, e depois bispo da mesma cidade, que viveu no século VII) como padroeiro da paróquia de Almodôvar constitui um interessante reflexo da presença da espiritualidade monástico - militar no Baixo Alentejo, difundida pelos freires da Ordem de Avis que seguia a Regra de São Bento. Porém, a primitiva igreja matriz desta vila, pertencente em tempos ao padroado real, foi doada por D. Dinis, no ano de 1297, à Ordem de Santiago. Esta teve aqui uma das suas colegiadas, formada por um prior e três beneficiados. O templo actual, traçado em 1592 pelo arquitecto Nicolau de Frias, constitui um exemplo muito elaborado da tipologia de “igreja-salão”, com três naves de quatro tramos cobertas de abóbadas, revelando grande sentido de unidade espacial. O desenho rigoroso da lanimetria, o ritmo da composição dos alçados e a própria atenção conferida ao tratamento dos pormenores, como as seis colunas toscanas em que assentam as arcarias de vulto perfeito, são bem reveladores do sentido de depuração classicizante atingida por este modelo nos finais do século XVI, em consonância com a austeridade da Contra-Reforma. D. João V determinou uma remodelação parcial do edifício, assim descrita em 1747 pelo Padre Luís Cardoso: “porque a capela-mor se achava arruinada, e por sua pequenez fica imperfeito o edifício da igreja, que é o maior templo desta comarca, foi Sua Majestade servido mandar pelo Tribunal da Mesa da Consciência, e Ordens, se derrubasse, e se fizesse regular ao restante da igreja, e se acrescentasse tribuna, que de presente se anda fazendo”. Estas obras vieram a ser completadas com a encomenda à oficina do entalhador eborense Sebastião de Abreu do Ó dos sumptuosos altares de talha dourada e policromada da nave, cuja riqueza denota pujança das diversas confrarias e irmandades da matriz. Nos séculos XIX e XX realizaram-se outras intervenções de vulto que modificaram substancialmente a fábrica maneirista, a última das quais teve lugar na década de 1950. Data de então o painel de Severo Portela, representando o Baptismo de Cristo no Jordão, que ornamenta o baptistério. |
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Igreja da Misericórdia Capelinha do Sr. do Calvário - Praça da República
Notável templo, erguido na Praça da República, o altar-mor é em talha dourada e, sobre a parede do mesmo altar, está pintado o escudo real. As paredes são revestidas de estuque e pintadas com temas decorativos, constituídos por flores enquadradas por cercaduras coloridas. Na face lateral do templo, voltada para a Praça da República, está uma capela dedicada ao Senhor do Calvário, de grandes e antigas tradições, restaurado por Severo Portela Interessante também o imponente pórtico voltado para a Praça da República. |
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Ermida de Santo António
Edifício do Séc. XVII , constituído por uma capela e o respectivo alpendre rasgado por arcos. Cobertura de duas águas sobre a nave e alpendre, o edifício foi alvo de restauro em 1986 pela DGEMN, tendo nessa altura sido substituídos os arcos transversais quebrados que apoiavam o telhado, tipo de apoio que se mantêm no alpendre. Existem no seu interior restos de frescos nas paredes. |
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Ponte da Ribeira de Cobres (Medieval) |
Alvito |
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Castelo de Alvito
Construído no fim do século XV, o Castelo da Vila de Alvito, terá sido edificado por ordem de D. Diogo Lobo da Silveira, barão do Alvito, no reinado D. João II,... É um magnífico exemplar da arquitectura doméstica manuelina, já que antes das obras que o transformaram em Pousada, era o único palácio senhorial que se mantinha intacto desde há cinco séculos. Foi residência de 16 famílias de Barões, até 1917. |
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Igreja Matriz
Construída por volta do século XVI, a Igreja Matriz de Alvito apresenta aspectos dos estilos gótico e manuelino. De planta em forma de cruz latina, o seu exterior é coroado por corochéus e ameias que lhe dão um aspecto severo. O portal com arco em ogiva é do estilo gótico, enquanto as gárgulas são medievais. Possui três naves no interior, destacando-se a nave central, situada num plano mais elevado. No altar-mor, a talha barroca evidencia as colunas ornamentais. As paredes são revestidas com azulejos do século XVII |
Barrancos |
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Castelo de Noudar – Barrancos
Noudar terá sido, até à conquista portuguesa, uma fortificação simples, eventualmente uma torre, que na época de domínio árabe, fazia o controle da estrada de ligação a Beja. Com a reconquista cristã desta região, por volta de 1167, pelas forças comandadas pelo lendário, Gonçalo Mendes da Maia, «o Lidador», é pela mão do rei D. Dinis, já por volta de 1300, que a Vila de Noudar recebe foral e é doada à Ordem de Avis, com a condição construir o castelo, que terá sido concluído em 1308. Esta fortaleza chegou a ter um forte dispositivo de defesa, referenciado na época de D. Manuel I, com a existência de barbacãs circundando o castelo, estruturas característica da arquitectura militar do século XV, e essa importância poderá perceber-se, face às guerras com Espanha. A Vila e o seu castelo mantiveram-se ocupadas por tropas espanholas depois Guerra da Restauração da independência portuguesa, até 1707, sendo a sua restituição à coroa portuguesa firmada no, Tratado de Utrecht, em 6 de Fevereiro de 1715. O castelo está ligado a uma lenda, que diz existir nele uma moura encantada, esta moura terá a forma de uma serpente que apresenta uma trança enrolada na cabeça e a sua observação só é possível à noite |
Beja |
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Nossa Senhora da Luz-Albernoa
(também invocada sob os nomes de Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora das Candeias ou ainda Nossa Senhora da Purificação) é um dos muitos títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria! A origem da devoção à Senhora da Luz tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se. Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia dito: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo» (Lucas, 2, 29-33). |
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Museu Rainha Dona Leonor ou Museu Regional de Beja
É um museu em Beja, Portugal, instalado no Convento da Conceição. O Convento foi fundado em 1459, pelo Infante D. Fernando, irmão de D. Afonso V, e por sua mulher, a Infanta D. Beatriz. Este convento era bastante amplo, mas muito tempo depois sofreu a demolição de uma parte. Hoje o museu tem vários espaços principais para visitar: o Coro Baixo, a Igreja, a Sala dos Brasões, as 4 quadras (Corredores) do Claustro, as 2 saletas e as 3 salas com bonitas pinturas, a Sala do Capítulo (incluindo o pequeno oratório no fundo da sala que interrompe o único corredor de comunicação entre as salas que têm pinturas). |
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Arco romano de Beja
Também conhecido como Porta de Évora é um Monumento Nacional localizado no concelho de Beja, na freguesia de Santa Maria da Feira. Pensa-se que o arco romano de Beja terá sido construído entre os séculos III e IV d.C., juntamente com as restantes muralhas da então Pax Julia. O Arco fica situado entre um dos troços da amurada que envolvia Beja e uma das torres que ladeiam a muralha do Castelo de Beja, tendo como principal funcionalidade dar acesso à barbacã que rodeia a torre de menagem, localizada a oeste deste mesmo local. |
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O Castelo medieval
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, foi inicialmente conquistada pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1159, para ser abandonada quatro meses mais tarde. Foi reconquistada de surpresa, por uma expedição de populares idos de Santarém, em princípio de Dezembro de 1162. Nos anos que se seguiram, posteriormente à derrota daquele soberano no cerco de Badajoz (1169), o cavaleiro Gonçalo Mendes da Maia - o Lidador, já nonagenário, perdeu a vida na defesa das muralhas de Beja. Diante da falta de informações sobre o período posterior a essa data, os estudiosos acreditam que a grande ofensiva almóada de Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur (1191) até ao rio Tejo, após ter reconquistado Silves, compreendeu também a reconquista de Beja, permanecendo em poder dos cristãos apenas Évora, em todo o Alentejo. Supõe-se ainda que a povoação teria retornado a mãos portuguesas apenas entre 1232 e 1234, época em que as vizinhas Moura, Serpa e Aljustrel, documentadamente, retornaram. |
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O Pelourinho de Beja
Assenta em três degraus octogonais (que primitivamente eram quatro e de forma quadrada), que por sua vez se encontram sobre uma placa circular. Fuste tronco-piramidal torso decorado por discos, palmetas, rosetas e anel, é encimado por um capitel também torso e rematado por esfera armilar e Cruz de Cristo em ferro. Nos Costumes de Beja, vem escrito: «Os almotacés maiores, deviam fazer justiça, a qual consista em pôr o delinquente no pelourinho e obriga-lo a contar, lá de cima, os cinco soldos para o concelho, conservando-se entretanto ali». Erguido depois da concessão do foral novo, o pelourinho foi, no início do século XIX, transferido para a Praça de D. Manuel (actual Praça da República), sendo provável que estivesse anteriormente colocado no terreiro dos Paços do Concelho, acabando por ser desmontado no mesmo século, em data desconhecida. Um percurso atribulado que culminou, nesta época, com o desaparecimento dos seus elementos arquitectónicos, à excepção do capitel, do remate e de parte do fuste. |
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Janela Manuelina
A janela manuelina da Rua Afonso Costa (ou Rua das Lojas) trata-se de um dos melhores exemplos deste estilo existente em Beja. A janela originalmente pertenceu a um edifício nobre que, infelizmente, foi destruído, sendo posteriormente colocada na actual casa. |
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Igreja de Santa Maria
É uma das mais antigas igrejas de Beja e, segundo alguns autores, terá funcionado primitivamente como mesquita. Trata-se de um dos melhores exemplo do gótico alentejano. Preserva a estrutura gótica da ábside, sendo de realçar, ainda, a galilé, os altares barrocos e a "Árvore da Vida", representada numa capela lateral. |
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Museu Regional de Beja/Convento de Nossa Senhora da Conceição
O Convento de Nossa Senhora da Conceição foi concluído por ordem dos primeiros duques de Beja, D. Fernando e D. Brites, pais da Rainha D. Leonor e do Rei D. Manuel. Sob o protectorado destes nobres foi um dos mais ricos conventos do Sul do país. Nos finais do século XIX e inícios do século XX, a cidade de Beja foi palco de grandes destruições patrimoniais; deste antigo convento sobreviveu apenas a igreja, o claustro, a sala do capítulo e divisões adjacentes. Presentemente encontra-se ali instalado o núcleo central do Museu Regional de Beja (Museu Rainha D. Leonor) cujo espólio é composto por importantes colecções, destacando-se as de ajulejaria, arte sacra, pintura e arqueologia. |
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Janela de Mariana Alcoforado
O Convento de Nossa Senhora da Conceição foi cenário da grande paixão de Mariana Alcoforado, a presumível autora das "Lettres Portugaises". Pode visitar-se, no Museu Regional de Beja (convento de Nossa Senhora da Conceição) a famosa janela referenciada numa das suas cartas, através da qual sentiu, pela primeira vez, os efeitos da sua paixão avassaladora, pelo cavaleiro Noel Bouton, mais conhecido como Marquês de Chamilly. |
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Pousada de São Francisco
Situa-se na cidade de Beja e resulta da recuperação do antigo Convento de São Francisco. Integra a rede Pousadas de Portugal com a classificação de Pousada Histórica |
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Villa romana de Pisões
Sítio arqueológico da villa romana de Pisões situa-se na Herdade da Almagrassa, a cerca de 10 Km a Sudoeste da cidade de Beja. Foi descoberto em 1967, durante trabalhos agrícolas, iniciando-se de imediato a sua investigação arqueológica. Em 1970 foi classificado como Imóvel de Interesse Público Ocupada no período romano entre os séculos I a.C. e IV d.C., encontra-se hoje parcialmente escavada, nomeadamente uma parte significativa da casa dos proprietários, apresentando mais de quarenta divisões centradas num peristilo, ricamente decoradas e onde se destacam os mosaicos. Indissociável do conjunto de estruturas da villa é a barragem de Pisões, situada a cerca de 200m, e cuja principal finalidade seria o abastecimento de água para alimentação dos seus tanques, piscina e termas, de dimensões apreciáveis. |
Cuba |
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Igreja e Recolhimento do Carmo / Antigo Hospital
séc. XVII-XVII Situa-se no largo do Carmo/ Largo S. João de Deus, na Vila de Cuba. Construída entre 1652-54 – recolhimento de mulheres da Ordem de St. ª Teresa. Foram seus fundadores Pedro Fialho e sua Mulher Maria Lopes, Irmãos de Nossa Senhora do Carmo, cuja imagem mandaram fazer em Lisboa por volta de 1650. O convento é um edifício do séc. XVIII . A construção desenvolve-se em torno de um pátio rectangular, o claustro de arcaria redonda sustentada por pilares e mísulas, onde se abrem ao nível do primeiro andar. Janelas de peito guilhotina. |
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Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição -Vila Ruiva
Foi um dos primeiros edifícios a ser construído, tal como o cemitério, onde se encontraram várias estelas discóides. Toda a vila cresceu tendo a Igreja Matriz e o Cemitério como ponto central. Há ainda referência ao castelo e às suas muralhas em diversos documentos. Junto à Igreja Matriz encontramos a Igreja da Misericórdia, onde se crê ter funcionado o hospital. Na Igreja de N. S. da Conceição podemos admirar os magníficos frescos que datam dos secs. XIV, XV e XVI. A Igreja, só por si, já merece uma visita. O edifício tem uma estrutura gótica, com interior em estilo Manuelino. Com uma localização privilegiada, no cimo de um monte, o visitante tem uma panorâmica magnifíca sobre a aldeia e arredores. Para os curiosos a vila tem muito mais para oferecer. |
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Ermida da N. Senhora da Represa
Situa-se no cruzamento da EN 128, estrada Cuba – Vila Ruiva, a 2 Km. da povoação situa-se a branca e pitoresca Ermida de S. Caetano embora conhecida por N. Senhora da Represa. Conta a história que apareceu pelos lados da Ermida um peregrino a pediu abrigo à ermitoa, no entanto, esta negou-lhe abrigo e ao que este lhe disse apenas que venerasse um painel de S. Caetano que ele deixara na ermida, pois era muito milagroso. A mulher encontrou de facto uma imagem de S. Caetano na ermida e arrependida por não lhe ter dado abrigo, saiu a procurá-lo mas já não o encontrou em parte alguma. À mesma hora na Igreja Matriz de Vila Ruiva, o Prior que se encontrava a rezar avistou um peregrino e quando este se voltou para o cumprimentar, não conseguiu encontrá-lo. Chegou-se à conclusão que terá sido o próprio S. Caetano que ali tinha deixado a sua imagem para que o povo a venerasse. |
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Albergaria dos Fusos
Albergaria dos Fusos é a pequena aldeia do concelho de Cuba, tem como Padroeira N. Sra. do Outeiro. Está situada numa pequena elevação. Em tempos existiu aqui uma pequena indústria de linho, à qual, talvez, se deva o nome da aldeia. No ano de 1920 a pequena aldeia tinha 39 habitantes e em 1970 tinha 243 habitantes. A aldeia era propriedade do Convento de St: Clara de Beja, e mais tarde, em 1503, foi vendida por D. Violante de Moura, a Madre Superiora do convento, ao primeiro Conde de Tentúgal. |
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Barragem de Albergaria dos Fusos
Situa-se a aproximadamente a 5 km do Lugar de Albergaria dos Fusos, a 20 Km da Vila de Cuba. A Barragem de Albergaria dos Fusos - conhecida por Barragem do Alvito é uma óptima zona para desportos de água e óptimo lugar de lazer |
Ferreira do
Alentejo
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Igreja da Misericórdia
Exibe um importante Portal Manuelino e um belo retábulo maneirista que hoje se guarda no Museu Municipal, sediado a menos de 20 metros, na rua onde nasceu o grande intelectual e político do Século XIX, Júlio Marques de Vilhena. |
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Capela do Calvário ou de Santa Maria Madalena ou igreja das pedras
Trata-se de um pequeno edifício de arquitectura sui generis cuja localização originária se situava na Rua do Calvário, a sul da vila. O templete, considerado o ex-libris da vila de Ferreira do Alentejo foi, em finais do século XIX, apeado e reconstruído no sítio onde hoje se ergue, ou seja, no inicio da Av. Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Trata-se de uma construção de planta cilíndrica e, por todo o cilindro, mas sobretudo na cobertura, pululam dezenas de pedrinhas, cravadas ao natural, que assinalam a versão bíblica do lançamento de pedregulhos pelo povo hebreu ao Salvador, durante a via sacra e o caminho do calvário. |
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Ponte Romana de Alfundão
Situada numa das mais antigas freguesias do Alentejo, Alfundão, esta antiga Ponte e calçada marcam a importância que o povoamento Romano auferiu à região. Sem grandes confirmações oficiais, o Povo chama a esta edificação “Ponte Romana”, podendo contudo ter sido edificada posteriormente aos tempos de ocupação Romana, mas construída com materiais dela contemporâneos ou sobre uma anterior edificação. De facto, o próprio topónimo da freguesia está associado à presença romana no lugar, derivando da palavra latina “Fundana”, uma família da época, tendo provavelmente a ocupação Árabe do território acrescentado “al”. |
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Barragem de Odivelas
Situado no Baixo Alentejo, numa zona em que a planície começa a registar pequenas ondulações, o concelho de Ferreira do Alentejo tem uma história muito antiga, como demonstram os vestígios encontrados de civilizações como a romana e visigótica. |
Mértola |
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Pulo do Lobo
Pouco depois de entrar no Concelho de Mértola o Guadiana vê as suas águas apertadas, onde as rochas quartzíticas determinaram um desnível com cerca de 14 m de altura. Local de lendas e de estórias de contrabando o pulo do lobo é um dos locais mais bonitos do vale do Guadiana. Em épocas de cheias este desnível é reduzido permitindo que várias espécies piscícolas subam a montante para desovar |
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Moinho do Alferes
Junto à ribeira do Vascão, afluente do Guadiana encontra-se o secular moinho do Alferes, que esteve em funcionamento até à década de sessenta, data em que estes engenhos foram substituídos por moagens de maior dimensão. Localizado numa área de grande riqueza ambiental e paisagística, o moinho foi recuperado e é actualmente utilizado pela Associação de Defesa do Património de Mértola para actividades de sensibilização ambiental. |
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Torre Couraça
Edificada em época romana, a Torre Couraça tem ao longo dos séculos resistido a muitas cheias do Guadiana. Esta edificação permitiu aos habitantes de Mértola o acesso à água e a defesa do porto em períodos de guerra. Está classificado como monumento nacional desde 1910 |
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Castelo de Mértola
Assente em estruturas muito antigas o Castelo de Mértola foi edificado já em época cristã, tendo ao longo da História sido alvo de muitas transformações e obras de recuperação. A Torre de Menagem construída em 1292 por ordem de Dom João Fernandes, Mestre da Ordem de Santiago, alberga um núcleo museológico e é um local privilegiado para observação da vila e do território envolvente. |
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Passeios no Guadiana
O vendaval, embarcação propriedade da Autarquia, é uma antiga traineira que deixou as lides da pesca há alguns anos e passou a transportar dezenas de turistas pelas águas calmas do Guadiana. Nos cerca de 60 Km que Mértola dista da foz do rio, em Vila Real de Santo António, o Vendaval faz diversas paragens no seu percurso. Quando a maré o permite, o barco navega até Mértola; quando assim não é possível, o seu porto de abrigo é o Pomãrão, local a partir do qual, para Sul, o rio passa a delimitar a fronteira. Já em águas internacionais, o Vendaval tem como pontos de passagem as vilas de Alcoutim e San Lúcar del Guadiana (esta no lado espanhol), Guerreiros do Rio, Foz d Odeleite e Vila Real de Santo António. O vendaval tem capacidade para vinte passageiros e demora cinco horas a fazer este percurso. |
Moura |
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A
Barragem de Alqueva
é a maior barragem portuguesa, situada no rio Guadiana, no Alentejo interior, perto da aldeia de Alqueva. Possui uma altura de 96 m acima da fundação e um comprimento de coroamento de 458 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 240 MW. A albufeira atinge, à cota máxima, os 250 km², sendo o maior lago artificial da Europa. Foi construída com o objectivo de regadio para toda a zona do Alentejo e produção de energia eléctrica, para além de outras actividades complementares. |
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O
Castelo de Moura
Encontra-se implantado na zona mais alta da Cidade, em posição inter-fluvial. Edificado sobre um castro pré-romano, numa zona intensamente ocupada pelo homem, constitui um importante repositório da História de Moura. Detendo a classificação de Imóvel de Interesse Público, esta fortificação integra no seu recinto torres circulares e quadradas. Do período Islâmico chegou até nós uma torre de taipa sobranceira ao edifício da Biblioteca Municipal, que terá sido construída no século XI ou XII. Dessa época é também a lápide que comemora a edificação de uma torre, mandada fazer por Almutadide Billahi, chefe de uma taifa em meados do século XI. |
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Termas de Moura
O estabelecimento termal localiza-se na entrada do Jardim do Dr. Santiago, servindo de portaria a este jardim municipal. Consta de dois edifícios idênticos, com frentes em varandim corrido. Só se encontra aberto o banho do lado esquerdo, outrora destinado ao sexo feminino, com cinco quartos de banho (de belas banheiras em mármore), servindo um deles para banhos de higiene. O Chafariz das Três Bicas é uma bela obra barroca em mármore, coroada pelas armas de D. João V, sobre o qual se ergue a varanda do antigo palácio, actual biblioteca municipal. |
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Igreja e Ex Convento do Carmo
Não existe a menor dúvida de que a primeira fundação carmelita em terras portuguesas se realizou em Moura, no ano de 1250. Menos certa, é contudo a responsabilidade da fundação do Convento do Carmo, que muitos historiadores atribuem ao infante D. Afonso de La Cerda (fundador de mais dois conventos, um em Gibraleon e outro em Requena).Desde a sua fundação, este convento beneficiou de numerosos privilégios reais e era tal a devoção dos habitantes da Vila e arredores que, já no séc. XVI, temos bens de famílias importantes a serem doados ao convento, por vontade testamentária. De referir a título de exemplo a doação efectuada por Afonso Gonçález, cónego de Badajoz, em 1428, de todos os bens que o mesmo tinha em Moura (com obrigações de missas e sufrágios). |
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Ponte Romana
Existe uma ponte romana bastante degradada no rio Ardila, a umas dezenas de metros da ponte que liga Amareleja a Barrancos e pensa-se que permitia o acesso a Noudar. Pelas suas características e pouca largura, tudo aponta para uma passagem pedonal. |
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Moinhos
De arquitectura de produção, período moderno, outrora trabalhavam de Sol a Sol, hoje jogados ao abandono encontram-se em avançado estado de degradação. Contam-se ao longo do Rio Ardila vários moinhos também chamados azenhas o da (Vaca, Serralhão, Novo, Santa Marina, Caveira, Volta, Viegas, Figueira e Doutores). Os moleiros recebiam as sementes que transformavam em farinha, e depois em cada lar era transformada em pão, pão que na altura era a base da alimentação de muitas famílias, que pouco mais tinham para comer, estes para além da sua actividade cerealífera, ocupavam-se também com a pesca, semeavam algumas varzeas e tinham im barco que utilizavam para transportar pessoas e carga para a outra margem |
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Igreja Paroquial de Safara
A igreja apesar de ter sido construída, em parte, nos auspícios do reinado de D. Manuel I, não apresenta sob o aspecto arquitectónico o rico estilo manuelino, pois apenas as colunas que formam as naves (uma central e duas laterais) são daquele estilo. A sua frente é de 13 m. por 27 de fundo e encontra-se situada numa praça ao centro da povoação. Na entrada principal, e de cada lado da porta, há uma coluna pertencente à obra arquitectónica "composita", junção feita pelos romanos às obras arquitectónicas dórica e coríntia dos gregos. Estas colunas, assim como o valioso tímpano que suportam, são feitas de pedra mármore. A igreja, interiormente, fechada em arcos góticos, soalhada de ladrilhos tijolados e com os altares em obra de talha, parece desafiar os séculos |
Odemira |

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Necrópole do Pardieiro
É uma necrópole da Idade do Ferro que se localiza junto da estrada que liga S. Martinho das Amoreiras a Corte Malhão.O achado ocorreu em 1971 tendo sido as escavações arqueológicas dirigidas pelos Dr. Caetano de Mello Beirão e Virgílio Hipólito Correia. As estruturas descobertas são constituídas por onze monumentos funerários de planta sub-rectangular, todos justapostos. Estes monumentos funerários, em pedra seca cobriam as sepulturas constituídas por fossas escavadas nos xistos da base, cobertas com grandes lajes, por vezes aparelhadas e decoradas. A identificação deste sítio arqueológico foi realizada na sequência do achado de uma estela epigrafada com a escrita da primeira Idade do Ferro do Sudoeste Peninsular que pode ser vista no Museu da Escrita do Sudoeste em Almodôvar. |
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Forte de S. Clemente
Protector da povoação de Odemira, que tinha em Vila Nova de Milfontes o seu posto avançado contra a pirataria, aparece como um dos mais emblemáticos do concelho. |
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Ponte de Santa Clara
Construída no séc. XVIII é conhecida localmente como ponte romana por se situar perto de uma via romana que ligaria Beja ao Algarve e cujos vestígios perduram ainda. Em meados do séc. XX uma intervenção provocou uma derrocada parcial desta ponte. Em 1996 foi aberto o processo de instrução de classificação desta ponte pelo IPPAR. Foi intervencionada em 2005 através do Programa de Recuperação de Pontes Históricas do Alentejo, com o apoio do POC (Programa Operacional de Cultura), tendo sido alvo de obras de consolidação. |
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Ermida de Nossa Senhora do Carmo
É uma das três ermidas da área rural envolvente da Vila de Colos. Será provavelmente a mais antiga. O seu nome primitivo era Nossa Senhora da Afincerna, nome da actual herdade onde está situada e pelo qual é ainda hoje conhecida. Foi mandada erigir por Cristovão Correia da Ordem de Santiago, tendo sido concluída em 1518. O templo é constituído por três áreas distintas: de culto, de habitação e serviços e o alpendre tendo vivido nela quatro frades. Ainda na Segunda metade do séc. XVI recebeu obras conforme indica o retábulo maneirista do altar, tendo desaparecido as pinturas murais da decoração inicial |
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Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A sua construção data provavelmente do séc. XVI, sendo que o altar de talha dourada e policromada, bem como a fachada principal são já do séc. XVIII A última intervenção de recuperação do edifício ocorreu em 1980. É um exemplar de arquitectura religiosa de tipologia manuelina, barroca, vernácula que pertenceu à Ordem de Santiago |
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Porto de Pesca do Portinho do Canal
Vila Nova de Milfontes, desde há muito conhecida como “A princesa do Alentejo”.A Vila Nova de Milfontes é apenas surpresa para quem não a conhece. Sobretudo se chegar à vila vindo de Sul, passando pela ponte sobre o rio, contemplando a partir daí o estuário do rio Mira. |
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Praia do Malhão / Aivados
Malhão – É uma das praias favoritas de muitos turistas que passam férias em Vila Nova de Milfontes. Localiza-se a cerca de 5 km a norte desta vila e beneficia de um parque de campismo, nas proximidades. É uma praia vigiada e com óptimas condições para a prática de surf e bodyboard |
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Praia da Zambujeira do Mar
Recortada numa alta falésia é um dos destinos turísticos mais procurados da zona. Tal como todas as outras, é ladeada por pequenas praias, tanto a norte como a sul, constituindo óptimos refúgios para quem quiser evitar a agitação das praias principais e desfrutar de momentos de verdadeira descontracção e contacto com a natureza no seu estado mais puro. É uma praia vigiada, com boas condições para a prática de surf e bodyboard. |
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Praia dos Alteirinhos
Esta praia situa-se a Sul de Zambujeira do Mar e é Recortada numa alta falésia. Trata-se de uma praia de grande beleza natural dada a forma das rochas envolventes. Tal como todas as outras constitui um óptimo refúgio para quem procura a tranquilidade. A praia dos Alteirinhos é a única praia classificada como zona naturista do concelho de Odemira. |
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Praia das Furnas
Localiza-se na margem sul do Mira, tendo como cenário de fundo as praias da Franquia e do Farol e parte de vila de Milfontes. Tem uma frente de mar e outra de rio, junto à foz do Mira, onde o areal é mais largo. A partir de Milfontes são dois os possíveis itinerários para lá chegar: pela ponte ou por intermédio de uma embarcação que, durante os meses de Verão, assegura a ligação entre as duas margens do rio. É uma praia concessionada, sendo a vigilância da sua competência. |
Ourique |
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Castelo de Ourique
A edificação do castelo de ourique, estrutura militar lendária e que ainda hoje preenche memórias, deve-se aos muçulmanos. Este castelo terá, com toda a probabilidade, alternado várias vezes entre o crescente e a cruz, consoante a sorte de armas. Nos tempos da reconquista teria um papel essencialmente de atalaia defensiva, tendo como guarda avançada o castro da cola. Uma das referências mais importantes ao castelo de ourique é feita pelo cronista árabe ahmed benmohmed arrazi que, no século x, se lhe refere como um dos mais fortes do termo de beja. |
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Circuito arqueológico do Castro da Cola
O Castro da Cola fica junto da ribeira do Marchicão e próximo do rio Mira, e começou a ser ocupado nos inícios da Idade do Bronze. Classificado como Monumento Nacional, o seu dispositivo defensivo completava-se por cercas muralhadas, das quais ainda existem vestígios. Integra-se no Circuito Arqueológico do Castro da Cola, constituído por vários monumentos megalíticos, povoados calcolíticos e necrópoles das Idades do Bronze e do Ferro. |
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Cerro do castelo/forte de Garvão
O Cerro do Castelo de Garvão teve ocupação humana pelo menos desde o Bronze final, tendo aí sido encontrados muitos vestígios de romanização e ocupação continuada durante o período árabe. A vila medieval desenvolveu-se nas suas encostas Sul e Este. Na vertente do lado nascente, foi encontrado um importante depósito secundário de oferendas e ex-votos, constituído na 2ª metade do séc. III a.C., certamente incluído numa estrutura de carácter religioso mais complexa. A existência de inúmeras placas oculadas em ouro e prata apontam para o culto de uma divindade com poderes profilácticos nas doenças de olhos; as peças utilitárias podem ter contido oferendas alimentares, as taças podem ter sido usadas para libações ou como queimadores ou lucernas. Este depósito votivo foi constituído numa fossa artificial talhada na rocha e foi intencionalmente coberto por grande número de peças fragmentadas misturadas com grandes blocos de quartzo e terra. Na base assentava uma caixa com um crânio humano com indícios de trepanação, rodeado por ossos de animais e fragmentos de cerâmica pisados. Sobre ela assentavam grandes vasos cerâmicos, cheios de outros recipientes menores alguns contendo pequenos objectos em cerâmica, ouro, prata, vidro, coralina e bronze; os espaços entre eles era ocupado por outros recipientes menores. |
Serpa |

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Museu Arqueológico
Em 1984, na sequência da actividade desenvolvida pelo núcleo de arqueologia do Centro de Cultura Popular de Serpa, o Museu Arqueológico foi instalado na antiga casa do governador da Praça, situada na alcáçova do Castelo. O projecto contou com a colaboração do arquitecto Mário Varela Gomes. O museu apresenta uma exposição permanente de materiais arqueológicos que abrangem um vasto período cronológico - do Paleolítico inferior à época islâmica -, oriundos, na sua maioria, da área geográfica do concelho. Relativamente ao Paleolítico, as peças em exposição são provenientes do Moinho do Catalão, da Casa da Barca, da Quinta de D. Luís, da Azenha do Correia, de Insua, do Moinho do Catalão, da Azenha dos Machados e do Terraço do Laço. A Idade dos Metais está representada com materiais oriundos de S. Brás I, do Moinho da Misericórdia e do Castelo de Serpa. As peças datadas do período romano foram encontradas na Torre Velha, na Cidade das Rosas, no Monte Branco, na Quinta de D. Luís, no Monte dos Alpendres e na cidade de Serpa. No que diz respeito aos materiais islâmicos, a sua proveniência situa-se na Cidade das Rosas e no Monte Zambujeiro. |
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Muralhas de Serpa
As muralhas de Serpa irrompem no meio de um outeiro, apresentando diversos estilos de arquitectura. Compõem-se actualmente de castelo e alcáçova com torre de menagem adossada, e muralhas reforçadas por torres e torreões. Dentro e fora das muralhas estende-se a povoação, a maior parte da qual ainda intramuros. O palácio dos Melos está assente sobre um de seus panos, assim como o aqueduto, cuja arcada se prolonga até à nora mourisca, que servia para abastecer de água o palácio. |
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Museu do Relógio
Na vila de Serpa encontra-se um original motivo de interesse: o museu do Relógio, único no seu género em toda a Península Ibérica. Instalado no belo edifício seiscentista que foi o convento do Mosteirinho, em dez salas primorosamente arranjadas podem ver-se cerca de 1600 relógios das mais famosas marcas. De bolso, de pulso ou de sala, algumas destas peças únicas contam o tempo há mais de 350 anos! Com apenas 3 relógios de bolso avariados que herdou dos seus avós, o fundador do museu foi dando corpo a esta notável colecção, fazendo voltar a pulsar, pela arte de dois Mestres relojoeiros, estas máquinas do tempo que agora se exibem aos visitantes. |
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Vila Nova de S. Bento - Igreja de S. Bento
A sua construção data de 1720 e prestigia muito esta localidade, visto ser um templo de uma só nave, mas de grande comprimento. Sobre a construção desta igreja conta-se a seguinte lenda: S. Bento esteve durante cem anos na Capela da Abóbada, mas devido à sua insistência em aparecer todas as manhãs em cima de uma amendoeira, construíram a igreja nesse dito lugar. O tronco da amendoeira ainda existe sob o altar de S. Bento. Nesta igreja existem valiosos quadros pintados a óleo. Existe um quadro no “Altar das Almas” que o povo diz representar uma alma de “olho” no mundo. Esta figura segue com o olhar qualquer pessoa que passe pelo quadro. |
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Cruzeiro
Cruz em pedra que dista aproximadamente 4 Km da povoação. Foi erguida por subscrição pública, no ano 1958, no local onde, desde tempos muito remotos havia uma cruz em madeira, chamada Cruz de S. Bento. Supõe-se que este lugar foi escolhido por daí se avistar a Igreja de S. Bento e ter sido, em tempos passados, um ponto de passagem utilizado por visitantes e comerciantes (contrabandistas), para orarem, pedindo protecção a S. Bento nas suas idas a Espanha, nomeadamente para Paymogo. É neste local que todos os anos, no dia 3 de Maio, por altura da Festa das Santas Cruzes, se realizam a missa campal e o arraial. |
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Évora |
Alandroal |
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Castelo de Alandroal
Por ordem de D. Dinis, Lourenço Afonso - 9º mestre da Ordem de S. Bento -, fundou este castelo. As obras terminaram em 1298, demorando apenas 4 anos. Na sua construção foram usados granito, mármore e xisto. A planta é oval, com um topo robustecido por três torres, situando-se a torre de menagem a poente da muralha. Fica no centro da vila do Alandroal, rodeado pelo casario, apresentando-se relativamente bem conservado. |
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Castelo de Terena
Cerca de dez quilómetros a Sul, a antiga sede do concelho, Terena, ergue-se no alto de um monte e as suas ruas estreitas e casario branco rodeiam o castelo e a Igreja Matriz. |
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Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova - Terena
Fica situado na freguesia de Terena (São Pedro), concelho de Alandroal, distrito e arquidiocese de Évora. Santuário é uma jóia da arquitectura religiosa do século XIV, templo-fortaleza de planta cruciforme, rara em Portugal, construído em forte cantaria granítica, coroado e ameias muçulmanas. Nas fachadas norte, sul e poente, abrem-se pórticos de arcos ogivais, góticos e estreitas frestas medievais, encimados por balcões defensivos, com matacães (por onde se jorravam líquidos a ferver, em caso de ataque), decorados com pedras de armas reais portuguesas. O conjunto da fachada principal é ainda enobrecido por singelo campanário, acrescentado no século XVIII. O templo era originalmente do padroado da Ordem de Avis, teve depois como donatários os Condes de Vila Nova |
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Fortaleza de Juromenha
Localiza-se na Freguesia de Nossa Senhora do Loreto, Concelho de Alandroal, Distrito de Évora, em Portugal. Entre a Guerra da Restauração e a Guerra Peninsular, sobre o rio Guadiana cuja travessia fechava, foi considerada uma das chaves da fronteira do Alentejo. |
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Pirâmides São Pedro |
Arraiolos |
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Castelo
O castelo de Arraiolos foi mandado edificar pelo rei D. Dinis, no início do século XIV, existindo um documento coevo que nomeia o mestre João Simão, possível arquitecto do monumento. Mas já em 1217, quando D. Afonso II faz a doação da Herdade de Arraiolos ao primeiro bispo de Évora após a Reconquista, D. Soeiro, é referida a autorização régia para que aí se erga um castelo, no local onde existia um castro proto-histórico (confirmado por vestígios arqueológicos). Ao longo da centúria a escassa ocupação humana da zona foi-se densificando, até levar à formação de um núcleo de importância suficiente para justificar o investimento régio num Paço e fortificação envolvente, aparentemente levantados entre 1310 (ano da confirmação da carta de foral de Arraiolos) e 1315. Para tal, fora firmado um contrato entre o rei e o Alcaide, Juizes e Concelho locais, datado de 1305, determinando a construção de 207 braças de muro, de três braças de alto e uma braça de largo; e a fazer no dito muro dous portaes dárco com suas portas, e com dous cubellos quadrados em cada uma porta . Embora não se conheça notícia de edificações anteriores no local, à data das obras dionisinas, é perfeitamente possível que estas se tenham efectuado sobre construções existentes, com maior ou menor aproveitamento das suas estruturas. |
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Palácio dos condes de Vimieiro
Antiga pousada do séc.XVI, foi ampliada por D.Sancho de Faro e Sousa, marechal de campo e governador militar de Estremoz, onde passou a viver com sua esposa, a ilustre poetisa Teresa de Melo Breyner |
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Fonte do obelisco - Vimieiro
A monumental Fonte-obelisco dos jardins do Palácio dos Condes do Vimieiro, de estilo neoclássico, foi dedicada à 4ª Condessa de Vimieiro, D. Teresa Josefa de Melo Breyner. É constituída por uma grande taça de mármore, levantado-se ao centro sobre uma base de basalto um pedestral quadrangular ornado de quatro carrancas, que sustenta uma pirâmide quadrada de nove metros de altura, de mármore, tendo no vértice uma pinha. Os baixos-relevos da base da pirâmide são alusivos às Artes, Letras e Ciências. Séc.XVIII. |
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Ponte Romana -Vimieiro
Ponte de origem romana desconhecendo-se a data da sua construção. É uma das marcas mais assinaláveis da passagem romana nesta zona |
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Convento de Lóios / Convento de Nossa Senhora da Assunção
Convento da Ordem de Santo Elói, dedicado a Nossa Senhora da Assunção; 1527 / 1540 - desenvolvimento da edificação da estrutura geral na Quinta do Paço; c. 1590 - intervenção estrutural na composição da frontaria; 1700 - obras no interior da nave e revestimento dos paramentos interiores com silhares de azulejo; 1834 - vendido em hasta pública para exploração agrícola; 1980 - compra pelo Estado; 1995 - obras de adaptação a Pousada segundo projecto do Arquitecto José Paulo dos Santos |
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Fonte da Pedra / Fonte dos Almocreves
A Fonte da Pedra ou dos Almocreves é um chafariz monumental com a data de 1827; o átrio é definido por muros de forma semicircular, caiados e com decoração rendada a azul ultramarino. O fontanário ao centro é ladeado por duas entradas para a parte traseira do chafariz, onde se encontra um lavadouro de forma octogonal. O frontão da fonte é coroado com as armas reais (pedra em mármore); por baixo deste está inscrita a data de 1827; ao centro um medalhão em mármore com a inscrição “Obras Públicas”; mais abaixo duas bicas de água deitam em bom caudal a água que é recebida numa almofada em mármore ao gosto clássico, de onde a água cai para um tanque de forma oval. |
Borba |
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Muralhas do Castelo
Borba foi elevada a Concelho no dia 15 de Junho de 1302, graças à Carta de Foral dada pelo rei D. Dinis. Nesse documento mandou o Rei que os borbenses construíssem às suas custas um castelo que defendesse a vila. Esta ordem régia foi cumprida como atesta a lápide em mármore que está na Porta do Castelo |
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Fonte das Bicas
A Fonte das Bicas foi, assim, concebida como uma peça de ordenamento urbano, ajudando a criar uma nova praça, a actual Praça da República. Na sua composição podemos ver um perfeito ordenamento e distribuição da água. Ao centro, foram colocadas três bicas. Ainda hoje, a população acredita que cada uma das bicas é destinada a um estado civil, aos solteiros, aos casados e aos viúvos, e que quem delas beber sempre regressará a Borba. Dos lados, mais a baixo, situam-se as bicas destinadas às crianças. Da fonte fazia também parte um bebedouro para os animais e um lavadouro. Na parte de trás da Fonte das Bicas foi construído um lago artificial, que representa o local onde foi encontrado o grande barbo que deu o nome à vila de Borba. |
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Igreja Matriz
A primitiva Igreja de Santa Maria foi fundada no interior do Castelo de Borba em 1260 e entregue pelo rei D. Afonso III à Ordem Militar de Avis. No entanto, em 1420, D. Fernão Rodrigues de Sequeira mandou construir uma nova igreja na sua actual localização, por aí ter aparecido, num bosque de sobreiros, a imagem da Virgem Maria. Em 1560, o Cardeal D. Henrique mandou reconstruir a actual igreja, seguindo o modelo da Igreja de santo Antão de Évora. No seu interior existem dez capelas. Cada uma delas pertencia a uma irmandade e, todas elas, possuem contributos artísticos dos séculos XVII e XVIII. A mais bela das capelas é, sem dúvida, a Capela das Almas, toda ornamentada, com três altares em mármore e pinturas de José de Sousa de Carvalho. Também merece destaque a Capela do Santíssimo Sacramento, que pertencia à mais importante irmandade da vila de Borba, à qual apenas a nobreza podia pertencer. Esta capela encontra-se decorada com azulejos da Real Fábrica do Rato e com uma tela da autoria do pintor José de Sousa de Carvalho |
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Passos do Senhor
Os Passos processionais de Borba são monumentos com uma importância artística e cultural a nível nacional. Do ponto de vista artístico, demarcam-se por serem os maiores do país pois foram os últimos de um conjunto a serem construídos no Alentejo. |
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Convento das Servas
Segundo uma lenda já muito antiga, a Virgem Maria apareceu a uma filha de um oleiro e mostrou-lhe a localização de um tesouro no local onde hoje está o Convento das Servas Com o ouro achado construiu-se uma ermida, gerida por uma irmandade de mulheres denominada Servas de Nossa Senhora. Em 1598, o Padre Mestre Pedro Caldeira deixou todos os seus bens à Ordem de São Francisco para transformar a ermida num convento. A primeira pedra do Convento foi lançada em 1604, sob o padroado do Duque de Bragança, D. Teodósio II. Em 1644 concluiu-se a obra, sendo que no ano seguinte veio uma comunidade de freiras do Convento das Chagas de Vila Viçosa para ocupar o convento. Trata-se de uma construção monumental com um dos maiores claustros do país. A entrada da igreja faz-se pelas duas portas laterais como acontece sempre nos conventos femininos. No interior preserva-se um importante núcleo de pintura mural dos séculos XVII e XVIII. |
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Quinta do General
Provavelmente, esta seria a “Villa” Romana da Cerca, que foi interpretada como sendo um mosteiro abandonado. O seu fundador foi D. Pedro de Melo e Castro, natural de Vila Viçosa, fidalgo da Casa do Duque de Bragança que combateu na Batalha de Alcácer Quibir. O nome actual da quinta foi atribuído em memória de D. Dinis de Melo e Castro, 1º Conde das Galveias, herói da Guerra da Restauração, que aí nasceu em 1624. Por ser o berço da família Melo e Castro, esta quinta permanece no património da família há mais de quatrocentos anos. No início do século XX, a quinta recebeu uma intervenção do Arquitecto Raul Lino, sendo esta uma das primeiras obras desta importante figura da História da Arte Contemporânea. No seu interior existe uma quinta de recreio com estátuas, riachos, fontes, azulejos e ruínas que serviam para a distracção dos proprietários. |
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Convento de Nossa Senhora da Consolação do Bosque
Este Convento foi fundado em 1505, pelo 4ª. Duque de Bragança, D. Jaime IV, que, segundo a tradição, aqui esteve isolado sofrendo severas penitências devido aos remorsos por ter mandado matar a sua esposa, a Duquesa D. Leonor. Em 1548, o Duque D. Teodósio I patrocinou a construção do actual edifício. O seu principal motivo de interesse é o Bosque que deu o nome ao Convento, cheio de lagos artificiais, ilhas, capelas, fontes e inúmeros pontos bucólicos que serviam para a contemplação dos frades, arredando-os do mundo terreno. No século XVIII, contava a tradição que, os mais belos bosques do país eram o do então Convento do Bussaco (hoje em dia transformado em Hotel) e o do Convento do Bosque, em Borba. Em 1834, com a supressão das Ordens Religiosas, o Convento foi extinto e vendido a particulares. Actualmente preserva-se a igreja, todo o edifício conventual adaptado a habitação e o próprio bosque, que mantém ainda grande parte da sua beleza e encanto. |
Estremoz |
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Portas e Baluartes da 2ª linha de fortificações (século XVII) - Porta dos Currais
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira. É neste contexto que foram construídas várias fortificações nessas localidades, nomeadamente em Estremoz. Não sendo exactamente uma vila de fronteira, funcionava como 2ª linha de defesa do território, especialmente em apoio logístico (armazém de armas, mantimentos e tropas). Foi D. João IV (r. 1640-1656), o primeiro dos Braganças a reinar em Portugal que em 1642 ordenou a João Pascácio Cosmander o desenho da futura muralha poligonal abaluartada estremocense. Esta obra protegeria a vila de hipotéticos ataques e avanços das tropas espanholas, sendo que os novos baluartes estavam adaptados para batalhas de artilharia pesada. A porta dos Currais foi desenhada cerca de 1670 pelo sargento-mor de engenharia António Rodrigues e destaca-se pela sua monumentalidade e composição artística, com uma águia imperial e grifos a pisar peças de artilharia. |
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Portas e Baluartes da 2ª linha de fortificações (século XVII) - Porta de Santa Catarina
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira. É neste contexto que foram construídas várias fortificações nessas localidades, nomeadamente em Estremoz. Não sendo exactamente uma vila de fronteira, funcionava como 2ª linha de defesa do território, especialmente em apoio logístico (armazém de armas, mantimentos e tropas). Foi D. João IV (r. 1640-1656), o primeiro dos Braganças a reinar em Portugal que em 1642 ordenou a João Pascácio Cosmander o desenho da futura muralha poligonal abaluartada estremocense. Esta obra protegeria a vila de hipotéticos ataques e avanços das tropas espanholas, sendo que os novos baluartes estavam adaptados para batalhas de artilharia pesada. A Porta de Santa Catarina mantém um nicho de devoção à padroeira, tendo como elemento mais interessante a guarita da ronda militar, em estilização de canhão e enobrecida pelo escudo régio de Portugal |
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Claustro do Convento das Maltezas
O Convento de São João da Penitência, mais conhecido por Convento das Maltezas, foi sede de clausura de freiras da Ordem de Malta a partir do séc. XVI. O seu Claustro é o mais amplo de todos os conventos da cidade e mostra-nos a arquitectura manuelina. Cada ala tem dez arcos, subdivididos em quatro arcadas geminadas e duas simples, todas sigladas pelos mestres canteiros que forneceram e afeiçoaram as pedras que as constituem. Os fustes (parte central das colunas) estão apoiados em bases quadradas, cujos capitéis se apresentam indiferenciadamente simples e lisos ou com motivos naturalistas. As mísulas da abóbada em ogiva, com motivos tipicamente manuelinos e com motivos antropomórficos e zoomórficos, são bastante curiosos e artisticamente interessantes. O Renascimento também por aqui passou, bem visível no tanque central do jardim, de planta quadrangular com uma taça maior de máscaras e uma mais pequena com cabeças de faunos. |
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Cruzeiro do Convento das Maltezas
Esta peça de características marcadamente manuelinas, é talvez o melhor exemplar deste tipo em todo o Concelho e foi provavelmente construído em inícios do século XVI. Embora o fuste seja obra mais moderna, os braços são originais, com os motivos tipicamente manuelinos de laços encordoados e, no centro, um belo medalhão com as cenas da Crucificação e Piedade. Este motivo evidencia traços ainda da escultura do Gótico Final, mas revela uma elegância mais erudita. Túlio Espanca afirma a possibilidade de este ter sido o cruzeiro original da Ermida de Nossa Senhora dos Mártires. Esta hipótese, no entanto, não está comprovada, baseando-se apenas em tradições orais |
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Pelourinho de Estremoz
Construído em inícios do séc. XVI, no reinado de D. Manuel I (r. 1495-1521), em 1698 foi removido da frente do antigo Paço Real de D. Dinis (actual Pousada da Rainha Santa Isabel) para o terreiro de Santo André, defronte aos Paços do Concelho da época. Entre 1867 e 1871 foi arriado deste local e disperso em local desconhecido, tendo sido reconstruído, em 1916, por Saavedra Machado e Luís Chaves e colocado no local onde hoje se encontra. Mantém originais o fuste, o capitel e o coruchéu de remate, todos estes elementos de estilo manuelino |
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Convento dos Congregados
O Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Congregados do Oratório de São Filipe Nery de Estremoz teve ordem régia de D. Pedro II (r. 1675 – 1706) para ser construído em 1697. Entre 1698 e 1700 começam-se as obras e em 1703 inicia-se a segunda campanha, já com a igreja começada. Em meados deste século são assentados os painéis de azulejo que estão por todo o convento. A igreja nunca foi acabada até 1961, ano em que se recomeçou a empreitada de construção do restante da fachada, concluída em 1967. Em 1974 fechou-se a abóbada da capela-mor. Depois de alguns anos sem trabalhos, a igreja, propriedade da Câmara Municipal, foi cedida à Paróquia de Santo André e esta inaugurou a igreja completa em 1995, praticamente três séculos depois de ter sido começada. A fachada da igreja, elemento raro e erudito, trouxe uma novidade à “monotonia” da arquitectura alentejana: o alçado principal “ondulante”. Segundo a estética arquitectónica italiana seiscentista ligada a Francesco Borromini (n. 1599 - m. 1667), este efeito dinâmico aparece como oposição à veia clássica renascentista e maneirista, mais estática e estável. Dedicados à Vida e Milagres de São Filipe Nery, o conjunto azulejar pertencente à Portaria-Mor é um dos mais interessantes, juntamente com o da Escadaria que mostra o vestuário das várias classes sociais no tempo de D. João V (r. 1707-1750), com motivos de caça e guerra. O conjunto da sala do Antecoro mostra episódios dos Evangelhos e da vida de vários santos. Estes painéis são datáveis de cerca de 1748 e atribuíveis à oficina dos Oliveira Bernardes. |
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Fonte do Espírito Santo
Bom exemplar do século XIX, tardo-barroco, foi construída pela Câmara Municipal em 1864. O obelisco piramidal no centro da traça, coroado por esfera de folhas de acanto e pinha, é artisticamente bastante interessante, dando prova da antiguidade da boa cantaria estremocense. A base do obelisco é quadrangular com quatro carrancas antropomórficas em cada lado e todo o chafariz está envolvido por grade de ferro circular. |
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Fonte das Bicas
Antigamente designada de Fonte Redonda, sofreu várias obras que lhe retiraram a feição original. Provavelmente construída no século XVI, tem uma taça enobrecida por oito gárgulas leoninas que jorram água para um tanque octogonal. De destacar também os elementos de mármore brancos e negros no cimo da fonte. |
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Lago do Gadanha
Quando, em 1688, o Rossio de São Brás vê surgir um majestoso lago e fonte que, segundo fontes do século XVIII, era capaz de “saciar a sede de todo o nosso exercito.”, Estremoz não poderia imaginar que este se tornaria um dos seus ex libris. Mandado construir pelo Senado de Estremoz, aproveita uma das mais importantes nascentes da zona baixa da cidade que se encontra no extremo Sudoeste do Rossio Marquês de Pombal, a nascente da Fonte Nova. O imponente lago, de cerca de 40 metros de comprimento, é abastecido por um canal subterrâneo que atravessa todo o Rossio Marquês de Pombal que vem desembocar numa concha em mármore. A conhecida estátua do “Gadanha”, da mesma altura do lago, é originária do Convento dos Congregados, tendo sido transposta para o centro do lago só em meados do século XIX. É também desta altura que a estátua muda, subitamente, de significado. Representando, primitivamente, o deus Saturno, símbolo da fartura e da abundância, passa a ser conhecido como o é hoje. E é, de facto, como Gadanha que passa a ser conhecido e reconhecido por todos, simbolizando o efémero e fugacidade da vida, como o comprova a inscrição existente no pedestal. |
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Museu de Arte Sacra
O Museu de Arte Sacra localiza-se na Igreja dos Congregados, junto ao Rossio Marquês de Pombal. Este museu apresenta uma colecção de objectos religiosos pertencentes a uma série de Ermidas e Capelas já extintas. |
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Igreja de Santa Maria
Embora as obras deste templo tenham começado em 1560, graças ao patronato do Arcebispo de Évora Cardeal Infante D. Henrique (futuro Rei de Portugal entre 1578 e 1580) e do rei D. Sebastião (r. 1557-1578), apenas em inícios do séc. XVII este imóvel estava completo. O seu mestre-de-obras e empreiteiro foi Pero Gomes, entre 1559 e 1562, desconhecendo-se mais qualquer referência documental em relação a outros construtores. De qualquer forma, a sua existência está atestada desde a segunda metade do séc. XIII, numa cantiga de Afonso X, o Sábio (r. 1252-1284), rei de Leão e Castela, em que refere a igreja e um suposto milagre que nela aconteceu por graça de Santa Maria. Teve grandes obras de restauro em 1969 e 1970 e, recentemente, houve também o restauro de uma pintura parietal da nave no tramo direito. De estilo predominantemente maneirista, com a fachada em estilo chão mas com elementos também do Maneirismo, a sua simetria baseada em formas geométricas perfeitas atesta a sua traça principal. A sua largura é igual ao comprimento e à altura, sendo que os 7 metros a mais no comprimento são devidos ao alargamento posterior da capela-mor. Todos os elementos estão matematicamente relacionados entre si, tornando a igreja quase num compêndio de geometria (por exemplo, a largura de cada tramo é exactamente um terço da largura da igreja, o comprimento das sacristias é exactamente um quarto do comprimento dos tramos). Segundo Manuel Branco e Maria João da DGEMN, “(…) a depuração voluntária de todo o projecto (…) tem a expressão máxima e paradigmática na ausência de frontão, torres ou pináculos |
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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Evoramonte
A primeira referência conhecida à Igreja de Santa Maria do Castelo data de 1271, altura em que é estabelecido entre D. Afonso III e o Bispo de Évora um acordo relativo à posse de algumas igrejas alentejanas, encontrando-se esta sob a tutela da Sé de Évora. Foi a primeira igreja da vila e é provável que já existisse antes desta data. Em 1289 foram fundados os cargos de beneficiados da Igreja de Santa Maria do Castelo de Evoramonte, por causa da devoção que D. Domingos Anes Jardo, na altura bispo da diocese de Évora, tinha pela imagem de Santa Maria que estava nesta mesma igreja. O sismo de 1531 fez ruir uma grande parte do templo, sabendo-se que, embora ainda não totalmente reconstruída, já estava reaberta ao culto em 1534. Em 1748 passa a denominar-se Igreja de Nossa Senhora da Conceição, denominação essa que ainda hoje possui. De traça maioritariamente quinhentista, tem duas portas ogivais góticas: na fachada e no alçado lateral esquerdo, ambas feitas em granito e desprovidas de impostas. A sua planta é rectangular, possui três naves e falso coro. Possui ainda pia baptismal e púlpito do séc. XVI. |
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Castelo de Evoramonte
A cerca medieval de Evoramonte foi mandada construir em 1306, no reinado de D. Dinis (r. 1279-1325). O perímetro amuralhado forma um triângulo isósceles cujo lado maior segue a linha NE-SO. Mantém ainda as suas quatro portas principais e um postigo: a porta do Freixo, com arco gótico sem impostas e protegida por dois torreões cilíndricos, está orientada a Sul e tem uma inscrição que corresponde ao início da construção da cerca; a porta do Sol, muito semelhante à anterior, está orientada a Oeste; a porta de São Brás está orientada no sentido da ermida com o mesmo nome e ainda mantém as suas munhoneiras (encaixes para o eixo de um canhão, também designados por munhões); a porta de São Sebastião tem acesso directo por estrada à ermida do mesmo orago, sendo que aquela denota influências quatrocentistas ou quinhentistas. |
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Pelourinho de Evoramonte
Sito em frente dos antigos Paços do Concelho (Rua da Convenção), deste monumento subsiste unicamente o plinto paralelepípedo de mármore de cunhas simples. Observando a base onde a coluna assentava, verificamos que esta possui vestígios evidentes de quebra. Estilisticamente apresenta sinais de ser peça do século XVI, data em que D. Manuel I [r. 1495-1521] concedeu os conhecidos Forais de Leitura Nova e em que profusamente por todo o país se levantaram Pelourinhos, como podemos ver em Estremoz, Vila Viçosa, Terena, entre outras. Nesta zona existem vários Pelourinhos derrubados ou desaparecidos, veja-se o exemplo de Juromenha (derrubado) e Alandroal (subsiste apenas o plinto). […] Desta peça poucos dados históricos conseguimos obter. Provavelmente terá sido quebrada no século XIX, após a instauração definitiva do Constitucionalismo neste Reino, actos que aliás ocorreram em todas as suas regiões, já que os Pelourinhos eram tidos por um símbolo da opressão do anterior regime que a custo foi derrubado pela força das armas. No entanto, este era simplesmente um marco que simbolizava a autonomia judicial dos concelhos. |
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Antas da Serra d'Ossa - Alto do Seixo
Do grego Mega (Grande) e Lithos (Pedra), o Megalitismo é a primeira grande manifestação de um espaço funerário demarcado. Um fenómeno que abrange várias tipologias (antas, cistas, tholoi de alvenaria, aproveitamento de grutas naturais), surge no contexto da transição do Neolítico Antigo para o Neolítico Médio (meados do 5º milénio a. C.) na Europa. Só inserido no denominado processo de Neolitização é que o Megalitismo ganha sentido, na passagem das sociedades de economia recolectora e nómada para uma economia produtora e sedentária. Na Península Ibérica, a cultura megalítica afirmou-se de forma clara e efectiva, a julgar pela quantidade e qualidade de monumentos, sendo o Norte e o Centro Alentejano a zona de maior concentração. Em Estremoz as antas mais antigas pertencem ao período do Neolítico Médio/Final, com sepulcros já com corredor e de monumentalidade acentuada. Os maiores núcleos são a zona norte da Serra d'Ossa e a freguesia de São Bento do Cortiço. Esta anta situa-se a cerca de 800 m a Oeste-Noroeste do Monte da Igreja e é a única que apresenta um bom estado de conservação da mamoa, apesar de o seu interior estar completamente escavado. Possui ainda 6 esteios na câmara e 6 esteios no corredor. Não sofreu qualquer intervenção. |
Évora |
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Chafariz da Praça do Giraldo
Localizado na freguesia de Santo Antão em Évora. É uma obra do arquitecto Afonso Álvares. Foi construído em 1571 em mármore branco rematado por uma coroa de bronze. Segundo a tradição as oito carrancas correspondem às oito ruas que desembocam na praça. Está classificado como Monumento Nacional. Ornamenta a famosa Praça do Giraldo, local central da Évora muralhada. |
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Ruinas do templo romano à Deusa Diana
Templo original provavelmente era similar à Maison Carrée de Nîmes (França). O templo de Évora ainda está com sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura.[5] O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas. |
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Universidade
A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Após a fundação da Universidade de Coimbra, em 1537, fez-se sentir a necessidade de uma outra universidade que servisse o sul do país. Évora, metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, surgiu desde logo como a cidade mais indicada. Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino, tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização. Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de Abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a leccionar todas as matérias, excepto a Medicina, o Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico. |
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Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Sé de Évora
Apesar de iniciada em 1186 e consagrada em 1204, esta catedral de granito só ficou pronta em 1250. É um monumento marcado pela transição do estilo românico para o gótico, marcado por três majestosas naves. Nos séculos XV e XVI, a catedral recebeu grandes melhoramentos, datando dessa época o coro-alto, o púlpito, o baptistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Piedade, também conhecida por Capela do Esporão, exemplar raro de arquitetura híbrida plateresca, datado de 1529. Do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e outros melhoramentos pontuais nas decorações sumptuárias. Ainda no século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D.João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo. Em 1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor. Nas décadas seguintes foram efectuadas algumas obras de restauro, tais como a demolição das vestiarias do cabido, do século XVIII, (que permitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro) e o apeamento de alguns retábulos barrocos que desvirtuavam o ambiente medieval das naves laterais. |
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Igreja de São Francisco
Em Évora é uma igreja de arquitetura gótico-manuelina. Construída entre 1480 e 1510 pelos mestres de pedraria Martim Lourenço e Pero de Trilho e decorada pelos pintores régios Francisco Henriques, Jorge Afonso e Garcia Fernandes, está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o periodo de expansão marítima de Portugal. Isso fica patente nos símbolos da monumental nave de abóboda ogival: a cruz da Ordem de Cristo e os emblemas dos reis fundadores, D. João II e D. Manuel I. Segundo a tradição, nesta igreja foi sepultado Gil Vicente, em 1536. |
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Capela dos ossos
Um dos mais conhecidos monumentos de Évora, em Portugal. Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretendeu transmitir a mensagem da transitoriedade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". A capela, construída no local do primitivo dormitório fradesco é formada por 3 naves de 18,70m de comprimento e 11m de largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo. As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco, pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma arquitectura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas. Foi calculado à volta de 5000, provenientes dos cemitérios, situados em igrejas e conventos da cidade. A capela era dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida na cidade como Senhor Jesus da Casa dos Ossos, que impressiona pela expressividade com que representa o sofrimento de Cristo, na sua caminhada com a cruz até ao calvário. |
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Convento de Nossa Senhora do Carmo
Monumento religioso da cidade de Évora, ficando situado no Largo das Portas de Moura e Rua D.Augusto Eduardo Nunes (antiga Rua da Mesquita), na freguesia da Sé e São Pedro. Os frades carmelitas estabeleceram-se em Évora em 1531, no tempo do Bispo Cardeal D.Afonso, tendo o primitivo Mosteiro sido edificado extra-muros, na zona das Portas de Avis e Lagoa, junto à antiquíssima Capela de São Tomé. O edifício ficou praticamente destruído com o cerco de Évora durante a Guerra da Restauração (século XVII). Os frades carmelitas, delajodas, pediram ao Rei D.Afonso VI que os deixassem habitar o antigo Paço dos Duques de Bragança em Évora, situado junto às Portas de Moura. O monarca acedeu ao pedido, doando a antiga moradia dos Bragança aos Carmelitas, com a condição de manterem a célebre porta dos nós, símbolo da Sereníssima Casa de Bragança, o que os frades respeitaram. A igreja foi sagrada solenemente no ano de 1691. |
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Anta Grande do Zambujeiro
É um monumento megalítico próximo de Valverde - Evora - Alentejo - Portugal, um dos maiores que existem na Península Ibérica. Foi construido entre 4.000 e 3.500 antes de Cristo. Consiste numa única câmara, utilizada durante o neolítico como um local de enterro e possiveis cultos religiosos. A camara em forma poligonal é feita de sete enormes pedras de 8 metros de altura. Originalmente eram cobertas por uma pedra com 7 metros de largura. Um corredor com 12 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 2 de altura conduze até a camara. A entrada estava assinalada por um enorme menir decorado, actualmente tombado |
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Anta do Paço da Vinha
A Anta do Paço da Vinha, Anta do Paço das Vinhas ou ainda Anta 1 da Herdade do Paço das Vinhas está classificada como Monumento Nacional desde 1910 [1] e integrada num dos Circuitos Megalíticos do concelho de Évora. Situa-se na freguesia de Sé e São Pedro, na Herdade do Paço das Vinhas, 500 m a NNE do Monte das Vinhas, junto ao Rio Degebe. A anta possui um grande dólmen de corredor, conservando sete esteios da câmara e o chapéu "in situ", apresentando-se este decorado com covinhas. O corredor conserva-se numa extensão de 9,30 m. |
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O Aqueduto da Água de Prata
Em Évora, foi construído entre 1531 e 1537 pelo arquitecto Francisco de Arruda. A construção descrita em Os Lusíadas, o poema épico de Camões. Originalmente levava a água até à Praça do Giraldo. Foi parcialmente reconstruído no século XVII, em consequência da Guerra da Restauração. A partir da Rua Cândido dos Reis tem-se uma nova visão sobre os 9 km de aqueduto que subsistem |
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Menir dos Almendres
É um monumento megalítico que está situado na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, concelho de Évora, Distrito de Évora, Portugal. Fica situado numa encosta a 1,3 km a Nordeste do Cromeleque dos Almendres, apresentando-se isolado deste. Os arqueólogos pensam que os dois monumentos se encontram relacionados. É um menir de grandes dimensões, com 3,5 m de altura , ostentando no terço superior uma decoração composta por um báculo e uma faixa de linhas onduladas. |
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Cromeleque dos Almendres
É um monumento megalítico que está situado numa encosta voltada a nascente, na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, concelho de Évora, Distrito de Évora. Trata-se do monumento megalítico mais importante de toda a Península Ibérica, não só devido à sua dimensão, mas também, devido ao seu estado de conservação. É também considerado um dos mais importantes da Europa |
Montemor-o-Novo |
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Castelo de Montemor-o-Novo
O Castelo de Montemor-o-Novo é o recinto original da Vila medieval de Montemor-o-Novo. Conquistado aos Mouros por D. Afonso Henriques. D. Sancho I concedeu-lhe o 1.º Foral em 1203. |
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Santuário de Nossa Senhora da Visitação
A bonita Ermida de Nª Srª da Visitação, de onde também se desfruta de uma bonita panorâmica sobre a cidade, foi edificada no séc. XVI em estilo manuelino-mudejar. No interior, encontram-se painéis de azulejos do séc. XVIII, alusivos à vida de Maria. Na sacristia, pode-se apreciar uma colecção de cerca de duas centenas de ex-votos, retábulos pintados, fotografias, partes do corpo em cera, fitas e dois animais embalsamados (uma jibóia e um jacaré), sendo o mais antigo de 1799. |
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Convento de N. Sra. da Saudação
É o monumento de maior valor artístico do concelho. A origem do edifício remonta a 1500, tendo sido alvo de transformações e acrescentos até ao séc. XIX. Possui claustro da época de D. João III. Foi mosteiro de clausura, da ordem religiosa de S. Domingos e mais recentemente abrigo de infância desvalida. Actualmente é um espaço cultural onde está sediado o Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo / Rui Horta e onde se realizam exposições, espectáculos de teatro, música e dança e outras actividades culturais. |
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Solar da Torre do Carvalhal
Solar quinhentista, torre manuelina e ermida gótico-mudejar do séc. XVI. Abrange uma vasta área de bosque, jardins, pomares e hortas regados por abundante nascente que abastece o magnífico tanque de alvenaria já existente em 1708 |
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Gruta do Escoural
Conjunto Arqueológico de Escoural A Gruta Escoural foi descoberta em 1963 permitindo, pela primeira vez em Portugal, a identificação de vestígios de arte rupestre paleolítica. Das galerias mais recônditas dessa cavidade subterrânea ao cimo do outeiro que a envolve floresceram, ao longo dos milénios, várias civilizações pré-históricas, desde o Mustierense até fase adiantada do Calcolítico. A mais antiga ocupação humana no Escoural data de há cerca de 50 000 anos (Paleolítico Médio). Embora se possam identificar diversos temas na arte rupestre do Escoural, as representações zoomórficas, do Paleolítico Superior, especialmente de Equídeos e Bovinos são dominantes. |
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Anta Capela de Nossa Senhora do Livramento
Anta transformada em capela no séc. XVII aproximadamente. Do monumento original é possível identificar cinco esteios e laje de cobertura perfeitamente visíveis, apesar de rebocados e caídos. Transformada em capela, no interior venera-se actualmente a imagem de Nossa Senhora do Livramento. A Anta-Capela de N.Sra do Livramento é um curioso exemplo da cristianização tardia de um monumento "pagão". Integrado na Herdade da Anta, esta anta transformada em templo religiosos |
Mora |
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Fluviário
Evocando os celeiros rurais do distrito de Évora, no Alentejo, este edifício foi pensado como um volume compacto e monolítico, protegido do sol por um conjunto de finos pórticos equidistantes em pré-fabricados de betão branco com vãos de 33 metros. No interior, este pequeno hangar alberga um complexo santuário de água em constante movimento através de diferentes habitats de água doce. Este projecto foi desenvolvido em colaboração com a empresa Cosestudi de Boston, especializada em arquitectura e biologia marinha, gabinete com o qual o Promontório tem desenvolvido parcerias em diversas propostas internacionais para aquários. |
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Torre das Águias
Localiza-se na povoação de Águias, freguesia de Brotas, concelho de Mora, Distrito de Évora, em Portugal. Vizinha ao rio Divor e ao santuário de Nossa Senhora das Brotas, integrava a chamada vila das Águias, da qual ainda subsistem algumas casas. É um dos exemplares mais significativos de torres manuelinas na região |
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Torrinha do Castelo (Cabeção)
Na mesma colina que foi palco do nascimento da vila de Cabeção foi edificado um pequeno edifício de planta quadrada, de alvenaria, em forma de templete que o povo baptizou de Torrinha do Castelo |
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Fonte Velha (Cabeção)
A Fonte Velha, é uma fonte que se encontra escondida por entre os casarios no alto da Vila. Conhece-se muito pouco a respeito da data em que poderia ter sido construída, mas pelas suas formas e materiais utilizados, pode-se ver que não é de construção recente. |
Mourão |
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Igreja da Misericórdia
Depois de estar sedeada em vários locais, a actual Igreja da Misericórdia de Mourão implantou-se na Praça do Município, tendo sido iniciadas as suas obras em 1719, no reinado de D. João V. |
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Castelo de Mourão
Conquistado aos mouros, entrou no poder da coroa portuguesa (1271-73) como dote de casamento de D. Beatriz de Gusmão com D. Afonso III de Portugal. O filho deste, D. Dinis, confirmou a carta de foral em 1296 e, em 1298, promoveu uma acção de beneficiação do Castelo. Em 1343, D. Afonso IV procedeu ao levantamento da torre de menagem, com cerca de 20 metros |
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Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias
A construção da actual igreja de Nossa Senhora das Candeias resultou da determinação régia de D. Pedro II, de 20 de Fevereiro de 1681. Foi encarregado de proceder à projecção da obra o eng. D. Diogo Pardo de Osório. A Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias, com assentamento na fortificação seiscentista, revela um estilo marcadamente barroco. De planta rectangular, com fachada a apontar a sul, entra-se num pórtico metido em arco redondo e lavrado em mármore branco, com lintel e frontão cortado, integrando as armas reais de Portugal ladeadas pela cruz de Avis, e pela Virgem e o Menino, na parte superior. No seu interior, o templo apresenta uma ampla nave com quatro altares laterais (Capela das Almas, S. João Baptista, S. Pedro e Capela do Santíssimo Sacramento) e cabeceira de três capelas. A capela-mor, com elevado arco triunfal, construído no cimafronte por pintura mural que preenche todo o espaço até à abóbada. O altar-mor mostra um retábulo de talha polícroma, de fustes salomónicos. |
Portel |
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Albufeira de Alqueva
Obra grandiosa localizada no coração do Alentejo, a Barragem de Alqueva, insere-se na bacia hidrográfica do Rio Guadiana e desde 2002 está a formar o maior lago artificial da Europa. A albufeira ocupa uma área de cerca de 250km2, sendo o seu perímetro de 1160 km, estendendo-se ao longo dos municípios de Portel, Mourão, Moura, Reguengos de Monsaraz e Alandroal. O projecto de Alqueva veio provocar profundas alterações na paisagem e pretende criar na região novas oportunidades e potencialidades, tendo como grandes objectivos:
- Constituir uma reserva estratégica de água
- Garantir o abastecimento de água ao público
- Produzir energia eléctrica
- Promover o desenvolvimento agrícola
- Promover o desenvolvimento do turismo de recreio e lazer |
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Castelo de Portel
O Castelo de Portel, no Alentejo, localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome, Distrito de Évora, em Portugal. Em um dos contrafortes da serra de Portel, o castelo ergue-se em posição dominante sobre a vila medieval. |
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Igreja de São Pedro da Vera Cruz
Igreja do antigo mosteiro da Ordem de Malta, foi fundada nos finais do século XIII por D. Afonso Pires Farinha, que participou na 7ª cruzada a Jerusalém, de onde trouxe a relíquia do Santo Lenho, ainda hoje guardada no seu interior. O templo medieval foi construído sobre as ruínas de um antigo mosteiro visigótico, do qual subsistem, com especial relevo, as capelas colaterais da actual cabeceira da igreja, esta já consequência de uma reforma dos séculos XVI a XIX. |
Vendas Novas |
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Palácio do Vidigal
Situado no Monte do Vidigal, foi mandado edificar pelo rei D. Carlos I, que viu a sua construção iniciar-se em 1896 e nele trabalhou até à sua morte. Ao palácio foram agregados uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, uma arena, o próximo monte das Faias e o apeadeiro real. |
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Palácio das Passagens (EPA)
O rei D. João V mandou construir o Palácio Real de Vendas Novas, também conhecido por Palácio das Passagens, actualmente Escola Prática de Artilharia (EPA). |
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Capela Real
A actual Capela da Escola Prática de Artilharia, da invocação de N. Srª. da Conceição, foi entre 1843 e 1969, igreja matriz da Vila de Vendas Novas. |
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Igreja de São Fernando
Hoje em ruínas e quase esquecida dos vendasnovenses a Capela da Herdade do Outeiro foi, durante muitos anos, a sede da Paróquia de Santo António das Vendas Novas. É um templo várias vezes centenário, primeiro dedicado a São Fernando e depois a Santo António, com a sua época de construção em meados do século XV. Encontra-se no estado actual de rápida degradação desde que foi desafecta ao culto em 18 Setembro 1902 |
Vidigueira |
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Villa romana de São Cucufate
A Villa romana de São Cucufate é um conjunto de ruínas romanas de Villa romana Áulica do século I d.C. na Vidigueira, Portugal. Este sítio arqueológico reúne vestígios de termas, jardim e um templo, posteriormente adaptado ao culto cristão: o convento de São Cucufate. Supõe-se que foi uma importante casa agrícola, testemunhando a antiguidade e importância desta actividade no Alentejo. A origem do sítio arqueológico de São Cucufate remonta à ocupação romana, no século I d.C., com registo de várias alterações ao longo do tempo. No século II é feita uma segunda edificação e a casa terá sido refeita no século IV para dar origem a uma villa palaciana, cujas ruínas monumentais permanecem hoje, supondo-se que terá sido uma próspera casa agrícola. Próximo do local original de entrada na villa, na sua frente, surge um templo dedicado a divindades não identificadas, com características semelhantes às do templo das ruínas romanas de Milreu, em Estói, perto de Faro. No século V o edifício foi convertido ao culto cristão. Subsistem vestígios de um jardim com um tanque de pedra que poderá ter sido utilizado como piscina, um hábito comum numa região quente. Da villa permanecem dois corpos laterais com contrafortes, unidos por arcadas, sustentando um andar superior (hoje desaparecido) que terá albergado a zona residencial. A entrada dos fazia-se por três escadarias que davam acesso a uma zona elevada descoberta, e que se prolongava por uma área coberta por uma abóbada de que se vislumbram alguns vestígios. |

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Antas de Corte Serrão
Localizadas perto de Marmelar, na freguesia de Pedrogão, foram construídas pelas primeiras sociedades agro-pastoris, cerca de quatro mil anos atrás. Constituem prova da ocupação do território por famílias eneolíticas que na sua demanda pela eternização da morte, construiram megalitos, onde sepultavam os seus mortos. |
Viana do Alentejo |
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Castelo de Viana do Alentejo |
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Igreja de Nossa Senhora de Aires
Planta em cruz latina, composta, de vastas proporções, virada a Oeste. Nave longitudinal dividida em três tramos, de onde sobressaem os braços do transepto e os volumes verticais das duas torres da fachada e do zimbório octogonal. Frontaria imponente, marcada por duas torres sineiras laterais, simétricas, por cinco janelas de sacada e por um frontão contarcurvado, caracteristicamente barroco; esta fachada forma um vasto adro acessível através dum arco central de volta inteira ladeado por dois outros mais estreitos; seis arcos laterais dão igualmente acesso ao adro; cada uma das torres é rematada por uma pequena balaustrada com pináculos nos vértices e por uma cobertura em forma de bolbo. A fenestração é regular, ao longo de todo o corpo, acompanhando a divisão interior em tramos; uma balaustrada em mármore remata todo este volume. O portal de entrada da igreja enquadra, no lintel, uma cartela com a dedicatória, em latim, a Nossa Senhora; é ladeado por duas janelas de grades, com características idênticas. INTERIOR: nave de três tramos separados por pilastras em trompe l'oeil; a capela-mor, de planta circular, assente em colunas em mármore de Viana, é profusamente ornamentada com trabalhos em estuques e pinturas murais; o altar-mor/santuário, disposto no eixo da capela-mor é constituído por quatro altares em forma de urna, sob um complexo baldaquino em estilo rococó. A cobertura da nave é em abóbada de volta inteira, a iluminação é proporcionada pelos janelões da nave; o zimbório, de planta octogonal assente sob trompas, tem oito janelas (quatro delas falsas) e cobertura em cúpula com lanternim de alvenaria. |
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Anta do Zambujeiro-Aguiar
Aguiar ascende à época romana. Aqui passava a via militar que ia de Beja para Évora. Dela restavam, até há poucos anos, alguns vestígios. Mais antiga ainda, no entanto, é a anta do Zambujeiro. Servia como local do culto dos mortos durante a época neolítica |
Vila Viçosa |
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Paço Ducal de Vila Viçosa
O Paço Ducal de Vila Viçosa é importante monumento situado no Terreiro do Paço da vila alentejana do distrito de Évora. Foi durante séculos a sede da sereníssima Casa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na Casa Reinante em Portugal, quando em 1 de Dezembro de 1640 o 8º Duque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal (D.João IV) |
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Castelo de Vila Viçosa
À época da Reconquista cristã da península, quando da afirmação da nacionalidade portuguesa, a região foi dominada a partir da conquista de Alcácer do Sal (1217). Embora não se possa afirmar se uma primitiva povoação foi abandonada e reocupada, ou se o seu povoamento cristão foi tardio, é certo que Vila Viçosa recebeu de D. Afonso III (1248-1279) a sua Carta de Foral, passada em 5 de Junho de 1270. Datará, dessa época, o início da construção de seu castelo, a que seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), dará um efectivo impulso, terminando a sua edificação e fazendo erguer a cerca da vila. No reinado de D. Fernando I (1367-1383), a exemplo do que se fez em diversos castelos do reino, foram feitos importantes melhoramentos na fortificação de Vila Viçosa |
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Museu das Carruagens
Vasto conjunto de carros antigos (coches, liteiras, berlindas e caradaus) do século XVII ao século XIX, com os respectivos arreios é, no seu género, o maior e o mais variado da Europa. Está instalado nas antigas cavalariças anexas ao Paço dos Duques |
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Panteão das Duquesas
Panteão das Duquesas, fundado pelo IV duque de Bragança D. Jaime, em 1514, para panteão das donas da sua estirpe, foi entregue à ordem de Santa Clara, e a vida claustral começou com oito religiosas lóias deslocadas do mosteiro de Beja, no dia 25 de Fevereiro de 1535, quarta-feira de cinza (sendo já morto o seu instituidor), sob protecção da duquesa viúva D. Joana de Mendonça e do enteado herdeiro, D. Teodósio I. |
Redondo |
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Castelo - Prédio Militar N.º 1
Cerca militar (classificada por Decreto de 2 de Janeiro de 1946 como Monumento Nacional e como Zona Especial de Protecção em 26 de Março de 1962) mandada construir por D. Dinis. A planta tem a configuração de uma elipse irregular murada, de grossa alvenaria, sem cortina ameiada, conservando ainda o adarve, embora parcialmente interrompido. Possui quatro torreões de forma arredondada que protegem o amuramento e duas torres, uma virada a Noroeste, Torre de Menagem, e outra a Sudeste, a da Alcaidaria. Apresenta duas portas torreadas, com arcos góticos: a nordeste fica a Porta da Ravessa ou do Sol (na imagem acima), onde existe a marca oficial da vara e do côvado, a que os industriais do pano se tinham de submeter nos mercados e feiras; a sudoeste está a Porta do Postigo, que foi aumentada no período Manuelino, por novo arco de alvenaria de volta plena decorada com o brasão de armas do donatário da vila, D. Vasco Coutinho |
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Convento de S. Paulo
O Convento de São Paulo foi erguido a meia encosta da Serra d' Ossa pelos monges da ordem de São Paulo Eremita. Alberga actualmente um requintado hotel. Testemunham várias crónicas que o Convento de São Paulo acolheu, durante séculos, figuras célebres como D. Sebastião, D. João IV e D. Catarina de Bragança. Como antigo Convento Palaciano, detém um dos mais notáveis núcleos de painéis de azulejos do país, com temas bíblicos e do hagiológio cristão da autoria de artistas anónimos de Lisboa (século XVIII) |
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Anta das Vidigueiras
Monumento megalítico composto por uma câmara poligonal e corredor. Visitado e dado a conhecer por Gabriel Pereira nos finais do Séc.XIX. Classificado como Monumento Nacional |
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Anta da Herdade da Candeeira
Monumento megalítico que apresenta uma câmara poligonal, ainda com tampa; o enigmático orifício no esteio de cabeceira, designado usualmente de “buraco da Alma”. |
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Ruas Floridas
As Ruas Floridas são um evento bienal de base popular, cuja tradição remonta ao século XIX e consiste na decoração das ruas da vila de Redondo com flores e outros objectos elaborados em papel colorido. Os residentes de cada rua organizam-se e escolhem um tema, cabendo a coordenação geral ao Município de Redondo. |
Reguengos de Monsaraz |
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Igreja Matriz de Santo António
O exterior é marcado por grandes arcobotantes e pela torre sineira, o que a torna num dos melhores exemplos de igrejas neogóticas em Portugal. Esta igreja teve as suas raízes históricas no ano de 1887, com a determinação da Junta da Paróquia de Reguengos de edificar um templo em terrenos dos Novos Paços do Concelho. Dedicada a Sto António, foi encomendado o projecto ao Arquitecto António José Dias da Silva (autor da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa) resultando o edifício com características do espírito romântico da época gótico-manuelina. Mais tarde, na sequência do Concílio Vaticano II, sofreu obras de adaptação à ordenação determinada pela reforma litúrgica. De planta em cruz latina, com a torre sineira colocada a meio da fachada. O seu interior é composto por 3 naves, transepto saliente e na zona da cabeceira apresenta 3 capelas. O corpo da nave ritmado por gigantes arcobotantes, assim como a construção da torre a meio da frontaria, conduzem este templo a um dos melhores exemplares da arquitectura neo-gótica em Portugal. |
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Busto de bronze de Manuel Augusto Mendes Papança
Busto erigido em homenagem a um benemérito reguenguense a quem se deve em grande parte o engrandecimento do concelho, Manuel Augusto Mendes Papança. Foi Presidente da Câmara Municipal por volta de 1850, sendo o seu primeiro cuidado o pagamento, do seu próprio bolso, à Fazenda Nacional a quantia de 8 mil Réis. Mandou construir o actual edifício dos Paços do Concelho, o cemitério e o Hospital da Santa Casa da Misericórdia. Graças à sua acção foram também calcetadas ruas, melhoradas estradas e poços para abastecimento público. O monumento assenta em plinto de calcário branco e tem como elementos decorativos um friso e palma em bronze, material de que é feito também o busto propriamente dito. Esta obra é da autoria do escultor Gomes Mota, sobrinho, e foi fundido em 1932 |
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Cromeleque do Xerez ou Conjunto megalítico da Herdade do Xerez
Desenvolvendo-se a partir de um menir central faliforme, com uma altura de cerca de 4 m e apresentando numa das suas faces diversas "covinhas" em toda a sua verticalidade, este monumento megalítico é constituído por 50 menires, cuja altura varia entre 1,20 cm e o 1,50 cm, alguns dos quais de configuração igualmente fálica, bem como almendrada |
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Menir do Outeiro ou Menir no sítio do Penedo Comprido
Com cerca de 5,6 m de altura e 1 de diâmetro, este menir foi descoberto em 1969 por Henrique Leonor Pina e José Pires Gonçalves, que o encontraram derrubado no solo. Por sua iniciativa, o menir seria restaurado e reerguido ainda durante essa década. Sem apresentar qualquer tipo de decoração nas suas faces, tudo parece apontar no sentido deste monumento megalítico pertencer a um universo muito específico do megalitismo, representado por outros menires da região, como nos casos dos de Almendres e do poste central do cromeleque de Xerês |
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Rocha dos Namorados
Afloramento natural de granito em forma de cogumelo, de altura superior a 2 metros, com gravuras megalíticas do tipo “covinhas” e sempre atapetado por pequenas pedras soltas. Trata-se de um menir ou pedra da fertilidade, cristianizado e convertido em "passo" das procissões de seca que tinham lugar entre a ermida de Nossa Senhora do Rosário e a Aldeia do Mato (actual São Pedro do Corval). Segundo arcaica tradição, ainda hoje existente, as raparigas solteiras, cumprindo um rito pagão de fertilidade, vão ali, pela Segunda-Feira de Páscoa, lançar uma pedra para cima do menir e consultá-lo em matéria do seu casamento. Cada lançamento falhado representa um ano de espera. É um raro exemplo de idolatria que comprova uma evidente continuidade dos cultos relacionados com a fecundidade, aos quais, em tempos históricos, aparecem muitas vezes associados antas, menires ou simples pedras como esta. |
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Casa da Inquisição
Na Rua do Quebra-Costas existe um edifício de dois pisos com um curioso painel de azulejos, onde figuram alguns elementos iconográficos. Segundo a tradição, este edifício foi a Casa da Inquisição. Os relatos do povo descrevem-na como sendo um local de tortura, onde os inquisidores infligiam os mais terríveis tormentos aos seus prisioneiros. No entanto, a falta de provas documentais não corrobora esta tradição. Supõe-se que este edifício tenha estado ao serviço da Inquisição, não como tribunal, mas como arquivo de processos ou como prisão temporária dos prisioneiros, que mais tarde seriam julgados no Tribunal do Santo Oficio em Évora. |
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Castelo de Monsaraz
Localiza-se na Freguesia de Monsaraz, Concelho de Reguengos de Monsaraz, Distrito de Évora, em Portugal. Vizinho ao rio Guadiana e ao moderno espelho d’água da Barragem de Alqueva, ergue-se sobre o monte Monsaraz, dominando a vila medieval e a fronteira com a Espanha. A sua arquitectura militar mescla elementos medievais e seiscentistas |
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Cisterna
É uma obra dos finais da Idade Média, encontra-se emparelhada na face oriental com o pano amuralhado dionisiano, nascente da Porta medieval do Buraco e delimitada a Ocidente na travessa pública do mesmo nome por um pitoresco arco gótico de pedra, que dava passagem ao colector geral das águas. No terraço depositavam-se as águas pluviais descarregadas através das inúmeras caleiras presas aos beirais dos telhados, as quais penetravam no depósito por dois gargalos rebordados em pedra, de forma cilíndrica. Esta cisterna, de enormes proporções, recolhia e armazenava as águas pluviais caídas do céu sobre os telhados de Monsaraz, e constituía o principal reservatório abastecedor da população. |
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Porta da Vila
Esta é a porta mais característica de Monsaraz que na parte interior se encontra insculpida com duas marcas-padrão destinadas ao mercado do pano. Acesso principal da Vila, cuja robusta estrutura defensiva está protegida por dois cubelos semi-cilíndricos. O de poente, encimado pelo campanil do relógio (provavelmente construído no tempo de D. Pedro II), tem um tecto nervurado e no cimo da cúpula um sino fundido pelos artistas estrangeiros Diogo de Abalde e Domingos de lastra, com inscrição de 1692. A encimar o fecho gótico do arco da porta, uma lápide comemorativa da consagração do reino, por D. João IV, em 1646, à Imaculada Conceição |
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Porta d’Alcoba
Para Sul, a cerca rompe-se na porta de cantaria de granito ogival, chamada hoje de Alcoba, sendo no século XVII denominada por “Porta Dalcoba”. |
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Porta do Buraco
Para Sudoeste encontramos o Postigo ou Porta do Buraco. Protegia a cisterna pública da Vila e por isso os engenheiros franceses que delinearam as fortificações modernas ordenaram o seu entaipamento para proteger o precioso líquido. Parece ser a Porta mais antiga da cerca. |
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Igreja de Nossa Senhora da Lagoa
Contemporânea do repovoamento cristão de Monsaraz, a primitiva igreja foi construída na segunda metade do séc. XIII. Foi sempre o templo mais importante da vila e a referência mais antiga que se lhe conhece, datando do tempo de D. Dinis. Desapareceu durante o reinado de D. João I para se erguer o novo templo. Este facto teve na sua origem o surto de Peste Negra, que assolou a Europa durante a Idade Média. As reduzidas dimensões do primitivo edifício não permitiam o sepultamento do incontável número de moradores de Monsaraz, vitimados pela epidemia e, portanto, decidiu-se construir uma nova Matriz. A construção actual que data do séc. XVI, mais precisamente de 1561, é do tipo igreja-salão à maneira renascentista. Possui três naves apoiadas em quatro colunas, sem transepto e com o eixo orientado a Nascente. O altar-mor, em boa talha dourada, apresenta duas grandes esculturas em madeira, de Sto Agostinho e Sta Mónica, oriundas do Convento dos Agostinhos descalços da Orada, fundado em 1579, nos arrabaldes de Monsaraz. No seu interior tem ainda o túmulo, em mármore de Estremoz, de Gomes Martins Silvestre, primeiro Alcaide e povoador de Monsaraz. Pertence ao conjunto de obras de escultura medieval produzidas pela escola de Tombiers em Évora. O frontal insculturado representa um cortejo fúnebre e num dos topos figura uma cena de falcoaria, alusiva à actividade do cavaleiro templário. |
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Ermida de São Pedro (Antiga Igreja Matriz de São Pedro ou Ermida da Senhora do Rosário)
A data de fundação da Ermida de São Pedro permanece desconhecida, embora se saiba que a primeira visitação eclesiástica ocorreu no ano de 1534, pelo que o templo terá sido edificado possivelmente no início do século XVI. Posteriormente a primitiva estrutura manuelina terá sido aumentada, embora durante o terramoto de 1755 grande parte da frontaria tenha sido destruída, pelo que foram feitas obras de reconstrução da fachada na segunda metade do século XVIII, das quais se destacam a imponente torre sineira. De planta rectangular, a ermida possui nave única com cinco tramos e capela-mor quadrada, com dois altares colaterais. A fachada é rasgada ao centro por portal de moldura recta encimado por friso. Do lado direito foi edificada a torre sineira, de grandes dimensões. A capela-mor manuelina é rodeada por quatro torres cilíndricas coroadas com merlões. No interior, cujo espaço é coberto por abóbada, distinguem-se as duas capelas colaterais, uma com colunata toscana dedicada a Cristo Crucificado, a outra aberta por arcos plenos assentes sobre pilastras de alvenaria, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Na década de 90 do século XX, durante obras de beneficiação do templo, foi descoberto um núcleo de frescos nas paredes da actual capela-mor, possivelmente de execução quinhentista |
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Portalegre |
Alter do Chão |
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Igreja Paroquial de Alter Pedroso
Fundada no séc. XV, dedicada a Nossa Senhora das Neves, alterada do séc. XVII. Interior de uma só nave, altar-mor em talha dourada, portal e torre de raiz medieval. No altar-mor, retábulas e imaginária. Trabalhos em massa decorando o interior do templo |
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Chafariz dos Bonecos
Mandado construir pela Câmara Municipal em 1799. Semelhante ao Chafariz da Barreira, mas mais complexo, tinha nas extremidades e no coroamento cinco pequenas esculturas que lhe deram o nome, das quais resta parte de uma delas Escudo com as armas de Portugal e de Alter, em baixo relevo e muito obstruído por cal presume-se que seja a efingie do Príncipe Regente D. João. Tanque rectangular e 2 bicas laterais, interessantes trabalhos em massa |
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Ponte de Vila Formosa
Construída pelos romanos nos finais do séc. I, início do séc. II D.C. sobre a Ribeira de Seda, na Estrada que liga Alter do Chão a Chança e Ponte de Sôr. Construída em grossa cantaria aparelhada e almofadada. Consta de 6 arcos iguais entre si e compostos nas frentes por trinta e três aduelas e cinco olhais em forma de pórtico. Monumento Nacional |
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Castelo de Alter Pedroso
Construído no séc. XIII, doado por D. Afonso III aos Cavaleiros de Avis, reconstruído por D. Dinis e destruído por D. João D’ Áustria em 1662. De traça primitiva só resta um portal gótico, partes de muralha em ruínas e a porta da Capela de S. Bento no interior. Imóvel de interesse público |
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Castelo de Alter do Chão
Castelo residência mandado construir por D. Pedro I em 1359. Planta quadrangular com torres e cubelos cilíndricos coroado de ameias, coruchéus cónicos e portais góticos, torre de menagem quadrada. Pertence à Casa de Bragança e está classificado como monumento nacional |
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Palácio e Quinta do Álamo
Moradia brasonada mandada construir em 1649 por Diogo Mendes de Vasconcelos. Importantes alterações no séc. XVIII/XIX. edifício rectangular com larga fachada de dois andares com nove janelas de sacada de ferro forjado, com frontões alternadamente curvos e rectilíneos. Riqueza decorativa no interior com azulejos. Repartição de espaços conforme a época - piso térreo utilitário, residência no andar nobre. O portal, encimado pelo escudo de armas, que dá entrada para a quinta é da segunda metade do séc. XVIII. A quinta é típica desse século, destacando-se um pequeno tanque com decoração de alvenaria e o jardim de buxo. Foi adquirido pela Câmara Municipal, funcionando aí o Serviço Sócio-Cultural, com os seguintes serviços abertos ao público: Biblioteca, Sala de Exposições Temporárias e o Posto de Turismo. |
Arronches |
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Fonte do Vassalo
A fonte é "uma construção do Sec. XVIII encimada pelo escudo de Portugal, com dois painéis de azulejos retratando cenas da vida agrícola e os lazeres da fidalguia. Construida nos subúrbios da Vila Ladeando a fonte encontram-se dois painéis de azulejos em azul e branco, figurativos. |
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Igreja Matriz de Nª Sª de Assunção
Situada junto aos Paços do Concelho e da Misericórdia, a Igreja Matriz, do orago de Nª. Srª. da Assunção substituiu, em meados do século XVI, o antigo templo gótico de 1236, do padroado de Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra. Atribui-se a S. Teotónio, prior de Santa Cruz de Coimbra, a fundação desta Igreja, cuja primeira pedra terá sido lançada em 7 de Janeiro de 1236, data em que D. Sancho II doou ao Mosteiro de Santa Cruz. |
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Abrigo Paleolítico
No Concelho de Arronches, concretamente na Serra dos Louções, Vale de Junco e Serra da Cabaça ou Cavaleiro, encontramos as únicas pinturas rupestres do género a Sul do Tejo, registadas em Portugal. Consideradas Monumentos Nacionais as de Vale de Junco e dos Louções por Decreto nº 251/70, de 3 de Junho e Imóvel de Interesse Público o Abrigo Pinho Monteiro, por Decreto nº 1/86, de 3 de Janeiro, constituem uma riqueza patrimonial do Concelho que urge proteger da ignorância malévola dos que por ali passam e das vicissitudes do tempo. A arte produzida sobre a pedra em rochas de abrigo, grutas ou cavernas, às vezes em esteio dolménico ou sobre pedas a descoberto sob a forma de pinturas, nos primeiros casos, e de insculturas no segundo, tem a chamada arte rupestre importante representação na Península Ibérica. |
Avis |
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Castelo
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, as terras da actual Avis foram doadas, em 1211, pelo rei D. Afonso II (1211-1223) à Milícia dos Freires de Évora (fundada em 1175), com a condição de as povoarem e de construírem um castelo para a defesa do lugar. As obras teriam lugar entre 1214 e 1223, atribuídas ao seu primeiro Grão-Mestre, D. Fernão Anes, tendo os freires transferido para aqui a sede da sua Ordem, posteriormente denominada como Ordem Militar de São Bento de Avis ou, simplesmente, Ordem de Avis. Ainda na primeira metade do século XIII foi erguido o primitivo edifício do Convento. Seria, a partir da ascensão de D. João I, Mestre de Avis, ao trono, que o nome da vila ficou associado à História de Portugal, passando a Ordem para a dependência da Coroa |
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Convento de São Bento de Avis
Convento masculino da Ordem Militar de Avis, foi fundado no início do século XIII quando o monarca doou a vila à Ordem para fortificação e povoamento. Os freires transferiram o convento de Évora, adoptando o nome de Ordem Militar de Avis a partir dessa data, 1211. Actualmente a igreja e a estrutura conventual são propriedade pública. A igreja está afecta ao culto. Situa-se no Largo do Convento de Avis. |
Campo Maior |
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Museu de Arte Sacra
Propriedade da Fábrica da Igreja da Freguesia de São João Baptista, propõe aos visitantes um percurso através da história da salvação, com base numa vasta colecção de pinturas, imagens, peças de mobiliário e de ourivesaria, recolhidas em várias igrejas do concelho de Campo Maior, que constituem um documento ímpar e uma ilustração da religiosidade dos Campomaiorenses entre os séculos XVI e XX. Encontra-se instalado na CAPELA DE NOSSA SENHORA DO CARMO, em pleno centro histórico da Vila de CAMPO MAIOR, na rua de São João Baptista. Esta capela constitui uma verdadeira jóia da pureza da arquitectura popular barroca e foi mandada construir pelo PADRE JOSÉ COELHO PEREIRA em 1801, com as esmolas do povo. Os tesouros artísticos expostos descrevem um itinerário da história de Jesus Cristo e encontram-se distribuídos por seis espaços temáticos. |
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Capela
dos ossos
A capela dos ossos de Campo Maior data do ano de 1766, sendo a segunda maior do país, só a superando a existente na Igreja de São Francisco, em Évora. A sua construção fica a dever-se à tragédia que se abateu sobre Campo Maior em meados de 1732, quando um raio caiu na torre do castelo que servia de paiol, dizimando grande parte da população desta vila. Anos mais tarde procedeu-se à recolha das ossadas daqueles que pereceram na explosão e, em sua memória, é construída a presente Capela. Numa das paredes, escrita com ossos das costelas a frase, "Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos", convida-nos à reflexão do quão efémera é a vida |
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Igreja de São João Baptista
Planta rectangular, composta por exonártex, torres sineiras, nave única de planta octogonal com tribuna, sacristia, capela baptismal, sala de arrumos . Volumes articulados, massas dispostas na vertical com cobertura diferenciada em telhados de duas águas e terraço de circulação em redor na zona da nave. Fachada principal a E. revestida a aparelho regular de mármore, de 3 panos definidos por pilastras e cornija de mármore; pano central com pórtico flanqueado por pilastras que sustentam entablamento com friso decorado por triglifos; ao centro entre 2 fogaréus, nicho com imagem de mármore do padroeiro, ladeado por pilastras sustentando entablamento com dupla de fogaréus nos extremos, motivos vegetalistas ao centro e cruz no remate; de cada lado rasga-se janela com moldura de mármore e cornija sobre verga decorada com a cruz de Malta, fechada por grade de ferro; |
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Igreja Matriz
Planta composta, longitudinal, regular, de três naves, com transepto pouco saliente e cabeceira orientada a NE.. Volumes articulados dispostos na horizontal, vencendo-se o declive do terreno (de NE. para SO.) com escadaria na frontaria. Dois adros laterais, antecedidos também por escadarias, dão acesso às portas laterais da igreja. Coberturas em telhados de duas águas e terraço. Fachada principal virada a SO., antecedida de escadaria boleada que dá acesso, após gradeamento sob arco em asa de cesto, ao nártice, onde se abre o portal principal, com frontão triangular. Esta fachada define-se entre duas torres de secção quadrada, abrindo-se, na zona central, três janelões, do coro, dois com frontões triangulares a ladearem um de frontão curvo, e ainda um óculo sobre o janelão do meio; o conjunto é terminado por varanda de balaústres altos com cruz entre dois pináculos |
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Castelo de Campo Maior
Fortificação abaluartada: magistral de traçado abaluartado formando polígono irregular de 10 lados com alguns troços de cortina desaparecidos; flanqueando as cortinas e partindo do sector S. e no sentido dos ponteiros do relógio, apresenta: baluarte da Boa Vista, meio baluarte de São Sebastião, Portas da Vila, meio baluarte de Lisboa, meio baluarte do Curral dos Coelhos, baluarte de Santa Cruz, baluarte do Cavaleiro ou de São João, meio baluarte do Príncipe, baluarte da Fonte do Concelho, |

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Festas do Povo, das Flores ou dos Artistas
Consiste na dec oração das ruas de Campo Maior (sobretudo no Centro Histórico) com flores de papel e outros objectos em cartão e papel, feitos pelos residentes de cada rua. |
Castelo de Vide |
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Castelo
Feitas e desfeitas as fortificações medievais ao longo do séc. XIII, ao sabor dos interesses senhoriais que quase sempre, brigavam com os interesses da coroa e também com os da população, que preferia ter como senhor o longínquo rei, levanta-se definitivamente o castelo, por iniciativa de D. Dinis, concluindo-se já no reinado de seu filho, Afonso IV, em 1327. Foi assim que Vide passou a Castelo de Vide. O castelo situa-se no canto S das fortificações medievais, que integram o primitivo burgo, constituindo as suas muralhas o prolongamento das da cerca urbana. Os muros desenham um polígono ligeiramente trapezoidal que apresenta a Torre de Menagem, de secção rectangular, no ângulo S, e, no tramo NO um cubelo que flanqueava o ângulo N do primitivo pátio |
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Estátua de D. Pedro V
Está erguida sobre um alvíssimo pedestal a estátua de D. Pedro V, destinada a assinalar a visita que o Rei fizera a Castelo de Vide, no dia 7 de Outubro de 1861, cerca de um mês antes de morrer, perpetuando deste modo a memória de um rei que apelidou Castelo de Vide de "Sintra do Alentejo". O monarca fora recebido na região com provas de grande estima por parte da população, e a notícia do seu falecimento causou grande consternação. A iniciativa levou algum tempo a concretizar-se. Em 1863, Victor Bastos foi contratado para a construção da estátua, que somente foi concluída em 1866. É em mármore de Estremoz e foi obra do artista Manuel das Dores. Foi inaugurada em 29 de Setembro de 1873. Situa-se no centro Praça D. Pedro V. |
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Forte de S. Roque
O Forte de S. Roque é um exemplo de arquitectura militar moderna abaluartada, constituído por quatro baluartes dispostos nos vértices de polígono interno que forma um rectângulo com porta de acesso a NW. Foi mandado edificar por Manuel Azevedo Fortes entre 1705-1710, governador da Praça de Castelo de Vide. Esta construção é feita em alvenaria de pedra à fiada com argamassa de cal, escarpada do lado exterior e com terraplenos do lado interior. Os baluartes são pontiagudos com guaritas em tijolo maciço e rebocadas. Os materiais usados são: a pedra (granito), tijolo, cal, cal hidráulica, areia e terra. O Forte de S. Roque, assim como toda a fortificação de Castelo de Vide foram alvo de várias intervenções, a última das quais em 2002. |
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Portas Medievais
As portas medievais encontram-se em quase todas as ruas da fortaleza e do arrabalde, sendo o maior número na Judiaria e Rua de Santa Maria. Se algumas são simples portas ogivais, sem qualquer decoração, muitas apresentam-se decoradas tanto ao nível das ogivas, como das impostas e ombreiras.
Como elementos decorativos são empregues as esferas, toros e caneluras, conjuntamente com arestas vivas e motivos vegetais. O peixe aparece numa única porta do séc. XVI (Rua Nova), mas também há estilizações do Sol e das estrelas (Penedo). A maioria dos arcos em ogiva pertence ao séc. XIV e XV e o seu número total de sessenta e três. |
Elvas |
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Ponte da Ajuda, Ponte de Nossa Senhora da Ajuda ou ainda Ponte de Olivença
É uma ponte cujas ruínas se situam em Portugal, sobre o rio Guadiana. Ligava outrora as localidades portuguesas de Elvas e de Olivença, tendo originalmente sido mandada construir por D. Manuel I, em 19 de Dezembro de 1510, no chamado local de Nossa Senhora da Ajuda. Vista para a margem de Elvas Esta ponte fortificada destinava-se a assegurar a operação das forças portuguesas na margem esquerda do rio Guadiana, em apoio a Olivença. Com trezentos e oitenta metros de comprimento por cinco metros e meio de largura, apoiava-se em dezenove arcos, defendida por um sólido torreão em seu centro, torreão este dividido internamente em três pavimentos, com aposentos dotados de janelas. O torreão foi assente em penedos de grande dimensão, que ainda hoje podem ser observados.[2] |
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Forte de Nossa Senhora da Graça
Oficialmente denominado como Forte Conde de Lippe, no Alentejo, localiza-se a cerca de um quilômetro a norte de Elvas, em Portugal. Em posição dominante sobre o chamado Monte da Graça, integrava a defesa da Praça-forte de Elvas, que complementava. |
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Castelo de Elvas.
Erguido na zona lindeira, no alto de um monte em posição dominante sobre a povoação e o rio Guadiana, integra um impressionante conjunto defensivo erguido ao longo dos séculos. Na Idade Média, o papel do castelo era complementar à invocação expressa no brasão de armas da cidade: Custodi nos domine, ut pupilam oculi (Guardai-nos, Senhor, como à pupila do olho). Atualmente é considerado como um dos melhores exemplos da evolução histórica da arquitectura militar no país. O castelo medieval ergue-se na cota mais elevada do terreno, a 320 metros acima do nível do mar. Em seu conjunto apresenta elementos dos variados períodos construtivos, que, no início da Idade Moderna, encontrava-se composto por três cortinas defensivas, conservando as duas mais antigas importantes estruturas do período muçulmano. |
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Aqueduto da Amoreira
Liga o local da Amoreira à cidade de Elvas. Tem 843 arcos com mais de cinco arcadas e torres de 31 m de altura. Desde a época de ocupação árabe a povoação de Elvas era abastecida pelo Poço de Alcalá, situado perto do antigo Paço Episcopal. No entanto, a partir do século XV, devido ao aumento da população, o poço tornou-se insuficiente para abastecer de água a cidade. Logo no início do reinado de D. Manuel I, o monarca autorizou o lançamento de um imposto, o Real de Água, para serem executadas obras de conservação do poço medieval. Estas obras não resolveram os problemas de abastecimento existentes, pelo que a edilidade local pensou em construir um aqueduto que trouxesse a água desde os arrabaldes, no local da Amoreira, até ao centro da cidade. Em 1537 D. João III designou o arquitecto Francisco de Arruda, mestre das obras do Alentejo e autor do Aqueduto da Água de Prata de Évora, para executar o projecto do novo aqueduto de Elvas. As obras iniciaram-se no mesmo ano, prosseguindo até 1542, data em que a extensão do canal chegava ao Convento de São Francisco. Seguiu-se então a execução da parte mais complexa do projecto, uma vez que depois dos seis quilómetros iniciais já edificados, os arcos do aqueduto iriam aumentar de dimensão. A obra tornava-se cada vez mais onerosa, embora os impostos cobrados aos habitantes da cidade destinados à edificação do aqueduto fossem sendo aumentados ao longo dos anos. |
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Primeira Muralha Islâmica
Após a fundação de Elvas em 884, esta primeira cerca definiu a medina islâmica, no que hoje se conhece como o bairro de Alcáçova. Desta muralha restam duas portas: a Porta do Miradeiro (GPS N 38º 52' 56.81'' W 7º 9' 45.27'') onde são visíveis alguns silhares romanos na sua estrutura. O arco em ferradura, característico deste período, foi destruído já no sec. XX; a Porta do Templo (GPS N 38º 52' 54.75'' W 7º 9' 49.76'') que recebe o nome da Ordem do Templo, dado por ai terem entrado os Cavaleiros Templários, que se juntaram ao rei para a conquista de Elvas no século XIII. O arco actual é uma construção romântica, do século XIX, que emoldura a porta original, escondida à direita. |
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Fonte da Misericórdia
A Fonte da Vila, hoje conhecida como da Misericórdia, esteve originalmente localizada no largo do mesmo nome. Foi seu arquiteto Pêro Vaz Pereira, que a desenhou, em 1622, para receber a água do Aqueduto. É uma bela fonte em mármore branco do Alentejo, de influência neoclássica. A figura equestre, no centro da fonte, representa D. Sancho II com as armas de Portugal, conquistador de Elvas |
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Antiga Sé
Consagrada a N. Sra. da Assunção, foi desenhada por Francisco de Arruda em 1517 sobre outra anterior, abrindo ao culto em 1537. Foi sede episcopal até ao sec. XIX. Recebeu importantes modificações no sec. XVIII. A fachada tipo fortaleza é aberta por uma janela oval manuelina, sendo o pórtico já do sec. XVIII. Merecem destaque as portas laterais manuelinas, a capela mor barroca e os altares barrocos de talha dourada e de mármore, a sacristia e o órgão de tubos. Anexo a este templo existe o museu de arte sacra, ocupando a casa do cabido. |
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Santuário do Sr. Jesus Piedade
Centro devocional no Alentejo, este santuário construído em 1753, sendo uma templo barroco, destacam-se na fachada as duas torres laterais em ângulo, facto inédito em território português e que apenas se repete nas igrejas barrocas brasileiras. No interior encontramos telas pintadas por Cyrillo Wolkmar Machado, mármores policromos e a imagem do Cristo da Piedade. Implantada no Parque do mesmo nome, e, onde existem fontes barrocas e jardins que merecem a visita. |
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Parque da Piedade
Um espaço clássico para as famílias elvenses em torno do Santuário do Senhor Jesus da Piedade, com um pequeno espaço verde, coreto e lago. |
Fronteira |
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Termas de Cabeço de Vide
As águas sulfurosas de Cabeço de Vide foram utilizadas pelos romanos, desde 118 anos antes de Cristo, época do Imperador Romano César Augusto, durante cerca de 600 anos. Desde a Idade Média até aos princípios do séc. XIX, essas águas correram desaproveitadas para a ribeira ou permaneciam estagnadas em charcos onde mendigos lavavam as chagas e os animais banhavam as feridas. Em 1816 forma feitas análises químicas ás águas e os resultados revelaram que continham ácido hidrosulfúrico, soda e magnésio, tendo o então Juiz de Fora de Cabeço de Vide, tomado a iniciativa do aproveitamento destas águas em benefício dos doentes. As propriedades das águas de Cabeço de Vide são amplamente reconhecidas e em 1878 são premiadas nas Exposições Universais de Paris e Rio de Janeiro. Em 1935 a Junta de Freguesia de Cabeço de Vide obtém definitivamente o alvará de Concessão Perpétua e faz grandes obras de melhoramento. |
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Igreja Matriz de Belver
A Construção da Igreja foi dedicada a nossa Senhora da Visitação parece datar de meados do século XVI, embora tenha sofrido modificações ulteriores. Como obras de arte de importância contam-se um quadro representando S. Miguel no Purgatório, sobre o Altar das Almas, e atribuído ao pintor Pedro Alexandrino que viveu entre 1729 e 1810. Uma outra pintura, no Altar-Mor, mostrando a Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel não está assinada, desconhecendo-se o autor, admitindo-se, contudo, ser do mesmo pintor. |
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Anta do Penedo Gordo
A Anta do Penedo Gordo situa-se numa zona acidentada, com afloramentos graníticos, formando uma pequena chã, a uma cota média de cerca de 157m. O acesso é feito por um caminho carreteiro com cerca de 1.000 metros, a partir da povoação de Torre Fundeira. É um monumento megalítico de corredor médio, apresentando vestígios de ?? e está classificado como "Imóvel de Valor Concelhio" desde 3 de Janeiro de 1996. |
Monforte |
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Villa Lusitano-Romana- Torre de Palma
A Villa Romana de Torre de Palma situa-se a cerca de 5 Km de Monforte, na herdade do mesmo nome. Trata-se de uma vasta VILLA RUSTICA onde uma decerto poderosa família Romana, os BASÍLII, cujo nome é conhecido através de uma inscrição encontrada no local, construíram uma sumptuosa residência, aí se fixando de modo permanente talvez desde o Séc. II até ao Séc. IV da nossa era rodeando-se dos seus servos e amigos, recebendo numerosos convivas e viajantes, e explorando um vasto latifúndio, que incluía lagares, celeiros e outras dependências agrícolas. "Numa manhã de março de 1947, a aiveca do charrueco de Joaquim Inocêncio, pôs a descoberto um pequeno fragmento de mármore trabalhado que pertencia ao capitel de uma coluna. À hora do jantar, ao meio-dia, engoliu rapidamente a açorda, muniu-se de um enchadão e foi direito ao local. A uns cinquenta centímetros de profundidade encontrou um pavimento de pedrinhas coloridas com figurações para ele totalmente desconhecidas |
Ponte de Sôr |
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Moinhos de Tramaga
Localizados na freguesia de Tramaga, a poucos quilómetros de Ponte de Sôr, estes moinhos de rodízio (funcionam por meio de uma roda horizontal movida a água) à beira do rio Sôr têm raízes medievais e estão envolvidos num ambiente de beleza natural. Apenas é possível conhecer o seu exterior, uma vez que pertencem a particulares. Junto, existe um espaço para merendas |
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Ponte de Sôr
Ponte de Sor deve o seu nome à primitiva ponte romana, que integrava o percurso da 3ª via militar que ligava Lisboa a Mérida e a que faz referência um marco miliário do tempo do imperador Marco Aurélio Probo, não se tendo, contudo, informações claras de ocupações humanas anteriores aos Romanos. Esta foi uma região de fronteiras muito instáveis durante a reconquista Cristã, tendo sido o território entregue à Ordem dos Templários, e posteriormente reconquistada pela Ordem de S. Bento. |
Portalegre |
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Sé Catedral
Templo consagrado a Nossa Senhora da Assunção. Criada a diocese em 1549, iniciou-se a construção da Catedral a 14 de Maio de 1556. A Igreja de Santa Maria a Grande foi então escolhida para servir de Sé até à inauguração do novo templo. A D. Julião de Alva, capelão–mor da rainha D. Catarina e primeiro Bispo de Portalegre, coube o lançamento da primeira pedra para a referida construção que só viria a concluir-se durante o Governo do 3º Bispo D. Frei Amador Arrais, mas que continuou a sofrer alterações e ampliações até ao século XVIII. É uma construção onde predomina o estilo renascença, mas com incursões no barroco. O interior contém um magnífico conjunto de pinturas maneiristas, uma importante colecção de talha dourada, e ainda belos conjuntos de azulejos dos séculos XVI a XVIII. Merecem destaque os azulejos da sacristia e o belo arcaz de pau rosa, do início do século XVIII, ali existente. |
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Castelo de Portalegre
Localiza-se na freguesia da Sé. Em posição dominante sobre a povoação, destaca-se pelo contraste entre a cor escura das suas muralhas e o branco da cal das casas em redor. Sua primitiva função era a defesa da raia alentejana, frente a Castela. |
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Mosteiro ou Convento de São Bernardo
De seu nome completo Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Monjas da Ordem de Cister, está situado na cidade de Portalegre, Portugal. Foi fundado em 1518 pelo Bispo da Guarda D. Jorge de Melo para albergar "donzelas sem dote". A sua igreja e os dois claustros a ela anexa estão classificado como Monumento Nacional |
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Miradouro da Fonte dos Carvoeiros - Carreiras
Fonte dos carvoeiros - Altitude: 670 m. Magnífica vista panorâmica. O granito é bem evidente nas trincheiras da estrada e no local do próprio miradouro. É uma variedade, quiçá a mais antiga, dos chamados "Granitos tectonizados de Portalegre" - rochas que, depois de formadas, foram sujeitas, muitos milhões de anos depois, a importantes deformações devido, fundamentalmente, a pressões que orientaram, estiraram e, nalguns casos, esmagaram os minerais constituintes. À esquerda de quem se volta para a planície (direcção sudeste) avista-se o pico de S. Mamede (1025 m de altitude) o ponto mais elevado do continente português, a sul do Tejo. Repare-se no coberto vegetal da região, que confirma o enunciado na introdução. Uma importante e rara ocorrência: o carvalho sob a forma de montado. Inicialmente existia densa floresta de carvalhos que foi desbastada, permitindo a cultura cerealífera e o aproveitamento de ramas e landes para o suplemento alimentar dos animais. |
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