Diretor: José Paulo Dias Pinho Periodicidade: mensal

Entrevista a Rita Guerra - Cantora

Rita Guerra

Rita Maria de Azevedo Mafra Guerra, artista de referência, a residir no concelho de Mafra, nasceu a 22 de Outubro de 1967, em Lisboa.
Aos 22 anos, gravou o seu primeiro tema, "Pormenores sem a Mínima Importância", com Rui Veloso. Teve a partir daí uma carreira plena de êxitos, passando pela Eurovisão com a canção "Deixa-me Sonhar", e após publicação de outros álbuns, recentemente divulgou o seu último, que se chama "Sentimento".

J.A.- Não vamos falar da sua carreira que é já bastante conhecida e que os seus fãs podem consultar no seu site. Fale-nos sim do mini-tour "Sentimento" e a publicação da sua biografia em livro.
R.G.- O mini-tour vai abordar um pouco de todos os trabalhos que eu fiz, não todos, mas um pouco de todos os discos em que eu participei e claro que também vai abordar, obviamente, o último trabalho, "Sentimento".
Relativamente à biografia, foi uma ideia que tive pelos muitos anos de estrada e de espectáculo e de histórias interessantes que me ficaram, ali de Montelavar, do Estoril, dos Açores, de Lisboa. Tenho algumas histórias e alguns momentos que foram importantes para mim, coisas que as pessoas não sabem e que têm alguma curiosidade. O facto de ser uma autêntica maria-rapaz - algumas pessoas dirão "mas você é muito feminina"- neste momento, sim, mas antes, gostava de jogar futebol e fazer corridas de rolamentos, nunca fui dada a brincar com bonecas. São algumas coisas interessantes que eu decidi começar a escrever e o nosso assessor de imprensa sugeriu publicar, pôr isso em livro. São coisas engraçadas que as pessoas curiosas gostam de saber como nós vivemos, onde crescemos, essas coisas todas. E realmente, eu tenho algumas histórias interessantes, que podem justificar realmente uma edição.

J.A.- Onde nasceu?
R.G.- Nasci no Hospital Militar da Estrela, eu e os meus quatro irmãos.

J.A.- Então, pelo que depreendo é descendente de uma família militar?
R.G- Sim, o meu pai era Major da Força Área.

J.A.- Não nos quer dizer o itinerário do seu mini-tour, os seus fãs gostariam de saber através do Jornal das Autarquias?
R.G- Para já temos:

  • 19 de Março - Santarém
  • 28 de Março - Albufeira
  • 10 de Maio - Alcobaça
  • 24 de Maio - Casino da Póvoa de Varzim
  • 30 de Maio - Santiago do Cacém
  • 18 de Julho - Loures
  • 26 de Julho - Pombal
  • 30 de Agosto - Pias

Estes estão confirmados, existem outras deslocações que de momento ainda estão por confirmar.

J.A.- Reside em Mafra. O que pensa que está bem e o que está mal em Mafra?
R.G.- Eu sinceramente não noto nada de mal, pelo menos que esteja visível. Os concelhos de Mafra e Oeiras, eu acho que estão bem tratados, estão em muito boas mãos.
Tenho uma queixa a fazer. É que, quando venho à noite e passo em frente ao convento de Mafra, há uma passadeira mesmo em frente ao centro do convento, no espaço mais alto da recta, que não está muito visível e há um spot grande que está junto a um foco que está a iluminar o convento, que nos tira a visibilidade e noutro dia, quase que tive um acidente grave com um senhor por esse motivo. Em minha opinião, acho que deveriam virar o foco mais para o convento para evitar situações desta natureza.

J.A.- Acha que a comunicação social tem apoiado os nossos artistas?
R.G.- Eu acho que tem e não tem. A comunicação social apoia, (e eu não tenho razão de queixa), mas por vezes a comunicação social, uma determinada vertente, se preocupa demasiado com coisas que não interessam a ninguém. Em vez de gastarem páginas com coisas que não interessam a ninguém deveria gastá-las em coisas muito mais interessantes. Estou-me a referir especificamente à imprensa "cor de rosa". Faz-me alguma confusão! A mim, há pouco tempo, andaram a tentar descobrir onde eu morava, andaram a perguntar aos vizinhos se eu era boa vizinha, parece que andavam à procura de uma pessoa que, por alguma razão, que não se identificasse connosco, para depois, em primeira página e a vermelho, arrasarem com as pessoas. Quando a vida dos artistas já é muito difícil e quando eles trazem muitas coisas boas ao publico, nomeadamente o bem estar, deviam ser mais respeitados. Oiço alguns colegas a queixarem-se que há pouco apoio, a nível generalizado, da comunicação social, mas eu, sinceramente, não sinto isso.

J.A.- Nós temos um livro de honra onde estão exaradas as opiniões dos nossos leitores. Já agora, gostaria de saber a sua opinião em relação ao Jornal das Autarquias?
R.G.- É um jornal com uma informação muito especifica sobre regiões muito especificas, com uma divulgação enorme, que é a internet. Por exemplo, numa revista temática, os meus fãs não tem acesso à mesma, com facilidade. Qualquer pessoa devia ter acesso a essas informações, como acontece no vosso jornal, e, ainda mais, que dedicam cada edição a uma região diferente. A ideia do jornal foi uma ideia muito inteligente. Acho interessante a ideia e é muito bom ter essa informação na internet. Espero que isso dê muitos frutos no futuro!

Agradecemos à Rita Guerra a disponibilidade dispensada ao receber-nos no seu camarim, na AULA MAGNA, em plenos ensaios para a estreia da mini-tour, no dia 15 de Fevereiro de 2008.

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